domingo, 31 de outubro de 2010

FESTA LITÚRGICA DE SÃO FREI DOM NUNO DE SANTA MARIA ÁLVARES PEREIRA

[Castelo de Ourém|6 Novembro 2010]

[ Sob o Alto Patrocínio da Casa Real Portuguesa, S.A.R. Dom Duarte de Bragança Duque de Bragança e Conde de Ourém, o MUSEU NACIONAL DO SANTO CONDESTÁVEL DA FUNDAÇÃO HISTÓRICO– CULTURAL OUREANA, tem a honra de convidar Vossa Excelência a participar nos Actos Solenes que terão lugar, no Castelo de Ourém, no dia 6 de Novembro de 2010, Comemorativos da Festa Litúrgica do Santo Condestável, São Frei Dom Nuno de Santa Maria Álvares Pereira, O. Carm., III Conde de Ourém, etc. .


PROGRAMA:

SANTA MISSA E VENERAÇÃO DE RELÍQUIAS
Antiga Real e Insigne Sé-Colegiada de Santa Maria
- Castelo de Ourém Paróquia de Nossa Senhora das Misericórdias /Real Confraria do Santo Condestável

11:00 h - Missa Solene

- Investidura de Confrades na Real Confraria do Santo Condestável
- Participação de Reais Irmandades, Corporações e demais Associações
- Guarda de Honra e Veneração das Relíquias do III Conde de Ourém
BANQUETE REAL (Requer Reserva Antecipada)
Paço Novo dos Cónegos - Restaurante Medieval, Castelo de Ourém Real Confraria Enófila e Gastronómica Medieval
- Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém

13:00 h - Almoço Medieval

- Palestra: "A Rota do Santo Condestável" - Cor. Vítor Portugal dos Santos
- Apresentação da Maqueta do Monumento ao Santo Condestável
PASSEIO - "VISITA GUIADA"
Visita Guiada Centro Histórico-Castelo de Ourém

Esta iniciativa conta com o apoio da Câmara Municipal de Ourém e nela participam a Real Guarda de Honra, a Real Ordem da Asa de São Miguel, a Real Confraria do Santo Condestável S. Nuno e o Istituto Nazionale per la Guardia d’ Onore (Itália).

ORGANIZAÇÃO
Real Confraria Enófila-Gastronómica Medieval-Fundação Oureana.
Reservas / Contactos / Informações:
Ourem Castle Information Centre: Apartado 140, Fátima Codex, Portugal
Email: ouremcastleinfocentre@gmail.com
Telfs. 00351-249544808 / 00351-913269224 / 00351-965690518
Instituto D. Afonso, IV Conde de Ourém


APOIOS: 
CÂMARA MUNICIPAL DE OURÉM
Real Guarda de Honra; Real Ordem da Asa de São Miguel; Real Confraria do Santo Condestável S. Nuno; Istituto Nazionale per la Guardia d’ Onore ( Itália).



HOJE É DIA DE TODOS OS SANTOS

O novo Santo Carmelita de nacionalidade Portuguesa, nasceu recebendo o nome de Nuno Álvares Pereira em 24 de Junho de 1360, filho natural de D. Álvaro Gonçalves Pereira (Prior da Ordem de S. João do Hospital), e de Iria Gonçalves do Carvalhal, sendo legitimado pelo Rei Dom Pedro, quando tinha apenas a idade de um ano. Já adolescente, na idade de treze anos, entrou na corte de Dom Fernando, sucessor de Dom Pedro e armado cavaleiro e escolhido para escudeiro da Rainha, Dona Leonor Teles. Nuno gostava de ler as novelas da cavalaria, e tomou para seu modelo o cavaleiro Galaaz, predisposto a uma vida de castidade. No entanto, acabou por ceder á vontade dos pais, contraindo matrimónio com uma senhora, D. Leonor de Alvim, já viúva, do casamento resultando três filhos, sobrevivendo apenas Dona Beatriz, ou Dona Brites. Dona Leonor veio a falecer em Janeiro de 1388, dando a Nuno Alvares Pereira as condições, por ele fortemente desejadas, para uma vida de perfeita castidade. Entretanto, adestrado nas artes de guerra, salientou-se, pela coragem e argúcia em diversos episódios bélicos, anteriores à crise dinástica de 1383-1385, crise essa determinada pelos problemas da sucessão régia, derivados da morte do Rei Dom Fernando. Diversos eram os pretendentes mas nenhum agradava ao povo, porque, de uma forma ou de outra, Portugal teria um castelhano por Rei, e, por isso, a preferência era dada a um filho bastardo de Dom Pedro I, Dom João, Mestre da Ordem de Aviz, que encontrou em Nuno o seu principal colaborador, e estratega, contra a sujeição do Reino a Castela em defesa da íntegra independência portuguesa. No triénio de 1383 a 1385 os seus sucessos de guerreiro foram ímpares, sendo nomeado Condestável do Reino. Em face das suas virtudes heróicas e religiosas, desde muito cedo recebeu do povo o título de Santo Condestável. Sendo um guerreiro, não foi por vocação bélica, mas por defesa de valores que ele considerava primaciais: por um lado, o amor á Pátria e a lealdade ao monarca escolhido pelo povo, Dom João I, por outro lado, o espírito da cruzada, face à posição de Castela, que optara pela obediência ao Papa de Avinhão (durante o Grande Cisma do Ocidente), enquanto Portugal se manteve leal a Roma, de onde ter direito ao título de Nação Fidelíssima. Por conseguinte, a gesta heróica do Condestável teve em vista, de forma especial, a unidade da Igreja na obediência romana. As virtudes militares não o levaram a esquecer as virtudes cardeais, sobretudo a caridade. São muitos os testemunhos coevos sobre a caridade que praticava com os adversários, não os considerando inimigos, mas apenas opositores. No final de várias batalhas, ele mesmo ordenava os seus militares que tratassem dos mortos e sobretudo dos adversários feridos em combate, aos quais protegia da espontânea revolta popular. Isto é: fez a guerra em nome da paz. Ainda guerreiro, era conhecido por ser um homem de fé e de oração, raro iniciando uma peleja sem antes se recolher em oração, sem pressa de combate. Em reconhecimento dos serviços prestados ao País e ao Reino, foi largamente premiado pelo Rei Dom João I com a oferta de muitos bens, sobretudo terras e povoações, com direito a foros e outras benesses, tornando-se o homem mais rico de Portugal a seguir ao Rei. À medida que os deveres bélicos o deixavam mais livre, e já coberto de glórias, iniciou uma nova fase de vida, em 1393, partilhando com os seus companheiros de armas algumas das numerosas terras que lhe tinham sido doadas. Preconizando para si mesmo uma vida de oração e de contemplação, iniciou, em 1389, numa das colinas de Lisboa, a construção de um convento, com Igreja de estilo gótico que chegou a ser tida como a mais bela da cidade. Deu ao Convento o nome de Nossa Senhora do Vencimento, em acção de graças pelas suas vitórias e, poucos anos depois (decerto 1397), escolheu para habitantes do novo Convento os frades Carmelitas que, nessa época, só dispunham de uma comunidade, em Moura, no Sul de Portugal. Para Governo e sustento da nova comunidade de Lisboa, que veio a ser a mais importante, fez a doação de um valioso património, reservando-se o direito de ser ele a administrar esse património, enquanto vivo fosse. Em 1423, celebrando-se o I Capítulo Provincial dos Carmelitas portugueses, D. Nuno fez a doação definitiva da igreja e convento de Lisboa à Ordem do Carmo, nela professando como donato, recusando mesmo o título de Frei, gostando de ser chamado Nuno, simplesmente Nuno.
Desprendido dos bens materiais, desejou realizar três intenções: mendigar o sustento pelas ruas da cidade, não consentir outro título que não fosse Nuno, e sair de Portugal para viver onde fosse desconhecido. Não foi preciso sair, porquanto Dom João e Dom Duarte lhe estabeleceram uma pensão para seu sustento, pensão essa que, ao fim e ao cabo, Nuno de Santa Maria distribuía pelos pobres e necessitados que à porta do Convento se aglomeravam, ganhando, entre o povo, o título de Pai dos Pobres. Afastado do estrépito das batalhas, procurando no essencial a justiça e, no resto, o amor, a sua figura faz-nos lembrar Elias e a sua espada de fogo, em defesa do Deus único e verdadeiro. A piedade, a resolução, a confiança, a fé viva, o zelo, a oração poderosa e a contemplação, já se acham na pessoa do cavaleiro, destinado a tornar-se um Galaaz, não da guerra, mas do Carmelo, procurando combater o bom combate (2 Tm., 4,7). O herói revela-se a caminho da Santidade, confirmando a regra de que o verdadeiro herói é o Santo. Já antes de professar na Ordem do Carmo, que preferiu em vista do seu altíssimo culto por Maria, Mãe de Jesus, Nuno dera provas de pureza e de castidade, de silêncio e de oração, praticando as virtudes teologais e cardeais, em prova da renúncia à sedução do mundo. Todavia, os carismas que se tornam mais palpáveis são os do despojamento e da pobreza. Desprende-se de toda a propriedade material, torna-se pobre e vive como pobre para os pobres. Assim o viu o autor da Crónica do Condestável: “apartou-se a servir a Deus em estado de pobre”. Uma opção de radical significado, algo fundamentada na dialéctica pobreza/riqueza, em que assumiu serem, os pobres, o tesouro dos ricos. Frequentando os Sacramentos, o seu cordial amor pela Virgem do Monte Carmelo levou-o a promover o culto mariano, mediante a devoção pelo significado do Escapulário. Com efeito, começou por convidar pessoas do seu conhecimento, tanto nobres como pobres, a reunirem-se para a prática devocional do Escapulário, dando origem à primeira Confraria de Leigos em Lisboa, chamada “Confraria do Bentinho”, origem da futura Ordem Terceira Secular. Foi, portanto, um pró cere militante, ou mesmo fundador, do movimento do laicado carmelita.
Três ideais distintos definem o perfil de São Nuno: a imitação de Galaaz, em defesa das causas nobres, da justiça e da paz; o amor à terra dos seus, a Pátria; e, por fim, a absoluta imersão na vida religiosa, sempre motivada por uma razão transcendente, resumida no ideal do serviço de Deus. Beatificado em 1918, pelo Papa Bento XV, é foi canonizado pelo Santo Padre Bento XVI, deste modo se confirmando tanto a antiguidade do culto como o provado exercício das virtudes heróicas. Modelo para a Juventude, servo dos pobres, o seu exemplo desafia os tempos modernos para ser imitado, ao menos na essencial prática, a caridade activa, expressa na Obra intitulada “Caldeirão do Beato Nuno”, destinada a auxiliar os mais necessitados. A canonização serviu, não só para dispor a sua imagem nos altares, mas também, e sobretudo, para um novo desafio, porventura a expressar na associação de toda a Família Carmelita, (abrangendo as Ordens, os Sodalícios das Ordens Terceiras e as Confrarias Populares), Associação essa destinada a bem fazer a favor dos pobres, incluindo os muitos dos povos lusófonos em busca de saúde e do modo de vida. Ou seja: renovar a opção pelos pobres e sedentos de pão, de caridade e de justiça.

