Filósofo, místico e referência ética nacional, são três os adjectivos
com que definiria esta personagem ímpar da nossa vida cultural. Já foi
monge e, perante a perplexidade da vida, considera Deus, como aquele que
“preenche todo o vazio e responde a todas as perguntas” e critica
acidamente os valores prevalecentes, afirmando: “o domínio da técnica
não garante o exercício da sabedoria”.
Embora acreditando nas virtualidades do 25 de Abril, nem por isso, se
revê nos seus frutos: “incapazes de resolver problemas relacionados com a
organização social e económica, os políticos desenvolveram estratégias
de ataque pessoal e de descrédito, que ainda hoje dominam a luta pelo
poder”. E elege duas figuras como paradigmas nacionais: Alexandre Herculano e Dom Duarte, não se esquecendo de Camões, “épico” demais para o seu gosto e Fernando Pessoa, que considera “demasiado paradoxal”.
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