quarta-feira, 30 de novembro de 2011

UMA HEROÍNA DE 1640: DONA FILIPA DE VILHENA

D. Filipa de Vilhena armando os seus filhos cavaleiros-1801-quadro de óleo sobre tela de Vieira Portuense

Esta heróica senhora, cujo nome ficou célebre na história do país, nasceu em Lisboa onde também faleceu a 1 de Abril de 1651. Era filha de D. Jerónimo Coutinho, que foi nomeado vice-rei da Índia, mas não aceitou a nomeação.
 
Casou com o 5º conde de Atouguia, D. Luís de Ataíde, que morreu, deixando-a com 2 filhos: D. Jerónimo de Ataíde e D. Francisco Coutinho. Senhora resoluta e briosa, teve conhecimento de todos os preparativos da revolução de 1 de Dezembro de 1640, e aconselhou a seus filhos que a ela aderissem e partilhassem os perigos de seus irmãos em fidalguia e em nacionalidade.
 
Na madrugada de 1 de Dezembro, mostrando realmente uma resolução mais que humana, armou ela própria os seus dois filhos cavaleiros, e mandou-os combater pela pátria, dizendo-lhes que não voltassem senão honrados com os louros da vitória.
 
O drama de Garrett, intitulado D. Filipa de Vilhena, ainda mais contribuiu para idealizar esta figura feminina, que ficou sendo como um símbolo enérgico do patriotismo.
 
D. Filipa de Vilhena foi chamada ao paço pela nova rainha de Portugal, D. Luísa de Gusmão, e recebeu o cargo de camareira-mor e de aia do príncipe D. Afonso, mais tarde el-rei D. Afonso VI

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