domingo, 28 de agosto de 2011

ESTAÇÃO DE SÃO BENTO ENTRE AS 16 MAIS BELAS DO MUNDO











A revista de turismo e lazer "Travel+Leisure"
, que afirma ter 4,8 milhões de leitores, destaca na estação de São
Bento os painéis de azulejos da entrada: "Se o exterior é certamente
bonito - e traz-nos à memória a arquitetura parisiense do século XIX,
com o seu telhado de mansarda e a frontaria de pedra, é o átrio
principal que o fará engolir em seco. As paredes estão cobertas por
20.000 esplêndidos azulejos, que levaram 11 anos para o artista Jorge
Colaço completar."






A
listagem inclui, entre outras, a neoclássica Gare du Nord, em Paris, os
jardins interiores de Atocha, em Madrid, as modernas estações de
Kanazawa, no Japão, e de Melbourne, na Austrália, o terminal Arte Nova
do Expresso do Oriente, em Istambul, ou a belíssima estação neogótica de
S. Pancras, em Londres.






A
estação de Lourenço Marques, dos Caminhos-de-Ferro de Moçambique, é a
única do continente africano a figurar na lista. O artigo da revista
"Travel+Leisure" destaca os exteriores "verdejantes", a "larga cúpula" e
o trabalho intricado do aço que fazem do edifício "uma inesperada,
mesmo que modesta, beleza".






Egas Moniz apresentando-se ao rei de Leão com a sua família.


Gare é Património da Humanidade






A
estação, construída entre 1913 e 1916, é erradamente referenciada como
podendo ter sido desenhada por Gustave Eiffel, já que é dos arquitectos
portugueses Alfredo Augusto Lisboa de Lima, Mário Veiga e Ferreira da
Costa.






A
gare de São Bento que se ergue no local onde se encontrava o mosteiro
de São Bento da Avé Maria, e está classificada como Património da
Humanidade, foi construída após se vencer a difícil tarefa de prolongar a
linha que terminava em Campanhã, através dos túneis da Quinta da China,
do Monte do Seminário e das Fontaínhas, que ficou concluído em 1896.








Infante D. Henrique na conquista de Ceuta.

O
projecto da estação só viria ser aprovado em 1900, ano em que os Reis
Dom Carlos e Dona Amélia presidiram ao início das obras, que terminariam
16 anos depois.






O
projecto de decoração da gare em azulejos de Jorge Colaço foi adjudicado
em 1905 pela quantia de 22 mil réis, considerada muito elevada para a
altura. Os painéis, assentados em 1915, representam cenas da história de
Portugal, como Egas Moniz perante o rei de Leão, o casamento de D. João
I, a conquista de Ceuta, temas de etnografia do Minho e do Douro,
figuras simbólicas e no friso superior é mesmo retratada a evolução dos
transportes.















Biografia Realistas de Jorge Colaço pode ser lida AQUI



























Ler mais no Jornal Expresso AQUI


Publicado em Causa Monárquica 

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