O herdeiro do trono do antigo reino da Líbia,
Mohammed al-Senussi, no exílio há mais de 20 anos, declarou-se “pronto a
servir” o seu país se o povo quiser, numa entrevista ao semanário
alemão Die Zeit.
”É o povo que deve decidir”, disse Mohammed al-Senussi, 49 anos, reclamando “um Estado democrático“, segundo um comunicado divulgado antes da publicação da entrevista na quinta-feira.
”Ver a bandeira da liberdade hasteada em Tripoli deixa-me muito feliz e orgulhoso do meu povo”, afirmou.
Al Senusi também admite ter negociado nos últimos dias com
personalidades “oficiais” na França e conversado com os embaixadores da
França e Reino Unido em Trípoli, segundo o Die Zeit e considerou que a Líbia não corre o risco de ser um país ingovernável.
“A Líbia não é o Afeganistão, o Iraque ou o Iémen. O sistema de clãs é
totalmente diferente. Estes não querem o poder, querem uma vida
razoável. Os líbios não são muçulmanos fanáticos”, declarou.
Al-Senussi é sobrinho-neto do rei Idriss I,
destituído por Muammar Kadhafi em 1969, e é filho de Hassan al-Senussi,
designado em 1956 como príncipe herdeiro e falecido em 1992.
Depois de ter continuado a viver na Líbia, a família exilou-se em
1986. Desde então Al-Senussi viveu nos Estados Unidos, na Grã-Bretanha e
em França.
Publicado em Causa Monárquica
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