sexta-feira, 21 de outubro de 2011

JOÃO CAMOSSA (I) - 15/12/1925-16/10/2007

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Biografia

João Carlos Camossa deSaldanha "nasceu" monárquico. O seu pai, o capitão-mar-e-guerraAugusto Saldanha, foi um dos resistentes ao 5 de Outubro de 1910, o que lhevaleu a prisão e muitos dissabores na carreira militar e na vida familiar.
Foi membro dogrupo fundador do Centro Nacional de Cultura – excelente e legal pretexto parao activismo e formação política -, participou no grupo de Gonçalo RibeiroTelles, Francisco Sousa Tavares, Rodrigo Sousa Félix e Fernando Amado, marcandoaquele vital momento de ruptura com os resquícios de uma Causa Monárquica quevivia na expectativa do final cumprimento de longínquas promessas do regimevigente.
Esteve envolvido naformação, nos anos 50, do anti-salazarista Movimento Monárquico Popular (com aLiga Popular Monárquica e a Renovação Portuguesa daria origem à ConvergênciaMonárquica, que passou a chamar-se PPM após o 25 de Abril),
Durante décadas foiconhecido activista opositor à 2ª República, tendo participado activamente emepisódios como a Revolta da Sé (1961) e o Golpe de Beja (1961), o que lhe valeua estadia no conhecido Aljube. Durante o julgamento dos implicados no Golpe deBeja, foi contra a estratégia dos outros advogados da defesa que procuravamargumentar com a formalidade dos princípios democráticos da Constituição de1933. Pelo contrário e para estupor do Tribunal, o monárquico assumiufrontalmente a ruptura contra o ordenamento constitucional republicano ecorporativo, tendo passado rapidamente, durante a audiência, de defensor apreso, por ordem do juiz.
Monárquico convicto,revolucionário e activista no movimento anarco-sindicalista que se opôsveementemente ao Estado Novo, foi, por múltiplas vezes, vítima das sevícias eprisões da polícia política, que o colocaram na frente dos diversos movimentosque se opunham então ao sistema salazarista, nomeadamente quando integrou o «Movimentode Beja».
Em 1974 Camossa funda oPartido Popular Monárquico, ao lado de Barrilaro Ruas, Rolão Preto e RibeiroTelles. O anarco-comunalista João Camossa representava a corrente libertária dopartido, para quem o rei deveria ser o último vestígio do Estado.
Foi representante do PPM naAssembleia Municipal de Lisboa e pertenceu aos serviços de apoio jurídico naAssembleia da República, durante o período da Aliança Democrática.
Colaborou por diversas vezesem jornais e revistas sobre temas políticos, históricos e culturais.

Fontes: 

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