Aos portugueses é imposto um caminho de sacrifícios, que lhes sãoexigidos sem uma justificação fundamentada, sem uma clarificação dosresultados e dos objectivos.
Paraquê? Esta a questão que se generaliza e revolta. Logo surge a respostafácil e concreta… manter um Estado com uma obesidade extrema einsustentável, pleno de privilégios atribuídos às militânciaspartidárias, sem a capacidade, sequer preocupação, de demonstrar a suautilidade e interesse de bem servir.
Sufoca-se a sociedade comimpostos, que afectam direitos e rendimentos das famílias, que trava odesenvolvimento económico e simultaneamente perante a desmotivação,descontentamento, indignação e revolta, fazem-se apelos de mobilizaçãonacionais.
A incongruência ultrapassa o limite do razoável edemonstra à evidência o desnorte total de uma desgovernação, que teimaem prosseguir um rumo de gestão corrente, sem projecto político, semdoutrina ou ideologia.
Portugal não tem motivação para ultrapassar agrave crise política, financeira, social e económica, porque osportugueses são desrespeitados e os actuais partidos dominantes sãoincapazes de apresentar o seu rumo de referência política, social eeconómica, porque não têm um projecto de futuro para o país.
Sacrifícios sem objectivos, sem metas, sem a clarificação dos seus resultados, sem um projecto de reformas exigíveis.
Aquestão não é apenas de não termos líderes políticos à altura, mas determos um sistema político muito doente, incapaz de gerar lideranças eprojectos, merecedores da confiança dos portugueses e capazes de geraro entusiasmo colectivo.
Não haverá, nem nunca houve projecto de qualidade sem confiança e entusiasmo.
Sequeremos salvar Portugal, se queremos ter futuro autónomo, se queremospreservar a nossa dignidade e os nossos direitos e liberdades, termosde ser capazes de fazer a ruptura com o sistema actual e exigir aindispensável mudança.
Insistem os responsáveis políticos pelodesastre nacional, em tentar convencer os portugueses que através delesserá possível a regeneração do sonho de liberdade e de bem-estar. Jánão acreditam nessa panaceia a maioria dos portugueses…muitos ainda sedeixarão embalar nesta triste e agónica canção dos partidos dominantes,porque não visionam alternativas, outros porque acreditam na suaingenuidade que basta mudar lideranças em partidos para gerarmudanças…mas a verdade é que nestas crenças, também já não existe aconvicção mobilizadora.
A mudança do regime e sistema político éinevitável, para a regeneração de Portugal…aos mais conscientesexige-se neste momento histórico decisivo, o protagonismo empenhado,que mobilizará a vontade colectiva.
A palavra é dos inconformados, o futuro de Portugal está nas suas mãos e na sua atitude patriótica.
Exige-seuma nova ideologia mobilizadora, que ultrapasse definitivamente oscomplexos e as marcas divisionistas das doutrinas ideológicas dopassado e origine um projecto político nacional.
Humanismo e Patriotismo.
Portugal é uma potência Universalista.
A lusofonia é um património histórico, cultural e económico.
Onosso património humano, cultural, territorial e marítimo, representauma enorme potencialidade, que não pode continuar ser desprezado, massim integrado no nosso projecto de futuro.
Acreditar na nossadiferenciação, como povo, como Nação…nascemos livres e livres haveremosde continuar a ser… a liberdade é o nosso primeiro valor individual ecolectivo.
Acreditar, foi o sentido inicial da nacionalidade, como será sempre o sentido do nosso futuro.
Acreditar nos portugueses, acreditar em Portugal.
José J. Lima Monteiro Andrade
Fonte: Blogue "Desafio de Mudança"
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