Em Roma, na véspera da Canonização de São Nuno de Santa Maria. Uma visita panorâmica à cidade de Roma pela Agência de Viagens "Quinto Império", com a 1ª paragem na Igreja de São Pedro das Correntes. Ver mais fotos da excursão Aqui

VÃO UMA PERGUNTAS?

Mesmo em tempos difíceis há sempre quem se lembre de dizer que a monarquia é mais cara que a Republica. Não fosse trágica a ignorância até dava para rir um pouco (ou nem por isso). 

Todos nós portugueses deveríamos poder fazer umas perguntas à república (alguém a viu por aí?). 

Uns para esclarecer algumas dúvidas e outros para ver se abrem um pouco os olhos de uma vez por todas e vêm com olhos de ver a realidade que os rodeia (a verdadeira, não a ilusória). 

Certamente assim deixariam de ver a Monarquia como um bicho-papão e passariam a vê-la como a mais óbvia e sensata solução para este país que muito a muito se vai afundando cada vez mais. Aliás, cada vez que se afunda julga-se impossível afundar mais ainda. No entanto a republica, na sua imensa capacidade de surpreender tudo e todos consegue sempre afundar Portugal mais ainda. E caricaturas não faltam para ilustrar tamanho afundanço, o que só mostra que os monárquicos têm razão.

Dizem (é triste saber que existem pessoas que pensam assim) que a monarquia é um regime de grandes Senhores que com grande crueldade subjugam a população. Poderá haver pensamento mais medieval e desfasado da realidade das monarquias europeias do sec. XXI? Poderá haver maior ignorância a respeito do que é uma monarquia constitucional? Pior ainda que esta ignorância é aceitá-la cegamente como verdadeira e não procurar esclarecimentos.

Então e neste momento? Aqui! Agora! Em que regime estamos? E qual é a realidade? Não haverá mais dos ditos ‘grandes senhores’ do que em qualquer monarquia europeia?

Dizem que a monarquia iria gastar muito! Engraçado. Sempre que falam nisso dá-me para recordar algumas coisas relativamente recentes. Não sei porquê vem-me à memória a noticia da renovação da frota automóvel (tudo do bom e do melhor, claro está). Vem-me também à mente a renovação do Parlamento. Não se ficando pela conservação única e estrita que um edifício exige, foram introduzidos alguns luxos. Isto em tempo de crise. Vem-me ainda à mente aquela reportagem, já antiga é certo, que comparava Espanha com Portugal no que toca às despesas com a chefia de estado e em que Portugal saía claramente como mais despesista.

E depois a monarquia é que iria gastar muito. Pois, vamos fingir que acreditamos todos nisso. Está bem?

Há ainda umas mentes iluminadas que dizem que seria demasiado caro conservar os palácios reais! Isto também é engraçado de ouvir. Quer dizer que por não haver monarquia em Portugal os palácios (património nacional) podem todos ficar ao abandono, entrando consequentemente em degradação! Será isso? Ainda nesta temática convém alertar para alguns aspectos importantes que muitas pessoas parecem ter esquecido! Vamos então a uma pequena aula de história!

P. Onde está sediada a Presidência da República?
R. Palácio de Belém (antigo Palácio Real)

P. Onde está sediado o Ministério dos Negócios Estrangeiros?
R. Palácio das Necessidades (antigo Palácio Real)

P. Onde está sediado o Ministério da Cultura?
R. Palácio da Ajuda (antigo Palácio Real)

P. Onde são feitos, actualmente, os banquetes de estado (lerem bem, banquetes) e outras cerimónias importantes de carácter oficial?
R. Palácio da Ajuda. (antigo Palácio Real)

P. Onde fica situado actualmente o quarto de hóspedes exclusivo para chefes de Estado estrangeiros em visita a Portugal?
R. Palácio de Queluz (antigo Palácio Real)

P. Onde está situada a residência oficial da Presidência da República no Norte?
R. Paço dos Duques de Bragança (Guimarães)

Como se pode ver estes palácios, para poderem cumprir as funções que possuem actualmente têm de ter uma conservação/manutenção regular. Será que haveria uma alteração assim tão grande em termos de despesa se algum deles fosse hipoteticamente convertido (novamente) em Residência Real?

