sábado, 31 de julho de 2010

ASSISTA NESTE FIM-DE-SEMANA, COM MAIS TEMPO!


125 Minutos com D. Duarte Pio de Bragança from Fábio Reis Fernandes on Vimeo.
GRAVADO AO VIVO NO CASINO DA FIGUEIRA DA FOZ EM 15 DE ABRIL DE 2010
EXIBIÇÃO EXPRESSAMENTE AUTORIZADA PELO CASINO DA FIGUEIRA (A QUEM AGRADECEMOS) E POR S.A.R. O SENHOR DUQUE DE BRAGANÇA

S.A.R. O PRÍNCIPE DA BEIRA, DOM LUÍS FILIPE DE BRAGANÇA (1887-1908)

O DIABO - COMEMORAR UMA IMPOSIÇÃO AOS PORTUGUESES, GENERAL CARLOS DE AZEREDO

A Monarquia criou Portugal, desenhou no mapa-múndi as fronteiras de um império e as suas caravelas deram novos mundos ao mundo!

Corria o ano de 1940, quando, acompanhado de meus Pais, visitei várias vezes em Lisboa, a magnífica Exposição do Mundo Português. Com os ensinamentos de História Pátria da minha 4a Classe da Instrução Primária, complementados pelas explicações de meu Pai, durante as várias visitas à Exposição, pude "viver" a Fundação do Reino de Portugal, a Gesta das nossas caravelas, nos Descobrimentos, a formação de um Império, as Vitórias militares para a Restauração da Independência em 1640, e a grandeza das dinastias do Reino de Portugal.

Posteriormente, já no Liceu, pude aprofundar os conhecimentos da instrução primária e comparar a nossa História com as de vários países europeus e concluir que o nosso Portugal tinha a mais bela História da Europa, sem os crimes do assassinato de reis e príncipes, tão abundantes na em vários países europeus. O Povo Português, amava e respeitava os ito do RCJ Encoberto que voltaria para salvar Portugal.

Tudo isto vem a propósito das comemorações da imposição da República em 1910, dois anos após o Regiddio. República imposta violentamente em Lisboa, numa situação de contínua perturbação, levada a cabo na capital do Reino e nunca referendada pelos Portugueses.

Na verdade, os dois últimos séculos de agitada vida pública nacional foram a conseqüência de antigas e graves situações vividas a partir do consulado de Pombal, com as prisões arbitrárias de todos os que se lhe opunham, com a expulsão da Companhia de Jesus, com o bárbaro abate das Casas dos Távoras e Aveiros, as repressões de protestos populares no Porto, na Trafaria ou no Algarve, de uma violência nunca antes vista em Portugal, as Invasões Napoleónicas, no século seguinte, a introdução das idéias jacobinas da Revolução Francesa, o ataque e derrube da legítima Dinastia de Bragança, substituída pela de Saxe Coburgo e Gotta, de origem estrangeira e portanto contra as Leis do Reino.

Num País ainda paralisado, sob o choque do regiddio, em que elementos ligados à Maçonaria, a que se juntavam, na constante agitação revolucionária, elementos republicanos, organizações anarquistas, a Carbonária, a Formiga Branca e uma democracia onde abundavam políticos mais preocupados com os seus interesses partidários do que com o interesse da nossa Pátria, a Monarquia, ainda que detendo a maioria absoluta no Parlamento, onde o partido republicano tinha apenas 7 por cento dos votos, a Monarquia que dera a Portugal uma História notável e a grandeza de um Império, acabou por cair, cerca de dois anos após o Regiddio, a 5 de Outubro de 1910, sendo substituída pelo regime republicano, imposto violentamente aos Portugueses e nunca referendado.

É esta data e o século que lhe segue que vão ser objecto de comemorações que abrangem as três diferentes Repúblicas, vividas pelo Povo Português e incluídas neste espaço temporal de 100 anos.

Inicia-se então a vigência de um regime de imposição revolucionária, oposto não só à legalidade constitucional como alheio às tradições de cerca de oito séculos de História Pátria, regime que vai perdurar até à actualidade através de três períodos bem diferenciados, normalmente denominados de 1a República, entre os anos de 1910 a 1926, de 2a República ou Estado Novo, correspondendo na sua quase totalidade à ditadura do Dr. Antônio de Oliveira Salazar, entre os anos de 1926 a 1974, e finalmente o da 3a República, iniciado em 1974 e vigente até hoje . Entremos pois na apreciação do 1° período de uma República, período eivado de um primitivo jacobinismo, de origem maçónica, de que foi principal paladino o Dr. Afonso Costa, mentalmente um jacobino que, ao abrigo de legislação pombalina desenterrada para o efeito e posta novamente em vigor, abriu a guerra contra a Igreja Católica com a expulsão das Ordens Religiosas, com a legislação contra as procissões, com a prisão de elementos do Clero, no prosseguimento da boçal idéia de "acabar com a Religião em duas gerações", como alardeava Afonso Costa. Em verdade, este período pouco mais foi que um atentado violento e antidemocrático contra os valores mais sagrados dos Portugueses.

Durante este período da República, em 16 anos, a anarquia e a desordem reinaram nas ruas de Lisboa, derrubaram 45 Governos, houve sete Parlamentos, nove Presidentes da República, dos quais um - Sidónio Pais - foi assassinado na Estação do Rossio.

Numa só noite, a 19 de Outubro de 1921, um grupo de facínoras embarcados na "Camioneta Fantasma" conduzida pelo cabo Olímpio, o "Dente de Ouro", assassinaram 14 pessoas, entre ao quais Antônio Granjo, Machado dos Santos, um dos fundadores da República, José Carlos da Maia, o Comandante Freitas da Silva, e o Coronel Botelho de Vasconcelos, por vezes com requintes de alarve barbárie. Por exemplo Antônio Granjo, quando era tratado de um ferimento no pescoço, na enfermaria do Arsenal foi abatido com dezenas de tiros. Caído no chão, um corneteiro da GNR saltou para cima do peito do cadávere enterrou uma espada no ventre do morto e extraindo a arma gritou : "Vamos ver a cor do sangue do porco".

Com a expulsão das Ordens Religiosas, o respectivo patrimônio, como obras de arte, conventos, propriedades rurais, etc., tudo foi "nacionalizado" e em muitos casos acabou em mãos particulares, ou na venda em hasta pública, quando não deixado ao abandono e à ruína .

A desordem, a violência, os interesses particulares ou partidários sobrepostos aos interesses da Pátria e dos Portugueses, deram como reacção, levantamentos contra os governos instalados em Lisboa, salientando-se, entre outros, Paiva Couceiro, Herói das campanhas de África, que à frente de forças na sua maioria constituídas por voluntários civis, chegou a instaurar no Porto, a Monarquia do Norte, com o apoio da maioria da população nortenha.

Durante este período inicial do novo regime político, que actualmente se pretende festejar, isto é os 16 anos que durou a 1a República, os Portugueses foram vítimas da desordem, de violência, de opressão da liberdade, de insegurança e de instabilidade política. Só no ano de 1920 governaram o País oito governos diferentes!

Que belo panorama para festejar!...

Mas o relato da opressão não acabou! V.ii continuar, com a 2a República em 1926, com a revolta do General Gomes da Cost.i, que, A 28 de Maio daquele ano, a partir de Br.ig.i, marchou sobre Lisboa, a fim de pôr cobro ,'i desordem em que caíra a nossa Pátria. Mas preso e exilado o próprio Gomes das Costa, e com o regresso ao governo do Dr. Salazar, ex-ministro d.is Finanças, o movimento de 28 de M.IIO .ic.ibou por dar origem a uma longa ditadura, implantada mais pela experiência e temor d.is desordens de um passado recente e pelo vivo desejo de paz e de ordem dos Portugueses, que propriamente desejada pelos Militares de 1926.

