A cada dia que passa o cerco a al-Assad vai se apertando, preparando-se os do costume para uma nova invasão, de novo pelo caminho mais fácil, mais sangrento e, evidentemente, mais rentável. Sempre em nome da liberdade, da democracia. Do raio que os parta.
Desta vez, porém, será mais difícil desbloquear o acesso à Síria do que foi com a Líbia. Apesar da pressão cada vez mais forte exercida pela Liga Árabe, com vista a acabar com a violência e permitir a entrada de observadores estrangeiros, o presidente Russo já veio a público afirmar que não irá permitir uma invasão nos moldes da que foi feita a Kaddhafi.
Tal como seria previsível, os sinais de desconforto começam a tornar-se visíveis um pouco por todo o Médio Oriente, com especial destaque para o Líbano – país que continua sob uma forte dependência do regime de al-Assad. Há dias, num debate televisivo sobre a Síria, dois importantes políticos Libaneses chegaram mesmo ao confronto físico, num espectáculo fora do vulgar transmitido em directo para todo o país. Mais a norte, na cidade de Tripoli, vários apoiantes de al-Assad têm vindo a público declarar estarem dispostos a pegar em armas para defender o regime vizinho. Tal como, aliás, já havia feito o Hezbollah, através do seu líder Hassan Nasrallah.
De pouco vale, nesta altura, tentar contrariar o inevitável, mas fica de qualquer forma a referência ao facto de ter sido apontado, há mais de quatro meses, um caminho alternativo. Aos mesmos imbecis que se riram e criticaram S.A.R., o Senhor D. Duarte, aquando da sua visita à Síria, sugiro que revejam as suas declarações à SIC Notícias. Na altura denunciou estarem as forças militares e de segurança extremamente mal preparadas, que por isso respondiam desadequadamente a qualquer provocação por parte dos insurgentes, o que naturalmente desencadeou a escalada de violência a que se assiste hoje. Ao pedido de apoio, quando seria fundamental ajudar a preparar as forças militares, o mundo respondeu com sanções económicas e reprimendas paternalistas, e assim se perdeu uma oportunidade única, que viria a revelar-se fatal.
Foi desta forma que, a nível internacional, se animou e legitimou a insurgência que, ao contrário do que alguns poderiam julgar, está a anos-luz de ser uma revolta em nome da democracia. E assim se repetem erros de palmatória, a história dos próximos meses/anos já escrita, e o mundo inteiro ainda a dormir.
Desta vez, porém, será mais difícil desbloquear o acesso à Síria do que foi com a Líbia. Apesar da pressão cada vez mais forte exercida pela Liga Árabe, com vista a acabar com a violência e permitir a entrada de observadores estrangeiros, o presidente Russo já veio a público afirmar que não irá permitir uma invasão nos moldes da que foi feita a Kaddhafi.
Tal como seria previsível, os sinais de desconforto começam a tornar-se visíveis um pouco por todo o Médio Oriente, com especial destaque para o Líbano – país que continua sob uma forte dependência do regime de al-Assad. Há dias, num debate televisivo sobre a Síria, dois importantes políticos Libaneses chegaram mesmo ao confronto físico, num espectáculo fora do vulgar transmitido em directo para todo o país. Mais a norte, na cidade de Tripoli, vários apoiantes de al-Assad têm vindo a público declarar estarem dispostos a pegar em armas para defender o regime vizinho. Tal como, aliás, já havia feito o Hezbollah, através do seu líder Hassan Nasrallah.
De pouco vale, nesta altura, tentar contrariar o inevitável, mas fica de qualquer forma a referência ao facto de ter sido apontado, há mais de quatro meses, um caminho alternativo. Aos mesmos imbecis que se riram e criticaram S.A.R., o Senhor D. Duarte, aquando da sua visita à Síria, sugiro que revejam as suas declarações à SIC Notícias. Na altura denunciou estarem as forças militares e de segurança extremamente mal preparadas, que por isso respondiam desadequadamente a qualquer provocação por parte dos insurgentes, o que naturalmente desencadeou a escalada de violência a que se assiste hoje. Ao pedido de apoio, quando seria fundamental ajudar a preparar as forças militares, o mundo respondeu com sanções económicas e reprimendas paternalistas, e assim se perdeu uma oportunidade única, que viria a revelar-se fatal.
Foi desta forma que, a nível internacional, se animou e legitimou a insurgência que, ao contrário do que alguns poderiam julgar, está a anos-luz de ser uma revolta em nome da democracia. E assim se repetem erros de palmatória, a história dos próximos meses/anos já escrita, e o mundo inteiro ainda a dormir.
publicado por Felipe de Araujo Ribeiro em Estado Sentido
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