Quanto aos outros palácios aqui não referidos, qualquer pessoa sabe (ou deveria saber) que uma casa desocupada tende a degradar-se muito mais do que uma habitada. Um palácio, no fim de contas é uma casa. 

Tamanho XL, é certo, mas uma casa na mesma. Desta forma não sei até que ponto não seria mais vantajoso e económico ter uma manutenção constante e regular dos palácios nacionais (que poderiam hipotetica e esporadicamente servir de residência real) do que depois ter que fazer ‘remendos a correr’, gastando rios de dinheiro (com os já famosos deslizes orçamentais) porque uma parede rachou, um estuque caiu, o telhado rebentou (não seria a primeira vez no património nacional), etc, etc, etc.

Desculpem mas essa de gastar mais com os palácios, não pega. O nosso património deve ser preservado, conservado de modo a que se possa usufruir dele. Caso contrário qual é a utilidade? Ruínas não servem de muito! Se for feita a conservação que o nosso antiquíssimo a mui valioso património merece, a sua eventual parcial conversão para residência real não sairia assim tão dispendiosa.

Está-se a falar em conversão de antigos palácios em residências reais, mas embora não seja nada transcendente também não é simples. Fará sentido haver tantas residências reais na zona de Lisboa? A resposta não podia ser mais clara: não. E como a maioria dos antigos palácios reais se encontram em Lisboa, aquando de uma restauração a situação das residências oficiais tenderia a ficar mais ou menos a mesma coisa relativamente ao que se tem actualmente.

Mais uma vez a questão das despesas com as residências oficiais não pega. Lamentamos mas quem usa esta desculpa para dizer mal da monarquia, terá de usar outra.

Há ainda o factor turismo. Existem Palácios Reais, por essa Europa, que abrem aos turistas frequentemente. É certo que muitos dos Palácios Nacionais (de Portugal)  também abrem ao publico mas o que cativará mais um turista? Visitar um palácio frio, desabitado há quase 100 anos ou um Palácio habitado, onde cada passo dado pode ter sido dado no dia anterior por um Rei (ou Rainha)? Qual das duas situações envolverá mais um turista e o fará desejar mais visitar um monumento? Parece um detalhe, uma coisa sem importância mas não é!

Outro ponto interessante para os maledicentes do regime monárquico pode-se resumir ao seguinte ‘pensamento’ que na verdade não é mais que uma patacoada:  ‘Ah e tal mas os reis só sabiam construir Igrejas e Palácios’.

Pois, não sendo mentira também não é inteiramente verdade. Fizeram-se muito mais coisas. Deixem cá ver se me lembro de alguma coisa … AH, e que tal a conquista e alargamento do país? Serve? Não? E se juntarmos a criação da primeira universidade (que por acaso é uma das 10 mais antigas da Europa)? Também não serve? E terem tornado o Português língua oficial? E terem lutado sempre pela independência (conceito que muitos republicanos parecem considerar demodé)? E terem espalhado a cultura e língua portuguesa pelo mundo? Será que isto chega? OU ainda precisam de mais? É que também se arranjam mais! 

Muitas mais em boa verdade.

Mas realmente também se fizeram muitas Igrejas e Palácios. No entanto, e esta é a ironia da situação, o nosso património mais visitado (gerando consequentemente receita) resume-se precisamente a Igrejas e Palácios. Aliás o museu Português mais visitado (pelo conteúdo e pela aura envolvente) não só se encontra num Palácio como foi criado por uma Rainha – Museu dos Coches. Para um País que quer apostar no turismo, é no mínimo estranho que se queiram esquecer estes factos.

E depois podia-se falar de outros antigos palácios reais que maravilham quem os visita: Pena, Sintra, Queluz, Guimarães.

Junte-se aos palácios as Igrejas: Batalha, Jerónimos, Mafra (simultaneamente palácio) e tantas outras Igrejas que embora mais pequenas são autênticos tesouros espalhados pelo país.

E não nos esqueçamos dos Castelos, muralhas e fortificações que talvez algumas mentes mais pobres julguem desperdício de dinheiro, mas que foram de grande importância na época em que foram construídos e ainda hoje se erguem imponentes deixando espantado pela sua beleza e arquitectura quem os visita.

Juntemos ainda os parques e matas centenárias (do tempo da monarquia, claro está) que hoje são conhecidos não só pela sua beleza como pela riqueza em termos de fauna e flora! Ainda hoje, tantos séculos depois, o Pinhal de Leiria lembra o Rei D.Dinis. Ainda hoje o Parque da Pena murmura o nome de D.Fernando, marido de D.Maria II.

Seria impensável esquecer ainda a criação da primeira e portanto mais antiga região Demarcada do Mundo, ainda no tempo de D.José I. A importância desta criação é hoje amplamente conhecida.

Quem desdenha de todo este património, quem o ridiculariza para denegrir a imagem da monarquia e a grandeza dos antigos reis só merece a nossa pena. Pena pela sua ignorância e pequenez.

A monarquia, com os seus defeitos e virtudes, deixou uma obra imensa que nos orgulha e prestigia nacional e internacionalmente. E apesar do que possa parecer essa obra não se resumo a património edificado. Vai além disso passando pelo património cultural, linguístico, paisagístico e até gastronómico. No fundo a obra que a monarquia e os antigos reis nos deixaram perdurou pelos séculos sendo muito aquilo nos define a nós povo português, aquilo que nos torna únicos e especiais entre os demais povos mundiais. Pode haver quem não goste, problema deles, mas o facto é que se hoje somos portugueses, à monarquia e aos antigos reis o devemos. É um facto.

Restam duas últimas perguntas. No ano do centenário da República, que obra relevante resultou desses  100 anos? 

A monarquia já tem provas dadas da sua capacidade empreendedora e do seu sucesso. 

E a República?






 

Fonte: Blogue "Portugal Futuro"

FOTOS DA VIAGEM AO BRASIL DE S.A.R., DOM DUARTE NUNO, DUQUE DE BRAGANÇA, POR OCASIÃO DO SEU CASAMENTO COM S.A.R. DONA MARIA FRANCISCA DE ORLEANS E BRAGANÇA - 1942

(Clique nas imagens para ampliar)
 
S.A.R., O Duque de Bragança e o Presidente da República do Brasil Dr. Getúlio Vargas no Palácio do Catete e com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Embaixador Oswaldo Aranha no Palácio Itamaraty.
 
A Princesa Imperial do Brasil Dona Maria Francisca de Orleans e Bragança naturalizada portuguesa assina o Livro Civil na Embaixada de Portugal no Rio de Janeiro, por ocasião de Seu casamento civil com S.A.R., O Duque de Bragança. O Senhor Duque de Bragança e a Família Imperial do Brasil no Palácio São Clemente no bairro de Botafogo.
 
Na Catedral de Petrópolis por ocasião do casamento religioso, os Príncipes Imperiais, D. Pedro Gastão, D. João Maria, D. Tereza, e a Mãe destes D. Elizabeth de Orleans e Bragança. Destaque para os descendentes do Visconde de Mauá, Arthur e Jorge Franklin Sampaio, D. Zaira Maria José de Santa Victória Cooper e D. Francisca Viana Nedehf Marquesa de Viana. Assistindo também ao casamento, a Primeira Dama D. Darcy Vargas, o Prefeito do Rio de Janeiro Dr. Henrique Dodsworth e Srª., dos embaixadores Nabuco de Araújo e Macedo Soares. 
 