Salazar, inicia o reforço da Autoridade do Estado, sustentado pela Polícia de Informação e Defesa do Estado (a célebre PIDE), cujos meios e poder cresceram com o tempo e cada vez mais sufocaram a liberdade de expressão, limitada oficialmente ao partido único da União Nacional.

Contudo, dois aspectos louváveis houve na actuação de Antônio Salazar no Poder: um, a sua honestidade, irrepreensível, em questões de dinheiro, (virtude que infelizmente vai rareando entre a nossa actual classe política, com a qual comparado, o velho Zé do Telhado não passaria de um simpático e generoso ladrão dos caminhos).

O segundo, a sua política internacional, que salvou Portugal e os Portugueses da trágica Guerra européia de 39 a 45, poupando-nos milhares de vítimas, de órfãos, de viúvas e destruições do nosso patrimônio.

Mas, em contra partida, não podemos esquecer que Salazar foi o principal responsável pela tenebrosa visão e cega conduta do problema ultramarino, bem condensados na sua afirmação em discurso aos portugueses :"Do alto destas muralhas, denfenderemos o nosso Império !", isto na segunda metade do século XX !

O titubeante governo do honesto Dr. Marcelo Caetano, limitado na sua actuação por Américo Tomaz, incapaz de dar solução à Guerra do Ultramar, acabou por fazer ruir a 2a República a 25 de Abril de 1974 , cujo golpe final foi dado por uma revolução militar sem derramamento de sangue .

Na mesma data se inicia a chamada 3a República, ainda vigente e que, mesmo dando de graça os anos do "PREC" veio instituir, com a degradação da Justiça, a corrupção, praticamente consentida, de uma grande parte dos políticos, os quais por vezes sem preparação e com ausência de valores morais, atiraram o País para uma situação de descalabro econômico agravado por uma crise mundial, dando origem a um período gravíssimo, de que se não vê o fim.

Se a tudo isto juntarmos que, em termos econômicos, as repúblicas são bastante mais caras que as monarquias (veja-se os custos das eleições presidenciais, os vencimentos do Presidente em exercício e dos variados ex-Presidentes ainda vivos, os custos da nossa Presidência da República, que orçam pelo dobro dos custos da Casa Real de Espanha) tudo isto comparado, com um "Rei natural" que apenas uma vez, durante o seu reinado, é solenemente aclamado no Parlamento, leva-nos, sem sombra de dúvida à conclusão de que o regime republicano que mantemos, é um luxo despropositado para o nosso País e lembro ainda que a Monarquia Portuguesa nunca andou a festejar os vários centenários da sua longa duração, nem criou feriados a comemorar revoluções de Portugueses contra Portugueses.

Com ou sem crise, a comparação da ordem, do civismo, do prestígio das Monarquias européias com iguais parâmetros da República Portuguesa, que tristemente se pretende festejar, é simplesmente confrangedora para nós Portugueses. •

O LEGADO PORTUGUÊS NO MUNDO













































































































sexta-feira, 30 de julho de 2010

"PREPARADA PARA SER RAINHA": ENTREVISTA A S.A.R. DONA ISABEL DE BRAGANÇA EM ABRIL DE 2008

Tem estampada no rosto a serenidade que convém a uma mulher que poderia ser um dia rainha de Portugal. Casada com o herdeiro da coroa portuguesa, D. Isabel de Herédia é, no entanto, uma mulher que faz questão de manter os gostos de sempre. Educada no Brasil, onde estudou Administração de Empresas, D. Isabel é conhecida pela simpatia, afabilidade, mas também pela alegria com que gosta de dançar. "O tempo passa e começamos a preferir outras coisas.

Hoje adoro, por exemplo, dançar valsa com o meu marido", referiu, recentemente, D. Isabel de Herédia, por ocasião de um Baile da Flor, recordando os tempos em que frequentava discotecas, na companhia do irmão e alguns amigos. "Já nessa altura adorava dançar, mas os ritmos eram outros", confidenciou, ainda, reforçando o seu gosto pela dança e pela diversão nocturna.

Outra actividade que D. Isabel não dispensa é montar a cavalo. Gosta de partilhar os passeios a cavalo com os filhos e o marido e nem uma queda, no Verão passado, que lhe valeu a fractura de uma clavícula, a conseguiu dissuadir deste hobby.

Em casa, D. Isabel de Herédia é uma mulher prática e veste a pele de mãe de três crianças pequenas. Apesar de. naturalmente, ter ajudas profissionais nas actividades domésticas, sempre que pode gosta de entrar na cozinha, com o marido e os filhos, para juntos prepararem petiscos deliciosos, sobretudo bolos e sobremesas.

D. Isabel de Herédia é uma admiradora confessa da rainha Santa Isabel e é Grã-Mestra da Ordem Real de Santa Isabel. A ordem honorífica é uma obra exclusivamente feminina, que agracia quatro novas damas na festa da Rainha Santa Isabel, a 4 de Julho dos anos pares, em Coimbra.

É ainda conhecido o gosto de D. Isabel de Herédia pelas viagens e pelo convívio com familiares e amigos. Aliás, a sua ligação à família é bastante forte, tendo quatro irmãos. O irmão mais novo, Afonso, partilha com D. Isabel de Herédia o gosto pela diversão e dança. Por isso não é estranho vê-lo a dançar, como aconteceu há pouco tempo, na tradicional discoteca Stones, em Lisboa.

D. Isabel de Herédia casou com D. Duarte Pio a 13 de Maio de 1995. O casal é feliz e nunca deu importância aos 21 anos de diferença de idades.

(Fonte: Monarquia Portuguesa)

DELÍRIOS DE UM EX-PRESIDENTE QUE JULGA A MONARQUIA INFERIOR À REPÚBLICA

Mário Soares alerta para o perigo da Monarquia

Mário Soares na sua crónica habitual no DN alerta para os desvariós da revisão Constitucional e alerta para o facto de se dever à constituinte de 1976 o período mais longo de paz em Portugal (não foi devido aos fundos comunitários...não!!!!!) .....desde 1820 (parece que antes não existia Monarquia e o Estado Novo não foi "um período de paz").

Os monárquicos (divididos em duas típologias que não existem desde Paiva Couceiro) apenas "querem a Ditadura", de acordo com o ex-Presidente, e são pouquissimos (pelo menos os suficientes para suscitar as preocupações de Mário Soares)...mas não os suficientes para contrariar a População de se revê no 25 de Abril !?

Sobre os 40 anos da morte de Salazar seria demasiado para um republicano,admirador da I República, não misturar Ditadura com Monarquia.
«Desta vez, passou-se exactamente o contrário. A Constituição - e as suas Revisões - tornaram a Lei Fundamental largamente consensual. Direi mesmo emblemática, do regime democrático, pluripartidário, tolerante, respeitador dos Direitos Humanos e do espírito do 25 de Abril, uma vez depurado - atenção - dos desvarios do PREC, após o 25 de Novembro de 1975. A verdade é que devemos à Constituição, em boa parte, os trinta e quatro anos de paz civil, o período mais pacífico de Portugal contemporâneo, desde a Revolução liberal de 1820. Por isso só deve ser alterada com muito cuidado e em tempo oportuno.

É certo que há alguns monárquicos, constitucionais ou integristas - pouquíssimos! - que gostariam de ver o regime republicano substituído por uma monarquia. E há saudosistas da ditadura conservadora, agarrados a privilégios do passado, partidários da ordem do que chamam a "balbúrdia democrática". Apreciam o silêncio imposto pela censura e o aconchego da PIDE desde que não se metesse com eles. Mas são poucos. Mesmo que se tenha querido, sem êxito, mitificar Salazar. A que se juntam alguns reaccionários - e seus descendentes - que apanharam um grande susto com os exageros do PREC. Algumas vezes ainda acordarão a pensar nessa época, que confundem - mal - com o 25 de Abril. Porém, a esmagadora maioria dos portugueses não quer voltar atrás. São livres. Ditadura nunca mais. E hoje revêem-se no 25 de Abril

(Fonte: Diário de Notícias de 27 de Julho de 2010)

Mário Soares engana-se tal como o fizeram antes Salazar, Afonso Costa e demais paladinos da "Liberdade Republicana".

