quarta-feira, 31 de agosto de 2011

D. MANUEL II NA VILA DA FEIRA E TERRAS DE SANTA MARIA






23 de Novembro de 1908



D. Manuel II esteve em Santa Maria da Feira na inauguração do “Vouguinha”




O troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis foi inaugurado em 23 de
Novembro de 1908, sendo considerado na altura um factor preponderante
para a aproximação dos núcleos urbanos que englobam Oliveira de Azeméis,
S. João da Madeira e Santa Maria da Feira.




Segundo o “Correio da Feira”, de 28 de Novembro de 1908, “cerca de
20.000 pessoas acorreram à Vila da Feira para aplaudir El-Rei D. Manuel
II, na inauguração do troço entre Espinho e Oliveira de Azeméis, da
Linha do Vale do Vouga”.




“Sua Majestade tinha saído de Espinho, sob um sol escaldante e cerca
das 12:30 horas, depois de um almoço festivo no salão Nobre da
Assembleia de Espinho”, refere-se na “Monografia do Vale do Vouga”, que
cita o “Correio da Feira”.




Atravessando ainda hoje paisagens únicas, do mar à serra, de Espinho e
de Aveiro a Sernada do Vouga, a linha foi inaugurada por D. Manuel II
durante a apoteótica viagem que fez ao Norte, pouco depois do regicídio.




Com a República, o comboio chegou a Viseu, em 1914, e foi durante
décadas factor determinante da economia serrana, nomeadamente no
escoamento do minério que era extraído em Sever do Vouga, no transporte
de pessoas e no comércio de produtos de vária índole.




Nos finais do Estado Novo, o “Vouguinha” foi “condenado a circulação
suspensa”, por crime de fogo posto: dizia-se que as suas máquinas, então
a vapor, é que pegavam fogo à floresta.




O 25 de Abril trouxe o “poder popular” à rua e a linha foi
parcialmente aberta, já sem o troço de Sernada a Viseu, valendo-lhe a
conquista o epíteto de “comboio do povo”, mas de então para cá o seu
encerramento foi várias vezes equacionado numa lógica pouco social de
viabilidade.



Pesquisa de Luís Miguel Henriques, nº 12, 6ºF




Fonte :P essoa




1 comentário:

  1. A propósito, sugiro a leitura de "D. Manuel II e Aveiro", de Armando Tavares da Silva, que descreve pormenorizadamente a visita de El-Rei a Aveiro e a estrondosa recepção de que foi alvo pelo povo aveirense.

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