Uma vista geral da Catedral e uma foto do Casal Real no Palácio Grão-Pará com a Família Imperial do Brasil.
 
Uma foto tirada na sede da ABI Associação Brasileira de Imprensa, com seu Presidente Herbert Moses, Conde Ernesto Pereira Carneiro do Jornal do Brasil, o Senador João de Medeiros Calmon representando o Dr. Assis Chateaubriant dos Diários Associados, Jornal do Commercio, Revista Cruzeiro e Radio Tupy. 
 
(Clique na imagem para ampliar)
 
ACERVO - COMENDADOR EDUARDO NEDEHF, MARQUÊS DE VIANA
 

sábado, 30 de outubro de 2010

II CONGRESSO "OS MARES DA LUSOFONIA" - REVISTA DE MARINHA

Nos últimos números da Revista de Marinha anunciávamos para breve, a realização, no âmbito das Jornadas D. Carlos, do II Congresso "Os Mares da Lusofonia". Com efeito, este evento teve lugar em Cascais, e com assinalável sucesso, nos passados dias 21 e 22 de Outubro de 2010. As Jornadas tiveram a presença de numerosa assistência, ilustres representantes da sociedade civil e congregaram muitos lusófonos ligados ao Mar, focando em particular a extensão da plataforma continental, tema relevante e de interesse imediato para todos os países que se expressam na língua de Camões. O tema foi desenvolvido ao longo de cinco painéis, a saber: I - "A Extensão da Plataforma Continental nos países Lusófonos"; II - "Implicações Políticas e de Segurança"; III - "Aspectos Jurídicos"; IV - "Ambiente, Ciência e Tecnologia" e V - "O Valor Económico do Fundo do Mar". A Conferência de Abertura esteve a cargo do Alm. Nuno Vieira Matias e versou o tema "A Geopolítica do Atlântico Sul", enquanto que a Conferência de Encerramento, da responsabilidade do Prof. Dr. Rui Lopes Ramos, abordou a temática "D. Carlos, o Mar e a Lusofonia". Foram moderadores dos vários painéis, respectivamente, o Prof. Engº Fernando Carvalho Rodrigues ( I ), o Prof. Dr. Armando Marques Guedes ( II ), o Prof. Dr. Manuel Almeida Ribeiro ( III ), o Alm. Francisco Vidal Abreu ( IV ) e o Dr. José Poças Esteves ( V ). Estiveram presentes um total de 20 oradores, alguns deles vindos dos diversos países lusófonos, que abordaram matérias de muito interesse. No final do Congresso, o Almirante Castanho Paes apresentou uma bem elaborada síntese dos trabalhos e respectivas conclusões, texto que muito em breve esperamos poder também publicar neste site. No Jantar de Encerramento, realizado na Messe de Marinha de Cascais, o Prof. Dr. Braga da Cruz, Reitor da Universidade Católica, proferiu um inspirado discurso, recordando a beleza da Baía de Cascais de que Dom Carlos tanto gostava e enalteceu a importância do Mar que permitiu aos portugueses conhecer, amar e levar a língua que hoje a todos nos une, a tantos povos espalhados por África, Brasil, Índia e Timor, hoje e sempre ligados pela solidariedade Lusófona, o que muito sensibilizou todos os presentes. O Congresso realizou-se no edifício do Centro Cultural, perto da Cidadela e do Museu do Mar, na zona histórica de Cascais, vila onde Dom Carlos residia no período de Verão e que, como é sabido, lhe era tão querida. Organizado pela Fundação Dom Manuel II, o encontro teve o apoio da Câmara Municipal de Cascais, da Agência Cascais Atlântico e da Comunidade dos Países de Lingua Portuguesa (CPLP), e o patrocínio do Senhor Dom Duarte de Bragança. O Congresso foi financiado pela sociedade civil através de apoios, donativos ou fornecimento de serviços pro bono, de firmas, empresas ou personalidades, registando-se, pese embora a crise económica, um muito significativo número de adesões. O Congresso teve o suporte de uma "Comissão de Honra", constituída por personalidades marcantes dos diversos países lusófonos, presidida pelo Prof. Dr. Adriano Moreira, contando ainda com uma "Comissão Científica", dirigida pelo Prof. Dr. Braga da Cruz. A organização foi da responsabilidade de uma Comissão Organizadora ad-hoc, presidida pelo Senhor D. Nuno van Uden, e teve o apoio logístico da Agência Cascais-Atlântico. O Congresso dispõe de uma página na Internet, www.maresdalusofonia.net, onde se divulgam notícias e fotografias de interesse relativas à sua realização, bem como os textos das intervenções nele produzidas. Quando da conclusão dos trabalhos deste Congresso, registaram-se interessantes e oportunas intervenções do Dr. Carlos Carreiras, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Cascais e Presidente da Agência Cascais-Atlântico, do Engº Domingos Simões Pereira, Secretário-Geral da CPLP e do Senhor D. Duarte de Bragança, Presidente da Fundação Dom Manuel II. O Senhor Dom Duarte de Bragança assinalou o interesse em dar continuidade a eventos desta natureza, no âmbito das Jornadas Dom Carlos, homenageando assim, simultaneamente, o primeiro oceanógrafo português, o Rei Dom Carlos I, anunciando para muito breve a criação do "Instituto dos Mares da Lusofonia", entidade que trará um maior suporte e enquadramento a estas actividades. Estas Jornadas deverão realizar-se, desejavelmente, em rotação pelos diversos países lusófonos, havendo boas perspectivas de que o próximo Congresso se realize no Rio de Janeiro. À semelhança do que aconteceu já com o "I Congresso Os Mares da Lusofonia", realizado em fins de Setembro de 2008, no auditório da Gare Marítima de Alcântara, a Revista de Marinha apoiou sem reservas a realização deste evento e disponibiliza-se desde já para manter os seus leitores a par das iniciativas do futuro Instituto, a que auguramos os maiores êxitos. O reforço da solidariedade lusófona, ao nível da sociedade civil, é algo que nos parece extremamente importante e meritório e que muito gostaríamos de apoiar com a nossa modesta contribuição, a partir destas páginas.
Alexandre Fonseca, VAlmirante, Director da Revista de Marinha

Revista de Marinha - 25-10-2010

AINDA SOBRE JOSÉ LUÍS NUNES

Eis a que terá sido, possivelmente, a sua última entrevista. Ao Monarquia do Norte, da Real Associação do Porto (Março/1998):

1 - Monarquia e socialismo democrático: é verdade que entre ambos não existe entendimento possivel?
R. - Os países onde os partidos social-democratas são os que têm mais profunda base eleitoral são os países monárquicos.
A questão não teria sentido posta a um norueguês, sueco ou dinamarquês.
Assim como não teria sentido posta a um inglês - Tony Blair é um monárquico - ou a um holandês. Ou a um belga... ou, ainda, a um luxemburguês ou a um espanhol. Quando Santiago Carrillo agradece ao seu Rei...
Na Europa, social-democracia e monarquia entendem-se bem... Muito bem até...
De resto, o Rei não descrimina os cidadãos por nenhuns motivos, principalmente por razões ideológicas...
Em Portugal, nos seus primórdios o Partido Socialista manteve-se alheio ao debate monarquia/república, que não considerava prioritário ou essencial.
2 - A Família Real é, no presente, uma mera referência do passado?
R. - Na vossa questão o essencial é a expressão "referência".
Diria ser a família real uma referência no passado, no presente e no futuro. Como poderá tal referência adquirir relevância no plano institucional é uma outra questão.
3 - Monarquia em Portugal: a questão está definitivamente encerrada?
R. Não existem "conquistas irreversíveis, nem questões "definitivamente" encerradas.
A História faz-se todos os dias e não tem fim, pois não é uma entidade fixa, cindível em compartimentos ou momentos estanques, mas uma convergência de integrantes transformadoras.
Só o futuro dirá como vai ser o futuro...
Uma vez mais, a homenagem de um homem de Direita, livre, a outro homem de Esquerda, livre também.