A população quer , desde 1820 (e antes), apenas o bem estar suficiente para deixar aos politicos a Politica e a gestão do Bem Público. Deseja para si e para os descendentes um futuro melhor e uma vida em Liberdade. Mas os políticos (em especial desde 1910) insistem em envolver a totalidade da população portuguesa nas suas querelas e interesses pessoais.Desde 1910 Portugal não conhece outra realidade que não seja a ameaça constante de revolta, guerra cívil e crise económica

A população não se revê no 25 de Abril , não é devido á Constituição que há paz (a maioria nem a conhece) nem sequer o periodo de paz mais longo foi o actual.

A população não se revê no 25 de Abril na mesma proporção que a figura de Salazar , que apenas coorporiza a desilusão nacional com as experiências Democráticas, se torna de dia para dia uma referência do "sistema político adequado a Portugal". Não foi a Constituição que trouxe paz mas sim os fundos estruturais e a sua devida redistribuição pelo território, facto que Soares conhece muito bem por ter inventado os roteiros presidênciais pelo interior (na altura para contestar a politica económica do Governo de cavaco Silva, actual presidente), nacional. As liberdades económica e Política que a República , supostamente traria ou aumentaria, não se tornou uma realidade em qualquer dos últimos 100 anos (nem em termos absolutos nem em termos relactivos). Período de paz efectivamente houve-o durante o Estado Novo em troca da Liberdade Política e torna-se um eufemismo argumentar soluções contra a Ditadura sem reflectir o porquê de esta ter sido amplamente aceite pela generalidade da população.

A devida falta de reflexão sobre as razões da longevidade do Estado Novo face à facilidade que houve em instaurar o regime republicano obriga a uma conclusão evidente e esta é a de que a Liberdade Política, facto tão importante em 1910, se tornou irrelevante em 1926 (em apenas 16 anos o regime republicano destruiria a relevância da Democracia entre a população, incapaz de perceber que a Democracia havia morrido em 1910 com o 5 de Outubro) e que a suposta relevância dada ao 25 de Abril pode muito bem resumir-se à vontade de acabar com a guerra colonial e exigir do Estado as liberdades económicas que o resto da Europa conhecia...afinal foi por essa mesma razão que houve um pós 1820.

A I República não , é hoje, mais do que a devida justificação para as quatro décadas seguintes e corremos hoje o risco de estar a justificar , hoje, uma experiência semelhante no Futuro. À falta de Monarquia muda-se a Constituição, rezando para que seja suficiente. Facto que os últimos 100 anos provam que nunca o foi.

Um bom Estadista olha para outros exemplos concretos e não para soluções utópicas. Se o desenvolvimento de Portugal, facto evidente, se explica com o aumento das Liberdades e com a disponibilização de crédito (ao qual muito se deve os fundos estruturais) já cai por terra o mesmo argumento quando comparamos o histórico do desenvolvimento social e económico de Portugal com Espanha. Espanha de Franco era uma pálida sombra face ás capacidades estruturais de Portugal e no entanto, passados 36 anos, Espanha suplanta a todos os níveis o grau de desenvolvimento de Portugal chegando ao ponto de ser uma ameaça aos interesses estratégicos nacionais (como o recente debate patrocinado pelo IDP, com Horta e Costa, sobre a tentativa de aquisição da VIVO à PT pela Telefónica)...como explicar este colossal hiato entre dois paises qe partiram de posições diferentes com as mesmas oportunidades?

Salazar ao deixar na mão de Marcello Caetano a introdução de medidas de fomento de caris político mais moderno (em vez de restaurar a Monarquia em D. Duarte Nuno) chocou com um bloqueio que originaria a breve prazo a necessidade de uma mudança de regime. De certa forma os interesses instalados e a própria natureza do regime republicano condenam o regime a uma renovação violenta cíclica. Franco , em Espanha, ciente que a sua morte traria o problema que levou à necessidade de uma Ditadura resolveu delegar a legitimidade do Poder na sua fonte original: o Rei

Assim o único factor político relevante que precede à adesão à CEE destes dois vizinhos é o facto de um ser uma República totalmente renovada políticamente (facto que mereceu elogios de republicanos em Espanha) e o outro ser um País com um Rei como Chefe de Estado (Monarquia, portanto), mantendo tudo o resto imútavel .

36 anos depois as diferenças são evidentes, a Republica portuguesa esgotar-se-ia em debates políticos sem alterar o essêncial da estrutura económica ,ficando efectivamente parada a partir de 2003. Espanha tomaria o caminho lento da Democracia pulvilhando a País de PME's e beneficiando a concentração de capital em sectores estratégicos e hoje , apesar da crise, o País aguenta estóicamente uma taxa de desemprego de dois dígitos sem que a questão do regime seja posta em causa (por motivos económicos) e sem que as políticas de fomento deixem de ser aplicadas

Em Portugal, basta metade da taxa de desemprego espanhola para observar dignos políticos como o Presidente da Madeira a instigar a revolta popular os economistas (maioria ex-ministros com responsabilidades no resultado que critícam) a profetizar a queda da Nação sob um banho de sangue um ex- Presidente a alertar para os Monárquicos e saudozistas do Estado Novo.

Urge perguntar se a República é assim tão frágil que não se sustenta sem fluxos de dinheiro constantes, face à constante ameaça de revolta.

Entre Portugal e Espanha a diferença é a existência de um Rei...e talvez seja isso e apenas isso que motiva a intervenção de Mário Soares.

O medo que Portugal volte a ser aquilo que era antes de 1820. Um grande país que não precisava de grandes políticos estadistas e ideólogos, mas apenas de um Rei práctico e do mesmo povo que hoje existe, para se tornar uma potência militar e económica.

Um País que não precisa de políticos ideologias e discursos, ai está o grande terror que assola as mentes republicanas.

RFGS
(Fonte: monarquiaportuguesa.com)

quinta-feira, 29 de julho de 2010

ENTREVISTA A S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE DE BRAGANÇA POR TERESA CASTRO D'AIRE

Senhor Dom Duarte, diga-me por favor o seu nome completo, de quem é filho, onde nas­ceu, e quando?

Chamo-me Duarte Pio João Miguel Gabriel Rafael de Bragança. Nasci em Berna, na Suíça, nas instalações da Legação Portuguesa, no dia 15 de Maio de 1945. O meu pai chamava-se Duarte Nuno Fernando Maria Miguel Gabriel Rafael Fran­cisco Xavier Raimundo Antônio de Bragança, e a minha mãe chamava-se Maria Francisca de Orleães e Bragança. Para além de vários outros títulos, sou também o actual Duque de Bragança e o represen­tante da Casa Real portuguesa.

Senhor Dom Duarte, quem foi o primeiro duque de Bragança?

O primeiro duque de Bragança foi Dom Afonso, oitavo conde de Barcelos, filho do rei Dom João I e de uma senhora de nome Inês Pires Es-teves. Dom João I casou-o com Dona Beatriz Perei­ra Alvim, filha do condestável Dom Nuno Álvares Pereira, e fê-lo primeiro duque de Bragança. Foi essa mesma linha sucessória que subiu ao trono em 1640, com Dom João IV.

O Senhor Dom Duarte é simultaneamente descendente de Dom Pedro IV e de Dom Miguel. Para qual dos dois vai a sua simpatia pessoal?

