Numa época tão confusa como esta em que vivemos perdemos por vezes o Norte, impedindo-nos de tomar o rumo que o destino nos traçou até à glória do porvir. A sociedade da (des)informação mantém-nos ocupados através de inúmeras mensagens de alerta e das infundadas acusações subliminares dos crimes que não cometemos, mas pelos quais todos os dias somos condenados às mãos dos verdadeiros criminosos. A maioria das pessoas, alienadas e enganadas, procedem à sua auto-culpabilização, permitindo cegamente à criminosa classe política contemporânea continuadamente roubar e despojar a Pátria em nome de duas formas de tirania institucionalizadas, a república e a democracia.
Talvez por isso seja hoje tão oportuno relembrar e sintetizar as máximas de D. Frei Amador Arrais que, ainda no século XVI, procurou descrever o bom soberano, traçando um retrato idílico, intemporal e, por isso mesmo, tão actual, do perfeito governante:
- o bom rei dá atenção a todos os seus vassalos;
- o bom rei trata todos os seus vassalos como iguais;
- o bom rei premeia apenas os vassalos que têm mérito individual;
- o bom rei favorece a cultura dos seus vassalos;
- o bom rei vela pelo bom funcionamento das suas instituições;
- o bom rei é justo e piedoso;
- o bom rei favorece o enriquecimento dos seus vassalos;
- o bom rei minimiza a carga fiscal;
- o bom rei acode aos vassalos mais necessitados;
- o bom rei favorece a paz;
- o bom rei procura ter somente conflitos de natureza diplomática;
- o bom rei é imagem, porque a boa imagem é aquela que reflecte o que existe.
A resposta para aos problemas de Portugal não está para lá das nossas fronteiras, pelo contrário, encontra-se encerrada no nosso espírito e na nossa tradição. Portugal, temos a força, falta-nos apenas a vontade de soltar as amarras e quebrar os grilhões da tirania.
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