S.A.R. O SENHOR DOM DUARTE PRESENTE NA APRESENTAÇÃO DO MAIS RECENTE LIVRO DE JAIME NOGUEIRA PINTO

O Salão Nobre da Câmara Municipal de Lisboa foi pequeno para acolher os muitos convidados que fizeram questão de ir conhecer o mais recente livro de Jaime Nogueira Pinto. Em «Nobre Povo - Os Anos da República», o professor universitário relata a história, sob o seu ponto de vista, dos acontecimentos da 1ª República. A apresentação do livro ficou a cargo de José Pacheco Pereira.

Fonte: Lux

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O CAVALO LUSITANO: INCOMPARÁVEL!

EXPOSIÇÃO: "O FUMO NA REALEZA PORTUGUESA", NO PAÇO D'AJUDA

A exposição integra-se na mostra “Dom Luís e o Fumo - Um prazer aristocrático”, que é inaugurada no dia do aniversário de S.M. Rainha Dona Maria Pia. “A exposição deste ano é constituída por caixas de charuto pintadas por Luiz Leite, e haverá uma vitrina com vários objectos e uma caixa com charutos de Dom Luís”, disse à Lusa fonte do museu. “Sabemos que Dom Luís era aficionado do charuto, que a Rainha Dona Maria Pia também fumava e que Dom Carlos, tal como o pai, fumou toda a vida, o que está bem documentado pelos objetos, fotografias e notícias da época”, explicou a mesma fonte. Referindo-se à exposição, a mesma fonte referiu: “Com Luiz Leite aflora-se um tema que não se inscreve nas artes decorativas. Está antes ligado às pessoas reais e à sua época. Porém, o pintor não glosa o fumo, mas simplesmente o seu invólucro: a caixa”, acrescentou. As caixas de charutos e o papel de cerejeira são o suporte para a pintura livre de Luiz Leite, médico dermatologista de profissão. Trata-se de “mais um olhar contemporâneo sobre o Palácio Nacional da Ajuda, que questiona o passado, recriando-o”, referiu a mesma fonte. A mostra, que estará patente até 16 de Novembro, insere-se no ciclo “Um olhar sobre o palácio…” que anualmente é organizado por ocasião do aniversário da Dona Maria Pia, a quem se deve a decoração da residência régia. “O nome da Rainha de origem italiana é indissociável do palácio, a ela se deve não só toda a actual decoração, como a riqueza das colecções de arte”, salientou a mesma fonte.

O Palácio da Ajuda foi pioneiro nestas exposição que fazem um desafio aos artsitas plásticos a olharem para o Palácio e as suas colecções e fazerem uma interpretação. A escolha recaiu sobre um tema - o fumo - que não era tão "reprovável" como hoje, pela sociedade. O tabaco quando chegou á Europa, foram-lhe apontadas capacidades terapêuticas. Uma iniciativa de Isabel Silveira Godinho, a directora do Palácio que genialmente tem conseguido dinamizar o agora museu do que outrora foi residência régia. S.M. D.ª Maria Pia aqui viveu até à partida para o exílio em Turim, o berço dos Sabóia.

ÚLTIMA DESCOBERTA...!

Mapa mais antigo que se conhece de Portugal

O grande problema é mesmo convencerem-nos que não somos europeus; ou que, Portugal, começou em 1 de Janeiro de 1986. Antes de haver alguma CEE/UE já havia Europa há vários milhares de anos; antes de Portugal aderir a esta organização, já existia há séculos. Mais: pode mesmo dizer-se que quem «inventou» a Europa, foram aqueles intrépidos marinheiros Portugueses que no século XV, viraram as costas ao seu pedaço de Terra no continente europeu, para desbravar os Oceanos e fazer a Europa. A nossa tragédia histórica é, no último século pelo menos, compararmo-nos a quem não devemos: hoje a Venezuela de Chávez; ontem, a França da III.ª república; a Itália de Mussolini; a Jugoslávia de Tito; a União Soviética de Brezniev; a CEE de Delors, etc., etc. Algum dia, voltaremos a ser nós outra vez. E nesse dia, sob Portugal, estará a coroa da Europa, como acontecia em vários mapas alemães, dos séculos XVI e XVII. No dia em que os Portugueses decidirem «descobrir» Portugal!
Fonte: PeAn

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

DOM AFONSO VEM A LISBOA MATAR SAUDADES DA FAMÍLIA

(Clique na imagem para ampliar)
Revista "Flash" de 25 Outubro de 2010

"É IMPORTANTE A ILUMINAÇÃO MAS COM LIMITES"

Por que motivo aderiu ao grupo do Facebook Srs. Presidentes de Câmaras - Este Ano não Queremos Luzes de Natal ?
Em primeiro lugar, não fui eu que aderi a esse grupo. Quem aderiu foi o gestor da minha página do Facebook - ou seja, a pessoa que a criou com minha autorização. Porém, não escondo que não concordo com alguns gastos exagerados com a iluminação.
 
Quando refere que existem gastos exagerados refere-se apenas à quadra natalícia?
Não. Os gastos de que falo e que mais me preocupam são aqueles que duram todo o ano e que são dispensáveis. No caso concreto do Natal até acho que é importante alguma iluminação, mas tudo com limites. Devem ser escolhidos locais de interesse público e iluminá-los, lembro-me agora da maravilha que é ver a Basílica da Estrela iluminada.
 
Que limites?
Os limites de que falo são, por exemplo, o estabelecimento de horas para apagar as luzes, ou seja, deveria ser determinado que as luzes se desligassem a partir da meia-noite ou da 01.00.
 
Como vê a redução dos gastos da autarquia de Lisboa? É um sinal positivo?
Sim, não deixa de ser positivo que se gaste menos dinheiro, mas também não podemos esquecer que isso acontece dada a difícil situação em que se encontra a Câmara Municipal de Lisboa. Em minha opinião, nas grandes cidades as autarquias deviam apenas financiar as iluminações básicas, a maioria deveria ser feita pelas associações de comerciantes.
 