Descendo, com efeito, quer de Dom Pedro IV quer de Dom Miguel I. A minha mãe era uma princesa brasileira, descendente de Dom Pedro I imperador do Brasil (IV de Portugal), e o meu pai era neto do rei Dom Miguel I de Portugal. Admiro a coragem com que ambos os monarcas enfrenta­ ram momentos particularmente difíceis, tanto da vida da Nação como da cena internacional. O pri­meiro encarnou a legitimidade revolucionária e o segundo a legitimidade tradicional.

Senhor Dom Duarte, que estudos é que fez, e quais são as suas principais actividades?

Os meus estudos estiveram ligados a uma vocação que senti desde muito novo, para o estudo da agricultura. Penso que é um sector muito im­portante, porque uma nação mal alimentada está automaticamente condenada ao fracasso em todas as áreas. Foi este interesse pela agricultura, um inte­resse por um lado científico e por outro lado social, que me levou a freqüentar vários cursos, entre os quais o curso do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade Técnica de Lisboa, o curso do Instituto para o Desenvolvimento, na Universidade de Genève, e vários outros dentro das mesmas áreas. Foram experiências muito enriquecedoras para mim.

O Senhor Dom Duarte trabalha, como toda a gente. É assim?

Não sei o que significa «trabalhar como toda a gente». Trabalho com empenhamento nas causas que abraço e, ao contrário de muita gente, sou gestor do meu próprio tempo. Tenho, como sabe, para além das minhas iniciativas de caracter político, centradas na defesa dos valores perma­nentes de Portugal, actividades culturais várias.

Presido em Portugal à Fundação Dom Manuel II, e nos Estados Unidos à Portuguese Heritage Foundation, que dá apoio aos nossos emigrantes. Presido a inúmeras associações portuguesas de índole cultural, para além das minhas actividades sociais, nomeadamente em defesa dos direitos humanos.

Senhor Dom Duarte, quais são as suas principais áreas de interesse cultural?

Interessa-me muito a defesa e a valorização do patrimônio cultural nas suas várias vertentes, in­cluindo a ambiental, e o pensamento português não só na área estritamente cultural como também na social, que também faz parte do nosso patri­mônio.

E os seus hobbies ?

É-me difícil responder. Bem… a leitura é tal­vez o meu hobby preferido.

O Senhor Dom Duarte serviu Portugal na qualidade de oficial do Exército Português duran­te a Guerra Colonial. Os Portugueses sabem que o Senhor Dom Duarte é um pacifista por convicção, que acredita em soluções diplomáticas de prefe­ rência às soluções bélicas. Como é que se sentiu enquanto militar?

É verdade, fui piloto aviador, ainda hoje sou capitão na reserva. Mas respondendo à sua pergun­ta, eu não sou pacifista nem belicista. Sou pacífico e acredito que a paz é de tal maneira importante para todos os povos que, para a manter ou para a conquistar, é necessário fazer uso de todos os meios legítimos ao nosso alcance, diplomáticos e outros. Reconheço que em determinadas situações, quando se esgotam as vias pacíficas para a resolução dos conflitos, pode ser necessário usar da força, mas isto apenas como último recurso. Como militar acom­panharam-me dois sentimentos: por um lado sentia o dever de bem cumprir as minhas obrigações para com a Pátria, e por outro lado sentia-me frustrado, diria mesmo desanimado, com a política que, em meu entender, não satisfazia nem os interesses das populações locais nem os de Portugal como um todo.

Sendo quem é, como é que se sentiu como militar ao serviço de uma República?

Eu e os meus companheiros de armas não nos sentíamos minimamente ao serviço da Repúbli­ca, mas sim ao serviço de Portugal. Os interesses de Portugal são sobejamente mais importantes do que os da República. Penso que todos os que se bateram em África, arriscando a vida, e perdendo-a muitos deles, não o fizeram senão a pensar na Pátria.

O Senhor Dom Duarte considera-se um conservador austero, por exemplo em relação a questões ligadas à moral tradicional, ou a sua ten­dência natural é mais para o humanismo e para a tolerância?

Sou efectivamente humanista, e defendo a tolerância. Acredito, por outro lado, que não se deve fazer tábua rasa dos ensinamentos do passado, onde encontramos altos exemplos de humanismo e de tolerância, e que devemos aproveitar esses ensi­namentos que nos são trazidos pela tradição que, como sabe, significa transmissão. Não estou muito de acordo com a maneira como formulou a per­gunta. Embora eu não seja um conservador, porque entendo que tudo aquilo que não se prende com os valores fundamentais é mutável, de preferência, como já disse, tendo presentes os ensinamentos da experiência passada, mas verifico que há conserva­dores que são humanistas e praticam a tolerância, e há não conservadores que pelas suas idéias revolu­cionárias ou por um progressivo abandono de valo­res essenciais não são humanistas e praticam a intolerância.

Se o Senhor Dom Duarte, por hipótese, fosse aclamado rei por vontade popular, aceitaria o trono?

Tenho repetidas vezes afirmado a minha dis­posição para servir Portugal, o que aliás tenho feito ao longo de toda a minha vida, e de continuar a servir Portugal se necessário como rei. Mas também tenho sempre insistido noutro ponto: É que só aceitarei a chefia do Estado se ela resultar da vonta­de popular livremente expressa. Como sabe, de acordo com a tradição e as leis da Monarquia portuguesa, um príncipe só passa a ser rei depois de aclamado pelas Cortes, isto é, o Parlamento, ou seja, pelos representantes do povo português.

Senhor Dom Duarte, há quem diga que a aristocracia morreu com Luís XVI no cadafalso. Acha que é verdade?

Bom… há muitas vezes uma confusão entre aristocracia e nobreza. A primeira, como sabe, é etimologicamente o governo dos melhores. Mas o tempo e os homens estabeleceram a confusão. No tempo de Luís XVI não se vivia em aristocracia mas em Monarquia. Era uma Monarquia típica do sécu­lo XVIII, em que a nobreza tinha um papel mais importante no campo social do que no campo polí­tico. É certo que a intolerância e o fanatismo dos revolucionários franceses de 1789 e dos anos seguintes levou ao cadafalso não só o rei Luís XVI como também muitos nobres, membros do Clero e mesmo do Povo que, ou se tinham oposto à Revo­lução, ou simplesmente a ela não tinham aderido como «adesivos». Lembro-lhe, a propósito, que em 1989, em res­posta aos vários inquéritos que em Franca se fizeram, por ocasião do bicentenário da Revolução, a maior parte dos inquiridos considerou Luís XVI, e os muitos que com ele morreram na guilhotina, inocentes dos crimes que a demagogia revolucionária lhes atribuiu.

O nobre é aquele que foi reconhecido como notável pela Coroa, ou seja, numa Monarquia, o pró­prio Estado, isto em razão dos serviços prestados ao país. Nobre é também aquele que dele descende. Mas independentemente do reconhecimento por parte do Estado com a atribuição de um título, a verdadeira nobreza reside na atitude moral de serviço à comuni­dade. Por esta razão, penso que a nobreza não morreu com Luís XVI.

O Senhor Dom Duarte acredita que Portugal teria vantagens em regressar a uma monarquia?

