Vivemos com despesas muito acima dos nossos rendimentos.
Famílias e Estado.
Mais de uma década sem desenvolvimento económico e com a despesa pública sempre a aumentar.
Empréstimos bancários induziram e suportaram esta loucura.
As famílias vão à falência de uma forma discreta, mas dramática…só desde o princípio do ano declararam a sua insolvência em tribunal mais de mil famílias.
A comunicação social dá apenas destaque ao problema nacional…o Estado português segue o mesmo rumo de insolvência de muitas famílias de portugueses.
Sonhamos demasiado alto e os nossos governantes foram incapazes de terem o bom senso de travar sonhos inconsistentes.
A nossa dívida atinge hoje valores superiores a 100% do PIB…nunca na história de Portugal tivemos uma crise financeira tão grave e as anteriores deram origem a revoluções penosas.
O Estado Previdência, o Estado que tudo a todos, garantia…esta foi a ilusão que nos condenou…um Estado que absorve 50% da riqueza produzida e que ainda tem necessidade absoluta e permanente de recorrer ao crédito externo.
Um Estado despesista, que sufoca a economia e as famílias, que matem uma postura de novo riquismo, continuando a viver sem contenção e com atitudes inconcebíveis de parcerias público privadas, que são autênticos massacres às finanças públicas e bónus de Natal para algumas empresas privadas.
Não só não há qualquer coerência nesta situação, como não há qualquer proposta concreta para sair dela.
O Chefe de Estado pede desenvolvimento, através das exportações…como se não soubesse que o ambiente político, fiscal e jurídico, português impossibilita totalmente essa possibilidade.
Os Partidos políticos dividem-se na sua utopia.
Os auto apelidados de esquerda, que insistem no reforço do Estado como entidade dominante da vida das famílias e como promotor da economia…os outros, aqueles que têm ambições de poder, são incapazes de falar a verdade, tementes das consequências eleitorais.
Prisioneiros destas limitações, discutimos a austeridade que nos impõem os nossos credores.
Não se discute a essência da questão… a divida soberana e a estagnação económica.
As medidas que são propostas e impostas…a austeridade, os sacrifícios e a quebra de direitos, também os violentos e sucessivos aumentos de impostos, têm apenas o objectivo da continuação da saga do aumento do nosso endividamento e promovem a nossa estagnação económica.
As medidas que são propostas e impostas…a austeridade, os sacrifícios e a quebra de direitos, também os violentos e sucessivos aumentos de impostos, têm apenas o objectivo da continuação da saga do aumento do nosso endividamento e promovem a nossa estagnação económica.
Sacrifícios sem qualquer garantia de melhoria da situação portuguesa, pelo contrário com fortes probabilidades de nos levar para a bancarrota.
Irresponsabilidade total.
Não temos nenhum estadista á altura do grave momento que enfrentamos, talvez o mais dramático de toda a nossa história.
Não temos no actual espectro partidário nenhuma organização política, capaz de assumir uma atitude de responsabilidade e de verdade. Capaz de mobilizar a nação através de um plano consistente e coerente … um projecto de salvação nacional.
Os portugueses irão para eleições sem conhecerem a realidade da situação portuguesa…uma autêntica indução política à inconsciência colectiva. Uma fraude.
Perante esta situação exigia-se do Chefe de Estado duas atitudes.
1- Uma auditoria externa às contas públicas do Estado, pré eleitoral, para esclarecimento integral da situação e das responsabilidades;
2- Uma exigência aos partidos políticos para um acordo de regime e de emergência, que caso não fosse possível ou viável, justificaria um Governo de iniciativa presidencial.
Mas o Chefe de Estado, não tem esta envergadura… um reformado, dependente, fraco e também com muitas responsabilidades no cartório.
A mesquinhez tomou conta de Portugal, só pequenos homens conseguem sobreviver neste triste e pantanoso ambiente político, em que se deixou reduzir esta República.
Portugal é muito mais do que este regime e não poderá sucumbir com dele.
Um fraco rei, torna fraco um forte povo.
Está na altura de mudar de rei.
José J. Lima Monteiro Andrade.
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