Fonte: Diário de Notícias - 27-10-2010

RAINHAS PORTUGUESAS: AIDA SOUSA DIAS EXPÕE NO HOTEL INFANTE DE SAGRES, NO PORTO

 
[ Rainhas Portuguesas, serve de tema na exposição de Aida Sousa Dias, patente até Novembro no Hotel Infante Sagres, no Porto. Em cortesia com o grupo Pensar Real~Pensar Portugal, a artista revelou-nos que: "A exposição de esculturas, baseia-se numa imaginada figuração de algumas "Mulheres-Rainhas" que me marcaram ao longo da vida, e marcaram a nossa História de Portugal. Escolhi umas pela sua importância mística, outras pelo papel importante que tiveram como Rainhas reinando sós, outras porque ao lado dos seus maridos - reis impuseram valores e comportamentos que as dignificaram. Estes trabalhos agora patentes na exposição, são o ínicio de um conjunto de obras que irão sendo executadas ao longo do próximo ano. O material escolhido para a realização das esculturas, é a pedra mármore da região do Alentejo, sendo que se podem observar outras pedras da zona de Sintra de várias tonalidades". By (FQ) Pensar Real~Pensar Portugal, no Porto]
AIDA SOUSA DIAS: Nasceu em Lisboa. Licenciada em Escultura pela Faculdade de Belas- Artes –Universidade de Lisboa. Mestre em Ciências e Teorias da Arte, defendeu na mesma Faculdade a tese intitulada: “A Figura da Mulher na Escultura dos Anos Cinquenta em Portugal”. Trabalhou na investigação da Cerâmica Portuguesa de 1976 a 1987, ano em que publicou o livro “A Cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro” ( Lello & Irmão Editores ), reeditado em Dezembro de 2009. A partir de 1984, a par da investigação, inicia a actividade de direcção e organização de exposições na Galeria da Junta de Turismo da Costa do Estoril, e no ano seguinte na Galeria Albatroz em Cascais onde dirigiu orientou e programou exposições até 1993. Foi júri de selecção e atribuição de prémios em várias exposições de Arte, e outros concursos nacionais e internacionais, organizados por Câmaras Municipais e entidades particulares. Realizou até data cerca de 40 exposições individuais e participou em inúmeras colectivas em Portugal e no estrangeiro. É autora de vários textos e prefácios em catálogos de Arte. Paralelamente a estas actividades é professora efectiva no Ensino Secundário e Professora Formadora (na área de Expressões no domínio das Didácticas Específicas ) da Formação Científica de Professores (FOCO). É membro efectivo do Conselho Consultivo da Fundação Marquês de Pombal. Como artista plástica está representada em diversas colecções oficiais e particulares em Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra e França. Recebeu a Medalha de Mérito (Grau Prata) da Câmara Municipal de Oeiras em 7/6/1995. Recebeu alguns prémios em concursos entre eles: o Prémio de Escultura da Central de Cervejas em 1981 e foi eleita pela Revista “Marie Claire” uma das Mulheres do Ano de 1988.]
 
SITE OFICIAL:


CONCLUSÕES DO XXIII CONGRESSO NACIONAL DO PARTIDO POPULAR MONÁRQUICO

O XXIII Congresso Nacional do PPM decorreu este fim-de-semana (23 e 24 de Outubro) no Hotel Ritz em Lisboa. De forma, necessariamente sintética destacamos:

O Partido procedeu a uma profunda alteração estatutária, de entre as alterações efectuadas destacamos: a limitação dos mandatos do Presidente da Comissão Política Nacional (que passa a poder realizar apenas 3 mandatos sucessivos); a descentralização estatutária dos locais de reunião dos órgãos do Partido que passam a realizar-se obrigatoriamente em diversos locais do país; a criação de órgãos de organização local do Partido à escala territorial dos concelhos; a criação de um senado do Partido que agrega os Fundadores e ex-presidentes dos órgãos nacionais do Partido, no sentido de garantir a ligação do Partido com a sua História e fundamentos programáticos. Todas as propostas de alteração aos Estatutos foram aprovadas por unanimidade, algo sem precedentes na história do Partido. 

De destacar também a eleição dos novos órgãos do Partido num clima de grande consensualidade e de união interna. Nesse sentido, foram apresentadas listas de consenso para todos os órgãos do Partido. Algo também sem precedentes na história recente do Partido. Paulo Estêvão, líder parlamentar do Partido nos Açores foi eleito Presidente da Comissão Política Nacional com 99% dos votos.

Foram também aprovadas um conjunto de moções que defendem a integração do Partido numa futura coligação no espaço político-partidário ocupado pela antiga Aliança Democrática (AD). Nesse sentido os órgãos do Partido tudo farão para despoletar a criação duma aliança política pré-eleitoral entre o PSD, o CDS e o PPM.

Do ponto de vista especificamente programático, o PPM centrou o seu discurso na recuperação do sector agrícola, na continuação da defesa do discurso ecológico cuja paternidade em Portugal lhe pertence, na priorização da construção de uma grande estratégia nacional para a exploração do 10ª maior Mar Territorial do mundo, no regresso de critérios de grande exigência e qualidade ao sistema educativo, na manutenção de um grande esforço de carácter orçamental para auxiliar os mais desfavorecidos (política social) e na defesa deste tipo de princípios programáticos nas restantes áreas de actividade aqui não referenciadas.

No que diz respeito à actualidade política, o PPM solicita a todos os agentes político presentes na Assembleia da República que ajam com moderação e sentido de Estado. Não temos nenhuma dúvida que este Primeiro-Ministro não tem soluções para o país e que deve ser rapidamente substituído, mas isso não pode significar lançar o país numa grave crise orçamental que dirija o país para o abismo. Relativamente à Revisão Constitucional, o PPM defende a alteração da Constituição no sentido de possibilitar aos portugueses a opção de escolha do regime em referendo (Monarquia ou República). No que se refere à questão do reforço das competências das autonomias regionais, o PPM – que tem assento no Parlamento Açoriano – defende um amplo conjunto de alterações constitucionais. Entre outras coisas refere-se, a extinção do Representante da República, o aumento das competências do Parlamento Açoriano e a blindagem constitucional da Lei das Finanças Regionais.


ÓRGÃOS ELEITOS


PRESIDENTE HONORÁRIO
JOSÉ JORGE MONIZ CORTE-REAL DA ASSUNÇÃO ANDRADE

MESA DO CONGRESSO
PRESIDENTE – PAULO CORTE-REAL CORREIA ALVES
VICE-PRESIDENTE – ADRIÃO SARAIVA GONÇALVES
SECRETÁRIA – MARIA ALEXANDRA SILVANO PATO


CONSELHO NACIONAL
BELBINA LAUREANA FERREIRA EURICO MATIAS
MARIA ORLANDA FERREIRA EURICO MATIAS
LUÍS MARIA BARREIROS
JOSÉ CARLOS SÁ MENESES
PEDRO PAULINO NORONHA
ANTÓNIO MANUEL CABRAL OLIVEIRA
ALCIDES BRANCO MENDES ANDRADE
SANDRA TORRALVO MENDONÇA
ANA DE JESUS MARIA PEREIRA
GABRIEL JORGE PATO
FLORBELA PINHEIRO TORRALVO
FLORA TORRALVO DA SILVA MENDONÇA
ANA MARIA FARIA REIS CARVALHO
AUREA DE FÁTIMA GOMES DA ROCHA
PEDRO TOMÉ ALEIXO
ANA ISABEL SILVANO PATO
AMARO JORGE BORDA D’ÁGUA
FÁBIO REIS FERNANDES
TERESA MARIA BARBOSA DORDIO
JOSÉ MANUEL SANTIAGO

COMISSÃO POLÍTICA NACIONAL

PRESIDENTE: PAULO JORGE ABRAÇOS ESTÊVÃO
1º VICE-PRESIDENTE: GONÇALO MARIA PACHECO DA CÂMARA PEREIRA
2º VICE- PRESIDENTE: MANUEL MARIA BENINGER SIMÕES CORREIA
3º VICE-PRESIDENTE: ARMANDO CARLOS FERREIRA
SECRETÁRIO-GERAL: VALDEMAR PEDRO ALMEIDA
VOGAIS: FREDERICO DUARTE CAVACAS TEIXEIRA DE CARVALHO
                VANDA CRISTINA DA CRUZ RAIMUNDO
                JORGE HENRIQUE DE ALEGRIA CIRNE
                ALINE GALLASCH- HALL
                PEDRO MORAIS MESQUITA BORGES DE MACEDO
                SÍLVIA MARIA RODRIGUES DE OLIVEIRA
                GIL FRANCISCO CAVALEIRO PINTO
                JOÃO PEDRO FONSECA PINTO
                MANUEL MARIA CÂMARA MELLO VAZ DE SAMPAYO
                MARIA DO CARMO CABRAL DA CAMARA PEREIRA MUNOZ