Sem dúvida. Bem vê, só numa Monarquia é que a chefia do Estado é verdadeiramente independente. Como sabe, as primeiras chefias eram electivas. Os povos escolhiam entre si aquele que entendiam que melhor poderia governá-los e re­presentá-los. A este modelo político primitivo seguiu–se o da chefia hereditária. Concluíra-se que através da hereditariedade da chefia se evitavam divisões e disputas muito desgastantes que enfraqueciam o Poder e a comunidade política. Assim, os países mais antigos tiveram tempo para evoluir para a Monarquia, para uma chefia de Estado hereditária. A Monarquia, como instituição antiga (mas nunca velha!), foi-se adaptando aos tempos, realçando-se com os séculos a independência do rei face aos gru­pos, às facções e aos interesses particulares. Na Monarquia moderna o rei reina mas não governa. O governo é exercido por aqueles que ganham as eleições. O rei, como instituição independente, isto é, não resultante da disputa entre grupos, não resul­tante da vitória de uma parte da nação contra outras, mas aclamado por todas as partes, represen­tadas no Parlamento, está obviamente em melhores condições do que um presidente para arbitrar con­flitos, exercer a moderação e representar toda a nação. Mas sendo a Monarquia um modelo aperfei­çoado da chefia do Estado, ao qual se chegou depois de muita experiência, não está evidentemen­te ao alcance próximo dos novos Estados, que cons­tituem a maioria. A Monarquia é o trunfo das nações antigas. Os novos Estados não conseguem ter senão a República e todos nós sabemos que por muito íntegro que seja um presidente da República, nunca se livra da suspeita, o que é muito mau em termos institucionais, de favorecer o grupo político que o elegeu, ou as empresas que, por razões incon-fessadas, financiaram a sua campanha eleitoral. Também por esta razão, e por ser o representante do grupo vencedor, dificilmente é aceite o seu papel de árbitro.

Portugal é um país antigo, com uma larga expe­riência das instituições políticas. Sucumbiu, em 1910, como algumas outras nações antigas, à tenta­ção de imitar modelos ultrapassados que vestiam roupagens novas, deixando por inércia que um Partido Republicano, que não representava mais de sete por cento do eleitorado nacional, se impusesse através de um golpe revolucionário.

A actual Constituição da República impõe-lhe uma vexatória cláusula, a alínea b) do artigo 288°, que impede o povo soberano de mudar para a Monarquia, ainda que o queira. Mas penso que para bem do país, do nosso futuro colectivo, o povo português deverá ponderar tudo isso e fazer as opções que mais lhe convierem.

A Monarquia, não sendo uma forma perfeita de chefia do Estado, nem, como vimos, uma receita universal, é, a meu ver, pelas razões expostas, a ins­tituição política mais aperfeiçoada e que melhor pode servir os interesses de Portugal.

Se assim acontecesse, quais seriam as prin­cipais directivas do seu reinado?

Como já expliquei, o rei reina mas não governa. Assim sendo, na hipótese de vir a ser aclamado rei pelos representantes do povo, procuraria usar de toda a minha influência para assegurar a defesa dos valores permanentes de Portugal.

Quais são, para si, os problemas mais ur­gentes a resolver em Portugal?

É difícil de responder. Em todo o caso, julgo que a agricultura é certamente um dos sectores mais carenciados e desorientados. Há que apoiá-la com urgência. Também a formação escolar e profissional e a orientação em termos de colocação no mercado de trabalho me parece de abordagem urgente.

Os media noticiaram que estaria para breve o nascimento do herdeiro da Casa de Bragança, e os monárquicos portugueses rejubilam. O Senhor Dom Duarte pensa educar essa criança de forma a que um dia, se as circunstâncias o aconselharem, possa assumir a Coroa portuguesa?

Penso educar o meu filho para ser bom por­tuguês. Foi este, aliás, o melhor ensinamento que recebi dos meus pais. Procurarei familiarizá-lo com as realidades do país e prepará-lo para a defesa dos nossos valores permanentes.

Senhor Dom Duarte, o senhor pensa que um nobre que não tenha meios de fortuna para fazer brilhar o seu título, deve prescindir dele?

Como já deixei dito, a verdadeira nobreza reside na atitude moral de serviço perante a comu­nidade e perante o país. Assim, aquele que descen­de de um notável, seja titular ou não, deve manter uma atitude de serviço que honre a dignidade que foi conferida aos seus avós. O brilho financeiro pouca importância tem afinal.

Existe algum rei na nossa História que seja para si um modelo a seguir?

A época e as circunstâncias em que reinaram os reis de Portugal eram muito diferentes das nos­sas. Penso, todavia, que todos deram exemplos de patriotismo e continuam a dar-nos um modelo de actuação: o de servir empenhadamente Portugal.

(Fonte: Blogue "Causa Monárquica")

ASSEMBLEIA NACIONAL - CRISE MONÁRQUICA DE 1951, SALAZAR/CAETANO

Em Maio de 1951, segundo Caetano, crescia na Assembléia Nacional um ciúme estúpido em relação à Câmara Corporativa; e nesta generalizava-se o sentido de inutilidade, com muitos procuradores a querem sair. Pelo que lhe era permitido observar e ouvir, aproximava-se uma crise do regime, que poderia ser mortal.2 Era mais uma das diversas crises mortais do regime que diagnosticou a Salazar. Caetano abandonou entretanto o seu cargo na administração do Banco Nacional Ultramarino e foi nomeado comissário do Governo junto do Banco de Angola, com a prévia interferência de Salazar.3 Um gesto solidário.

Craveiro Lopes tomou posse em 9 de Agosto de 1951 e pouco depois soube-se que o «partido monárquico» armava uma cilada. No Congresso da União Nacional, marcado para 22 de Novembro, em Coimbra, vários oradores defenderiam a restauração da Monarquia e haveria uma manifestação com a presença de D. Duarte de Bragança. Caetano e Albino dos Reis procuraram Salazar e combinaram com ele a estratégia de contra-ataque: o próprio Salazar desautorizaria os monárquicos, no discurso de abertura, e depois Caetano tornaria inequívoca a doutrina da UN sobre o problema do regime. A rainha D. Amélia morreu em 25 de Outubro, no Castelo de Bel-levue, em Versalhes, e Salazar decretou em 6 de Novembro funerais nacionais. Depois, em Coimbra, coerente com a conduta de não hostilizar os monárquicos, Salazar vagueou por noções gerais, reconhecendo a superioridade real da Monarquia de conter em si própria a questão da estabilidade da che-fatura do Estado. Mas a Monarquia, não sendo um regime mas apenas uma instituição, podia coexistir com os regimes mais diversos, não constituindo por si só garantia de estabilidade de um regime determinado, senão quando se apresentava como «uma solução tão natural e apta» que não precisa de ser discutida na «consciência geral».4 Esta linguagem elíptica não foi entendida por todos.

Caetano fez as despesas do Congresso com um discurso marcante da sua vida pública, o «Discurso de Coimbra», que lhe valeu a duradoura ira do «partido monárquico». Antes, porém, o monárquico Soares da Fonseca, Ministro das Corporações e Previdência Social, queria impedi-lo de falar, o que provocou entre ambos um «atrito sério».5 A forma republicana do Estado Novo, com a eleição do chefe do Estado por sufrágio universal, lembrou Caetano, era tida por alguns como uma fraqueza das instituições. Meditara muito nisso, a partir do monarquismo da sua juventude e da tradição nacional, mas afastava-se agora da solução monárquica com base na «razão» e num «certo instinto político».6 E passou a explicar-se com exemplos. A Inglaterra tinha a realeza, mas na verdade era uma república, onde quem governava era o Primeiro-Ministro, a partir de uma maioria na Câmara dos Comuns, e não o rei. Na Espanha, como se viu, não era Afonso XIII que sustentava Primo de Rivera, mas Primo de Rivera que sustentava Afonso XIII. Na Itália, como se percebeu, não era Vítor Manuel que agüentava Mussolini, era Mussolini que agüentava Vítor Manuel. E em Portugal, depois de 80 anos de «república coroada» (o constitucionalismo), a tradição monárquica tinha sido de tal maneira quebrada que só era «sentida e compreendida por uma minoria».1 Os congressistas da «minoria», claro, não aplaudiram.

