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Apesar de, em todo o País, haver mais de dez mil filiados no movimento, "é impossível saber ao certo quantos portugueses são monárquicos porque nunca houve um referendo e a Constituição não permite sequer essa hipótese", afirma o chef Hélio Loureiro. E, no entanto, quando se começa a falar com pessoas ligadas ao meio monárquico, os nomes surgem em catadupa. Gente de direita e de esquerda, de todos os partidos, de todas as idades. Artistas, intelectuais, desconhecidos.
"Temos uma república que não é completa, onde o povo é tratado como ignorante. A nossa democracia limita muito o direito de escolha ao não permitir que se pronunciem sobre o tipo de chefia de Estado que querem", afirmou recentemente D. Duarte Pio de Bragança, o chefe da Casa Real portuguesa. Filho de D. Duarte Nuno de Bragança e de D. Maria Francisca de Orléans e Bragança, nascido em 1945 em Berna, D. Duarte veio com a família para Portugal nos anos 50, licenciou-se em Agronomia e teve sempre uma intervenção pública discreta, com excepção para a defesa de Timor, de que foi um dos principais impulsionadores. Casou-se em 1995 com Isabel de Herédia, passando a ter, desde então, um maior reconhecimento público. Os que o conhecem elogiam-lhe o humanismo, a cultura e a devoção ao País.
E se houvesse um referendo? "Teria de haver um grande período de informação. Quando ouvem os nossos motivos, as pessoas percebem que temos razão", acredita David Garcia, monárquico habituado a participar em várias acções de rua e a ouvir as dúvidas da população. Mas seria possível instaurar a monarquia? Claro que sim, diz Mariana Filippe, que integra a direcção da Real Associação de Lisboa. "Ser monárquico é ter uma atitude de esperança."
Fonte: DN
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