CONSELHO DE JURISDIÇÃO NACIONAL

PRESIDENTE: MANUEL HUMBERTO S. JOÃO
SECRETÁRIA: DEOLINDA ROSA MACHADO VIEIRA ESTÊVÃO
SECRETÁRIO: JOÃO MANUEL ALFERES DAS PEDRAS

SENADO
PRESIDENTE: MIGUEL PIGNATELLI DE ATAIDE QUEIROZ


(Fonte: Sítio oficial do Partido Popular Monárquico)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

DISCURSO DE ENCERRAMENTO DE S.A.R., DOM DUARTE, NO II CONGRESSO "OS MARES DA LUSOFONIA" - 22 DE OUTUBRO DE 2010

Cascais, 22 de Outubro de 2010

Deste belo local que, em boa hora, a Câmara Municipal de Cascais ofereceu para a realização do II Congresso dos Mares da Lusofonia, podemos olhar para o Mar que criou o Mundo Lusófono do qual, felizmente, fazemos parte.

Mar que nos corre nas veias e cujas correntes nos impelem para desígnios de importância vital para o desenvolvimento e bem-estar de cada um e de todos, seja na vertente económica, social ou cultural.

O tema central escolhido para este ano: “A extensão da Plataforma Continental nos Países Lusófonos” - como se pode confirmar pela importância e profundidade das intervenções aqui registadas - é assunto do maior interesse para todos os Estados da CPLP face às novas e abundantes oportunidades que se abrirão. Queira Deus que as saibamos aproveitar...

O exemplo desta iniciativa da sociedade civil, num alargado espaço de debate politicamente descomprometido, com o objectivo de reunir pessoas interessadas e qualificadas em assuntos do Mar tendo como denominador comum falarem a mesma língua, crescerem do mesmo tronco e comungarem das mesmas convicções e preocupações, reúne condições únicas para construir algo de importante e consequente para o nosso futuro colectivo.

Neste aspecto, será importante relembrar o esforço desenvolvido pela CPLP para dar corpo às grandes linhas e orientações que tem vindo a apresentar, entre as quais destacamos pela natureza do tema a sua “Estratégia para os Oceanos” - que no seu conjunto perfazem mais de 7,5 milhões de Km2 – esforço esse, ao qual a Fundação D. Manuel II tem tentado corresponder, entre outras iniciativas, com a organização destes Congressos, no âmbito das Jornadas Rei D. Carlos.

Pela segunda vez, em dois anos, o Congresso dos Mares da Lusofonia realizou-se em Portugal, contando este ano, para além da Câmara Municipal de Cascais e da CPLP, com o apoio da Agência Cascais Atlântico e de um grande número de patrocinadores. A todos muito agradeço.

Os meus agradecimentos dirigem-se, também, àqueles que contribuíram para o sucesso desta acção, desde as várias Comissões envolvidas – a de Honra, a Científica e a Organizadora, aqui com uma referência especial ao seu Presidente Senhor D. Nuno van Uden e ao seu Coordenador Senhor Vice-Almirante Henrique Fonseca – e, naturalmente, a todos os oradores, conferencistas e moderadores cujas intervenções pela sua qualidade e interesse não podem nem devem ficar confinadas a este espaço.

Neste sentido, proponho que, à semelhança do sucedido em 2008, seja elaborada uma publicação idêntica à que ontem aqui foi apresentada, contendo todas as intervenções e conclusões deste II Congresso acrescida de objectivos para realizações concretas, cuja avaliação deverá ser feita no próximo Congresso em 2012, a realizar num outro País Lusófono, cujo local, em breve, gostaria que fosse anunciado.

Para concluir, tenho a grata satisfação de anunciar para muito breve o início de actividade do Instituto dos Mares da Lusofonia, cuja criação já havia proposto há dois anos, e que, em colaboração com a CPLP, terá como objectivo dinamizar e promover a discussão e realização de trabalhos relacionados com o Mar nos espaços sob soberania e jurisdição dos Países Lusófonos; estimular o intercâmbio na investigação marítima; contribuir para a criação e o desenvolvimento de iniciativas e projectos conjuntos entre os seus membros bem como envolver academias e universidades, nacionais e internacionais, para programas de licenciaturas e mestrados ligadas às ciências do Mar para jovens lusófonos.

A adesão a este projecto que tem recolhido grande entusiasmo da parte de tantos interessados sobre assuntos do Mar, oriundos de todos países de expressão portuguesa, deixam-me profundamente convicto do seu êxito e da importância de se trabalhar em conjunto.

Na verdade não nos poderemos nunca esquecer que o Mar foi, é e será o nosso Destino!

Muito obrigado a todos.

Dom Duarte de Bragança

TUDO BEM

No fundo esta república nunca foi dirigida por pessoas sérias mas por evangelistas da boa vida. Uns escroques com outros escroques que sabiam ler fizeram uma revolução em 1910. À lei da bala. Seguiu-se o caos até 1926. À lei da bala. Segui-se uma ditadura. À lei da bala e da refrega. Seguiu-se uma "revolução" em 1974. Os escroques voltaram e com eles muitos oportunistas que sabiam ler. Escreveram uma constituição surrealista e montaram uma feira de vaidades. O país foi vendo, fica a ver. Porquê? Porque emprenhamos em demasia pelos ouvidos. Temos um estômago manso e ávido das promessas não cumpridas, todas elas floreadas pelas armas apontadas à nossa consciência. Que República exemplar. Os evangelistas dos cravos ainda foram mais longe que a demagogia dos terroristas da I República, trocaram as emboscadas e as armas pelo gatilho das palavras: – ... viva a liberdade que vos "damos", ide curtir, está tudo bem, olhai para a frente, cuidado com o passado, quais valores? isso é reacção... Há!... não se esqueçam de nos dar o vosso voto, sejam democratas em nome da Liberdade que conquistamos para vós, deêm-nos "meios", "nós" não somos como os demais. Sejam iguais, lindos, ricos, famosos em todas as áreas e mais algumas, não se preocupem com pátrias, a moeda única de duas caras há-de dar-nos o conforto do socialismo rosa-laranja, bronzeiem-se, povão, que alguém há-de pagar caro a vida que "nós" proclamamos e que vocês, de certo modo, merecem...

João Amorim

Fonte: Os Carvalhos do Paraíso

POR UM ENSINO PRIVADO

E se possível, religioso. Claro. À semelhança de anos anteriores, são os estabelecimentos de ensino privado e de matriz religiosa que lideram, mais uma vez, o ranking nacional de escolas secundárias. Havia defendido esta tese, há dias, no Facebook, quando fui alvo de forte e indignado apedrejamento. Ora, o resultado está aí. O que nós queremos, afinal, todos, é um bom ensino para os nossos alunos. Mas, não sendo culpa minha, garanto, no ranking das 25 primeiras escolas ordenadas por classificação de exame, o Estado põe lá uma…

Muitos colocam a questão do orçamento e da capacidade financeira para acorrer a este ensino privado. Correcto. São caros. Correcto. Todavia, não é a capacidade financeira dos encarregados de educação que reside na justificação deste brilhante sucesso, mas sim, e em suma, outro factor decisivo: a exigência. E isto o Estado não tem que pagar. Tem que exercer. Mas é também isto que o Estado não percebe. O Estado prefere comungar desta nova corrente de pseudo-psicologia contemporânea (vulgo Laxismo) em que aos alunos tudo deve assistir, sendo estes totalmente desprovidos de obrigações e deveres. E no mesmo primado, ao professor não resta senão servir o aluno em tudo o que ele precisar, sem autoridade, sem palavra, sem nada. E isto porque não se pode ofender nem ferir a auto-estima do aluno. O resultado está aqui.