Além desta caracterização da precariedade da monarquia, o «Discurso de Coimbra» foi uma peça surpreendente e de leituras múltiplas, onde Caetano se exprimiu com uma frontalidade invulgar no Estado Novo. Fez uma evocação da história do regime, do trajecto de Salazar e da sua obra, e projectou o que sucederia se ele abandonasse o poder: «Por muito que ela nos desagrade, a hipótese é inevitável: Salazar não é imortal... A continuação do Estado Novo para além de Salazar não constitui problema justamente porque existe a sua doutrina e a sua obra.»2 A par do desejo de tranqüilizar os partidários do regime sobre a sucessão, Caetano explicou que se batera, desde 1947, pela eleição de Salazar para a Presidência da República. A Constituição de 1933 criara um sábio sistema de governo, a que ele chamava «presidencialismo bicéfalo», que permitia que a obra do chefe do Estado fosse continuada pelo seu chefe do Governo e vice-versa, isto é, que o chefe do Estado assegurasse a continuidade da política escolhendo um novo chefe do Governo. Ora a eleição de Salazar para chefe de Estado, prosseguiu Caetano, permitiria que ele mesmo garantisse a sua substituição, e assim habituasse o País a ver na Presidência do Conselho «um homem comum, ainda que experiente, sabedor e devotado ao bem público».3 Quanto ao mais, Caetano lembrou o perigo do Partido Comunista e o milhão de mortos na Guerra Civil de Espanha, elogiou Craveiro Lopes, citou Antônio Sardinha, seu herói de juventude, disse que o Estado Novo mantinha o equilíbrio entre a autoridade e a liberdade individual e que, se aqueles que pretendiam derrubá-lo tomassem o poder, «não nos deixariam por muito tempo em paz... por mero delito de opinião».4 A linguagem de Caetano era inesperada, o estilo directo, e o súbito protagonismo interpretável como uma promoção consentida. Quem seria o «homem comum» que Salazar escolheria se decidisse candidatar-se à Presidência da República?

Sem surpresa, a campanha monárquica contra Caetano atingiu uma ferocidade que só a intervenção da Censura conteve. O jornal da Causa Monárquica, O Debate, multiplicou os ataques, e publicaram-se dois livros contra o orador de Coimbra. Salazar não leu previamente o texto do discurso, Caetano indicou-lhe apenas os tópicos principais, mas perante os clamores contra o seu subordinado que se atirou à cabeça do touro sentiu necessidade de protegê-lo com uma carta afectuosa: tinha gostado muito.5 Entretanto, durante uma cerimônia no Porto, Craveiro Lopes irritou os monárquicos ao lembrar que tomara posse jurando fidelidade à Constituição da República e que nunca se afastaria desse compromisso.6 Em 16 de Abril de 1952, perante a grande agitação monárquica, Caetano punha três hipóteses: a restauração, um novo Monsanto (alusão à tentativa restauracionista de 1919) ou o afastamento do Estado Novo das pessoas e grupos que alimentavam a causa monárquica, o que redundaria numa indesejável viragem à esquerda.1 Em Junho de 1952, aceitou bem o convite de Salazar para vogai da Comissão Central da União Nacional, reiterando a disposição de servi-lo.2 Em Julho, como um óbvio desagravo da campanha monárquica, foi nomeado membro vitalício do Conselho de Estado, de que já era membro inerente como presidente da Câmara Corporativa. O convite coube formalmente a Craveiro Lopes; mas foi Salazar quem naturalmente decidiu.3 Ascendia à cúpula das cúpulas. Mas continuava sem poder. Tornara-se também, dentro do regime, o inimigo número um dos monárquicos.

Enquanto isto, através do I Plano de Fomento (1953-1958), o Estado Novo pretendeu ajustar as disponibilidades de investimento público às instantes necessidades de desenvolvimento. Previam-se investimentos nos sec-tores da agricultura, electricidade, indústria, comunicações, transportes, ensino técnico. A Câmara Corporativa estudou o projecto do Governo.4 Salazar quis também que a Câmara Corporativa discutisse a reforma agrária, uma aspiração da Junta de Colonização Interna.5 Mas Caetano não conseguiu nada perante a opinião conservadora dos procuradores.6 Em Julho de 1954, na seqüência de discursos sobre Goa, Damão e Diu, e movimentações que prepararam o terreno, grupos de «voluntários» da União Indiana ocuparam o enclave de Dadrá. Foi o primeiro passo de um processo que levou em 18 de Dezembro de 1961 à invasão de Goa pela União Indiana.7 Reuniu-se em 30 de Julho o Conselho de Estado. Coube a Caetano, o vogai mais novo, redigir a acta.8 Perante a estratégia de defesa intransigente da índia portuguesa, delineada por Salazar com o apoio do Conselho de Estado, Caetano preconizou a maximização dos contactos diplomáticos com Nova Deli, a íim de evitar surpresas e obter dilações.9 Caetano organizou as celebrações do 20.° aniversário da Câmara Corporativa, em 10 de Janeiro de 1955. Foi inaugurado um retrato do primeiro presidente, o general Eduardo Marques, pintado por Henrique Medina. A propósito da celebração, disse a Salazar que não percebia porque estava o corporativismo estagnado e defendeu um novo impulso à política portuguesa. Voluntariava-se para redigir um plano de revitalização do sistema corporativo.10 Salazar aceitou a oferta, mas foi--Ihe dizendo que a Câmara Corporativa tinha amplos motivos de satisfação pela qualidade do trabalho desenvolvido.11 O destaque protocolar de Cerejeira em cerimônias oficiais, relegando o Presidente da República para segundo plano, foi um motivo de protesto de Caetano.12 Nem em Canossa, dizia ele a Salazar, o poder civil andara tão de rastos.

(Fonte : "Cartas Secretas Salazar Caetano 1932-1968 de José Freire Antunes")

A LENDA DE ALMOUROL E CARDIGA


“ Sussurrava-se em Sagres que, há séculos quando os moiros foram senhores da península, era alcaide de um Castelo roqueiro, erguido a meio do Tejo, o sarraceno Almourol, que ali vivia com a sua mulher Cardiga e a filha Miraguarda, de olhos sonhadores e negros e de tanta beleza, que era capaz de cativar a alma de um cristão.E assim sucedeu.

Nas pelejas entre moiros e cristãos nas vizinhanças do Castelo, intrépido e romântico cavaleiro cristão, das hostes de Afonso Henriques, divisou nas ameias da fortaleza o moreno e encantador rosto da adepta do Islão de nome Miraguarda, filha de Almourol e Cardiga. E tão enfeitiçado ficou de suas raras graças e belezas, que se esqueceu que profanava a religião professada, ousando olhar cobiçosamente para a filha dos infiéis.

Mas o amor não consentiu estorvo , chegado à fala com Miraguarda cosido com as cortinas das barbacãs, planearam a fuga. E o amoroso cavaleiro raptou a moira encantada, levando-a para longes terras, cingida a si, em fogoso corcel. No momento da fuga, as hostes cristãs aproveitaram o ensejo para penetrar no Castelo, tomando-o aos Sarracenos.

Foi então que Almourol e Cardiga, não podendo suportar a afronta da dupla traição e o degradante cativeiro que lhes imporiam os assaltantes inimigos, decidiram subir à torre de menagem e precipitaram-se no Tejo. E assim puseram termo à cruciante dor que lhes avassalara as almas.

Os cadáveres dos 2 sarracenos, sobre nadando as águas do rio, foram Tejo abaixo impelidos pela corrente e internaram-se no oceano, perdendo-se entre as brumas e neblinas do além mar, onde, petrificadas, se transformaram, diz a lenda, em 2 ilhas de maravilha.

Quando os Portugueses, séculos depois, descobriram a ilha de Sta Maria, e 12 anos após a de S. Miguel, o povo tomou como verídica a lenda de antanho, dizendo que Sta Maria era o corpo da Cardiga e S. Miguel o do Almourol, transformados nas 2 ilhas encantadas.”

Curioso é que o descobridor dos Açores foi frei Gonçalo Velho Cabral, senhor de Pias, de Beselga e de Cardiga, comendador do Castelo de Almourol que em 1432 foi designado 1.º capitão donatário de Sta Maria, e em 1444 1.º capitão donatário de S. Miguel.

