(…) Quando, por exemplo, o Ministério da Justiça paga 72.000 euros auma procuradora do Ministério Público contra o parecer da PGR e de umantigo secretário de Estado- o antecessor daquele que assinou-,levanta-se uma suspeita séria e legítima. Se a procuradora em causafosse a mulher de um ministro japonês, este demitia-se imediatamente.Sendo a mulher do ministro português da Justiça abre-se um inquérito, oqual há-de apurar certamente que tudo se passou dentro da mais estritalegalidade.
É a isto que se chama ética republicana, muito diferente da ética no Japão que, como se sabe, é uma monarquia.
- Fernando Madrinha, no Expresso do passado sábado.
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