A minha vontade é convidar o Estado a demitir-se do ensino, ou então, se quer ficar, e para apresentar resultados, não resta senão, implementar: primeiro, a autoridade disciplinar do professor sobre o aluno; segundo, a autoridade cívica e académica do professor sobre o aluno; terceiro, um ensino de trabalho, de empenho e, sobretudo, de exigência; por último, cultivando uma relação próxima e tão personalizada quanto possível entre o professor e o aluno.

Importaria aqui evidenciar o desprezo da república pelo ensino no interior de Portugal, e na necessidade de regressarmos ao ensino técnico-profissional, mas eis aqui, sucinta, a minha fórmula, aquela em que acredito seja a chave para o sucesso, mas a fórmula que eu acredito que, o Estado, ou não quer perceber, ou não quer implementar. E se não quer implementar, então que deixe de ensinar e se limite a regular o ano lectivo.


terça-feira, 26 de outubro de 2010

DOM LUIZ FILIPE, CAVALEIRO TAUROMÁQUICO


Fonte: À Antiga Portuguesa

QUERES SER CHEFE DE ESTADO?

Winston Leonard Spencer-Churchill
Como apenas posso responder por mim, respondo não…eu não quero ser chefe de Estado!

E porque não quero?! Porque não almejo esse “posto”, porque entendo que existe alguém suficientemente representativo para esse efeito.

Sou mais ou menos partidário da máxima: “não há impossíveis”. Com trabalho, com empreendedorismo e com uma séria assunção de responsabilidades, todas as funções, actividades, compromissos, etc, são, com maior ou menor dificuldade, possíveis de alcançar…a todos. A chefia de Estado não! Não cabe nesse conjunto. É algo à parte, único.

Quase me atrevia a dizer que é algo que a própria natureza já assimilou, mas que alguns de nós ainda não. Com as óbvias ressalvas, alguém ocupa o posto da rainha na colmeia ou no formigueiro? Obvio que não! Nestes sistemas altamente organizacionais, conforme testemunham biólogos e sociólogos, aqueles seres sabem que, para haver harmonia no grupo, o seu representante não deve emergir dos comuns. Mas serão aqueles “soberanos” privilegiados? Bem sabemos que não, antes pelo contrário. São os maiores sacrificados. Ora, se muitos não vêem nestes moldes a chefia de Estado exercida por um Rei, i.e., de total entrega ao grupo, eu digo-vos que é estruturalmente como naqueles micro sistemas que vejo o (meu) modelo de chefia de Estado.

Considero a chefia de Estado um cargo constitucional mas não político. Não político no sentido estrito do termo, mormente não partidário. Mas, infeliz e indisfarçavelmente, é o que mais vemos hoje em Portugal. Cingindo-nos à Europa, os seus países mais desenvolvidos, as Monarquias Constitucionais, são lugares que são ocupados com uma delicadeza institucional por demais longe do alcance do cidadão comum que, por maior que seja o seu esforço, nunca conseguiria exercê-lo de forma abonatória. Este é o mal das repúblicas. São sintomáticos os casos mais fraternamente feridos de alguns países, como a Espanha, a Bélgica e a Inglaterra, cujos levantamentos terroristas ou apenas opositores contra o todo uno só são passíveis de contenção pela existência de um Rei neutro e universalmente representativo. Em outras monarquias, onde tal cenário, felizmente, já não se coloca…o progresso é deveras maior. Casos da Noruega, Suécia, Holanda, Dinamarca, etc. Porque fomos, então, para este modelo que não funciona em Portugal, em face dos seus costumes e tradições histórico-constitucionais? Porque sendo um rectângulo, insistimos, à força, como uma criança ainda desprovida de discernimento, encaixar a peça triangular onde ela não encaixa?

De facto, o lugar de chefe de Estado não pode ser um posto. Não pode ser o lugar primeiro do pódio onde alguns querem chegar, pela simples razão de terem desfrutado de determinados protagonismos públicos, alcançados, na maior parte das vezes, em carreiras políticas medianas ou até medíocres. Por exemplo: conhecem algum empresário de sucesso (e apenas isso) que tenha chegado a presidente da república portuguesa? Eu não, nem se deixem enganar porque nunca haverá!

Desde de 1910 que se cria a ideia de que qualquer um pode chegar ao “topo da pirâmide”. Nada mais erróneo e enganador para todos nós!

A mais alta magistratura é um estado de chefia da mais absoluta sensibilidade institucional, cultural, regional, etc. Como se consegue? Com neutralidade, total preparação, paixão e conhecimento deste rectângulo plantado em mar Atlântico, das suas gentes, dos seus costumes, das suas tradições. É um exercício que não se disfarça. É com trabalho de preparação que se consegue. Cultura de um, espelho de muitos e vice-versa. Comunhão de um com o todo, alcançada sem a “ferida” e o “separatismo” que os votos “policromáticos” produzem. Trabalho de uma vida dedicada, apenas, aos outros concidadãos.

Como devem perceber, este lugar representativo só pode ser exercido por um Rei, implantado numa ‘república’ governamental.

Há que operar uma fácil destrinça: chefia de Estado por um lado e governação por outro.
No primeiro caso, a hereditariedade decidida pelo Parlamento assegura-nos a preparação, a unidade (ora perdida) e, sobretudo, a neutralidade institucional fundamental ao progresso português. A Monarquia resolve os problemas de Portugal? Sim, resolve…mas não a curto ou a médio prazo. Primeiro temos de ganhar ao tempo perdido nestas repúblicas “aneutras” e recuperar, passo a passo, o mais importante: a consciência colectiva portuguesa, o todo pensante num sentido promotor e empreendedor. Só a neutralidade vinda do topo o proporciona. Esta é a chave dos países mais modernos da Europa.
No segundo caso, o Governo, o motor de decisão de um País, esse sim deve ser almejado por qualquer um com: honestidade, sentido de missão, capacidade, e olhos postos na realização do bem comum. Há que acabar com esta ambiência poluída de uma certa classe política maioritária, com um sentido carreirista, que vê o cargo de primeiro-ministro como a antecâmara da presidência da república, da mesma forma como o chefe de divisão que quer chegar a director de serviços e este, quem sabe, a Director Geral e por aí fora.

Não meus amigos, este não é o caminho e muito menos o modelo que os países desenvolvidos adoptaram!

Se é protagonismo que alguns querem, relembro a esses que muitos Reis de Inglaterra foram esquecidos, mas muitos se lembrarão de Winston Leonard Spencer-Churchill e Margaret Hilda Thatcher. Não haviam primeiros-ministros mais monárquicos e leais aos seus Reis. Por outro lado pergunto: alguém conhece o chefe de Estado da Itália? No caso deste aludido país, quer pelas razões passadas, quer pelas agora presentes, devemos convir que bem precisava de um Rei…mais que qualquer outro (ainda mais que Portugal, se me permitem dizer)! O chefe de Estado de Espanha, da Inglaterra, e de muitos outros Reis pelo mundo inteiro (asiático, árabe ou outro), esses todos, nós bem conhecemos e nos inspiram…!

PPA

Fonte: Incúria da Loja