(Fontes: Atalaia - V.N.Barquinha e Real Associação do Médio Tejo)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

125 MINUTOS COM S.A.R. D. DUARTE PIO DE BRAGANÇA NO CASINO DA FIGUEIRA DA FOZ

GRAVADO AO VIVO NO CASINO DA FIGUEIRA DA FOZ EM 15 DE ABRIL DE 2010
EXIBIÇÃO EXPRESSAMENTE AUTORIZADA PELO CASINO DA FIGUEIRA (A QUEM AGRADECEMOS) E POR S.A.R. O SENHOR DUQUE DE BRAGANÇA

CARTA A UM JOVEM AMIGO SOBRE A LIBERDADE E O REI

Caro Amigo

Não nasci numa família tradicionalmente monárquica, não tive uma formação política monárquica, li na biblioteca da casa dos meus pais tanto as biografias dos Reis D.Carlos e D. Manuel II, de Rocha Martins, como a História da República, de Lopes de Oliveira, sabia que o meu pai era um republicano que fora monárquico na sua juventude e que a minha mãe era simpatizante monárquica, apesar do meu avô ter sido um republicano idealista que se desiludiu cedo com o regime. A verdadeira formação política que tive foi para a liberdade e foi usando dessa liberdade que me foi inculcada desde criança que, cinquenta anos após a implantação da república, me fiz monárquico e aderi à Causa Monárquica como afirmação dessa liberdade.

Fiz um percurso de militância, prossegui um percurso de reforço da formação política com os doutrinadores integralistas, mas fui sempre questionando as suas proposições quanto à liberdade: apesar de ter sido com eles que aprendi que Nos liberi sumus, Rex noster liber est, manus nostrae nos liberverunt (Nós somos livres, nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram).

O contacto com monárquicos que não se reviam na doutrina integralista, com a leitura de autores, portugueses e estrangeiros, que defendiam o liberalismo monárquico, a aprendizagem da História do século XIX, levou-me a outras conclusões e a outras escolhas. Mas sempre me marcou esse “grito de Almacave”: Nós somos livres e o nosso Rei é livre.

Olhando estes cem anos o que continuo a ver, a par de outros erros, é a falta de liberdade que tem perpassado pela sua história: a repressão contra os monárquicos e os católicos, a repressão da imprensa adversa do poder constituído em cada momento, o assassínio político, as revoluções como forma de alternância política na I República, a censura, a prisão, a tortura de oposicionistas ao regime na II República, as tentativas de controlar a imprensa e as vozes públicas discordantes e incomodativas para o Poder nesta III República onde, apesar disso, a liberdade existe e muitos dos excessos das anteriores foram banidos, vivendo-se numa Democracia, embora imperfeita e a necessitar de ser reformada em nome das liberdades dos cidadãos, asfixiados pela partidocracia e pela plutocracia. Comum a todas as as repúblicas, vejo também a falta de liberdade dos Presidentes, eleitos por sufrágio directo com o apoio de um ou mais partidos ou escolhidos pelos directórios partidários e eleitos por maioria por colégios eleitorais, mas todos reféns de uma ideologia e de formações políticas a que estão ligados, representantes de uma facção e não todos os cidadãos do país, parte da luta pelo Poder de uns contra os outros, presos a compromissos políticos e económicos assumidos no apoio às suas candidaturas.

Estou certo, caro amigo, que porque nasceste já num regime Democrático, nunca pensaste que no topo edifício político do Estado, que há trinta e cinco anos foi erguido sob a bandeira da liberdade, está alguém que o representa e chefia que não é livre. E o Chefe do Estado tem de ser livre, como gerador e garantia da nossa liberdade.

Por isso, e em nome dela, te convido a fazer a escolha da liberdade ao querer e lutar pelo regresso do Rei, livre de todas as pressões políticas e económicas, de todas as ideologias, acima das facções, comprometido apenas com nação que fomos, somos e seremos. Para que também tu possas dizer como eu, “Nós somos livres, o nosso Rei é livre, nossas mãos nos libertaram”.

Um abraço amigo

João Mattos e Silva

Diário Digital (19-Jul-2010)

A NÃO PERDER EM TERRAS DE SANTA MARIA A PARTIR DE HOJE


A Viagem Medieval (VM) é o maior evento de recriação histórica medieval do país. Realiza-se, anualmente, durante dez dias consecutivos, no centro histórico da cidade de Santa Maria da Feira, atraindo diariamente 50 mil visitantes. Com características únicas no país, este projecto diferencia-se pelo rigor histórico, dimensão (espacial e temporal) e envolvimento da população e associativismo local, reforçando uma vasta equipa de mais de mil pessoas de diversas áreas, das quais 250 em regime de voluntariado. Centrada na recriação de episódios e acontecimentos que marcaram a história local e nacional da Idade Média, a VM começou por realizar-se no Castelo, mas rapidamente, se expandiu para todo o centro histórico e zona envolvente, ocupando actualmente uma área de 40 hectares. Recentemente, a VM foi distinguida com uma menção honrosa na terceira edição dos Prémios Turismo de Portugal, na categoria de "Animação".

                                          http://www.viagemmedieval.com/

JORNAL “ECHO DO TEJO” (30 de Junho de 1907) CORRESPONDÊNCIA DO SARDOAL: A VISITA DE EL-REI AO SARDOAL


Sardoal, 22 de Junho de 1907

É impossível poder descrever-se a recepção que hoje nesta Vila foi feita a Sua Majestade El-Rei na visita que aqui se dignou fazer, acompanhado dos seus Ajudantes de Campo, Governador Civil do Distrito, Conde e Condessa de Alferrarede. Só houve conhecimento da visita de El-Rei a esta Vila hoje de manhã, não havendo tempo das ruas por onde passava Sua Majestade serem melhor ornamentadas, o que não influiu para que El-Rei tivesse nesta pitoresca Vila uma manifestação imponentíssima, sendo muito aclamado pelo povo deste Concelho, não nos lembrando que aqui se tenha feito tão extraordinária recepção. Se tivesse havido conhecimento desta visita régia dias antes, com certeza que a esta Vila atrairia não só povo do Concelho, como o das povoações circunvizinhas.

El-Rei e a sua comitiva chegaram aqui pelas 11 horas da manhã e foi recebido à entrada da Vila pela Câmara Municipal, Autoridades Eclesiásticas, diversos funcionários públicos e muito povo. Logo que se avistou o seu automóvel, rompe a velha Filarmónica ( a dos Ciganos) com o Hino da Carta, subindo ao ar muitas girândolas de foguetes e El-Rei então desceu do seu automóvel e recebeu diversos cumprimentos. Segue depois para a Praça desta Vila, aonde foi esperado pela nova Filarmónica (a do Carapau).

Em todo o percurso Sua Majestade foi muito aclamado com vivas a El-Rei, à Família Real e à Carta Constitucional. Algumas crianças entre as quais Maria Carlota Matos Silva e Jacinto Neto Milheiriço, ofereceram a El-Rei lindos ramos de flores naturais e um pombo enfeitado com fitas de seda azul e branca, achando El-Rei muito simpáticas estas ofertas, agradecendo afectuosamente e beijando as crianças. Sua Majestade é depois convidado a visitar os Paços do Concelho onde lhe é feita nova recepção, pelo que se lavrou no livro das actas da Câmara deste Município uma acta extraordinária, concluída nos seguintes termos: SARDOAL, 22 DE JUNHO DE 1907 Recepção de Sua Majestade El-Rei D. Carlos, que hoje pelas 11 horas da manhã se dignou fazer uma rápida visita a esta Vila e Concelho de Sardoal. O povo deste Concelho representado pelos vereadores do Município, pelos elementos civis e eclesiásticos, saúda o seu Rei que se dignou como prova de deferência e estima pelo seu povo, visitar-nos. Em memória deste notável acontecimento se lavrou esta acta de recepção que Sua Majestade assinou e mais pessoas presentes.

Esta acta é lida pelo digno Presidente da Câmara Municipal, Sr. Padre António Joaquim da Silva Martins, que proferiu em seguida um pequeno discurso, cujo resumo é, mais ou menos, o seguinte:

Senhor! O povo deste Concelho surpreendido pela inesperada visita de Vossa Majestade, ufana-se deste acto memorável que não se acha registado em documento algum deste Concelho.Por ter sido inesperada esta visita, não pode Vossa Majestade ser recebida mais condignamente, mas por esta expressiva e franca manifestação se mostra que o recebemos do fundo do coração com franca sinceridade.Deus conserve Vossa Majestade por muitos anos para bem da Pátria e Povo Português, que se orgulha de empresas arriscadíssimas e gloriosas a que se tem abalançado para bem da Constituição.

Este discurso conciso e brilhante foi por vezes interrompido com muitos aplausos e o seu final foi coroado com palmas e repetidos vivas a Sua Majestade, Família Real e Carta Constitucional. Em seguida retirou-se El-Rei da Sala dos Paços do Concelho, depois de ter assinado a acta e subiu para o seu automóvel, estando nesta ocasião as duas Filarmónicas, tocando o Hino Nacional. El-Rei fez então as suas despedidas no meio de um entusiasmo delirante que este povo lhe manifestava, repetindo-se numerosos vivas, por milhares de pessoas. Na manifestação a El-Rei na Praça do Comércio e na Sala das Sessões da Câmara estiveram representadas as escolas oficiais dos dois sexos com os seus alunos e pelos seus dignos Professores Srs. António Rodrigues e Maria Antónia Cardigos e Professora particular D. Maria Fortunata, assim como a Mesa da Santa Casa da Misericórdia e Irmandade do Santíssimo. A ornamentação das ruas por onde passou El-Rei estava simples, visto não ter havido tempo para mais. No entanto viam-se muitas e lindas colchas pelas paredes e Paços do Concelho e bandeiras espalhadas pela Praça onde se viam pintadas num grande quadro as seguintes palavras: “O POVO DO SARDOAL SAÚDA EL-REI” Em todo o trajecto foi lançada das janelas grande quantidade de flores.

A Câmara Municipal de Sardoal, à data da visita do Rei D. Carlos, tinha a seguinte constituição: Presidente: António Joaquim Silva Martins (Padre)

Vice-Presidente: António Carvalho Tramela (Comerciante)

Vogais: Jacinto Dias Milheiriço (Farmacêutico) Francisco da Silva (Comerciante) Francisco Alves Ferreira (Padre)

(Fonte: Real Associação do Médio Tejo )

segunda-feira, 26 de julho de 2010

UM REI, UM EXEMPLO

Um dos maiores ‘pecados’ que uma pessoa pode cometer é viver conscientemente no erro! Pior ainda é permanecer nesse mesmo erro.

Há muitos anos que sou monárquico e foi com gosto que aprendi a ouvir o Senhor D.Duarte (e mais tarde, com o Casamento Real, a Senhora D.Isabel) com muita atenção. Os seus discursos contrastavam, pela sua coerência, sensatez e sentido de oportunidade, com os habituais discursos republicanos que, normalmente, eram muito fraquinhos (isto para ser educado). Na verdade este contraste é cada vez mais evidente e só não o vê quem não quer. Vê-se claramente que o Chefe da Casa Real sabe qual o caminho que Portugal deve seguir para que se fortaleça e recupere o vigor e prestígio de outrora! É claro como água que SAR se preocupa verdadeiramente com o futuro de Portugal, enquanto nação independente e soberana. Se as pessoas deixarem de lado o preconceito, que ainda existe relativamente à monarquia e à Família Real, verão com facilidade que temos um Rei à altura, pronto a servir o País.

Desde há uns tempos para cá, no entanto, tenho ouvido vozes críticas à Família Real, nomeadamente a SAR D.Duarte (enquanto Chefe da Casa Real Portuguesa).

Convém esclarecer, antes de prosseguir, que a critica é um elemento saudável em qualquer democracia. É bom e positivo que a critica (construtiva, entenda-se) exista pois ela promove o desenvolvimento e, consequentemente, o crescimento. Existem, contudo, limites para o ridículo.

A crítica desgovernada à Família Real, por tudo e por nada, parece, contudo, não pesar na consciência daqueles que a proferem. De facto, frequentemente esses ‘críticos’ permanecem no mesmo erro ‘ad eternum’ sem que estejam minimamente preocupados se a sua critica faz sentido e/ou é oportuna ou não. Perante qualquer chamada de atenção, por mais educada e bem intencionada que seja, reagem violentamente quais cães enraivecidos. Chegam inclusivamente a tentar inverter a situação. Tentam desesperadamente transformar a sua mentira em verdade universal. Querem ter razão a todo o custo.

É isto que vejo ultimamente nas críticas à Família Real. As vozes criticas que se levantam (que tendem a ser mais ou menos as mesmas e num número infimamente ridículo) não se importam com o que criticam e/ou se a critica que fazem tem alguma razão de ser. O importante, para essas ‘pessoas’ é criticar. Tudo o resto não interessa. Pobres pequenos de espírito! Apetece ter pena mas deles nem pena se pode ter! Se, num gesto de boa vontade, se lhes tenta dar a mão para os ajudar a sair do buraco que eles próprios cavaram, puxam-nos para esse buraco para que também nós nos afundemos. Essas ‘pessoas’, ao contrário dos monárquicos verdadeiros não procuram elevação (moral, intelectual, ética). Antes pelo contrário: ambicionam somente destruir!

Estas situações fazem-me admirar cada vez mais a paciência e a hombridade da Família Real e principalmente (por ser o mais visado) de D.Duarte. Outros haveria que, caso estivessem na situação do Duque de Bragança, logo ameaçariam com processos. Logo as vozes maledicentes (sempre prontas a deturpar palavras alheias) dirão que, se SAR não actua, é porque teme alguma coisa. Sabem que mais? Quem é grande (em termos de moral, dignidade, ética, honra e intelecto) de facto não se deixa atingir por golpes tão mesquinhos, tão pequeninos. Este facto mostra claramente a grandeza (nos termos já referidos) da Família Real. E não se confunda grandeza com arrogância. Os ‘pequenos’ (os tais dos golpes mesquinhos) é que dão ares de arrogantes. Aqueles que realmente são grandes, são de uma simplicidade absolutamente desconcertante e é isto que acontece com a Família Real. Este é o comportamento de um Rei. Este é o comportamento de uma Família Real. E é este exemplo que se deve seguir. Um exemplo de elevação sem arrogância.

Não se pretende aqui fazer uma tese a defender a Família Real. Ela não precisa e caso disso necessitasse, certamente teria pessoas muito mais habilitadas dispostas a o fazer.

Simplesmente não é possível que os verdadeiros monárquicos permaneçam calados enquanto a Casa Real é criticada por tudo e por nada. Estou certo que as críticas serão bem vindas e até apreciadas pela Família Real desde que sejam sérias, coerentes e intelectualmente honestas.

Por isso, quem quiser voltar a criticar desonestamente, por ventura com o intuito de iludir as mentes mais desprevenidas, fique a saber que há monárquicos esclarecidos e honestos dispostos a repor a verdade. Esses esforços para denegrir a imagem da Família Real serão, portanto, vãos.


Viva D.Duarte!
Viva a Família Real Portuguesa!
Viva Portugal!

(Este artigo foi publicado originalmente no blogue Portugal Futuro)
(Fonte: Projecto Democracia Real)

VAMOS À CONQUISTA DE COIMBRA!