quinta-feira, 20 de outubro de 2011

AQUI D´EL REI


Numa altura em que a sociedade civil se mobiliza e pede contas aos nossos políticos, a voz dos monárquicos esteve mais uma vez silenciada.

Ninguém, na classe política parece estar interessado em saber dos milhões desviados para Gibraltar, ou preocupado com a recente compra por parte da falida CP, de viaturas novas para os seus Directores. É bem mais fácil continuar a sugar o sangue dos portugueses e protegerem-se uns aos outros. Face ao descontentamento que se vive nas ruas, a República está a agonizar, mas de fileiras cerradas, pois tem dois grandes argumentos a seu favor: o primeiro é o facto de a nossa Constituição antidemocrática conter um artigo que torna Portugal uma República e não uma nação. Ora, assim como milhões de outros portugueses, eu sou isso mesmo, “Português”, e não republicano. O segundo, prende-se com a alternativa de regime e a sua discussão.

Os republicanos possuem aqui aliados de peso: os do Restelo e os responsáveis monárquicos. Os primeiros entendem que os monárquicos devem calçar as pantufas, ficar em casa e deixar as coisas acontecerem. Talvez fizerem uns jantares, tirar umas fotos fora de hora e enganarem-se a si próprios. Ridículos, mas sorridentes e felizes. Os segundos, ao invés de protegerem o pretendente ao trono, deveriam promovê-lo junto à sociedade civil, assumirem o facto de serem uma organização política e agir como tal.

Esta é a hora de fazer ouvir a voz dos responsáveis. Estes deveriam promover a visita do pretendente a instituições públicas e privadas, nas quais o mesmo ouvisse e fosse ouvido pelos portugueses.

Infelizmente, todos assistimos ao silêncio conveniente. De uma forma ou de outra, os responsáveis monárquicos, remetem-se ao silêncio, à conivência, ao despotismo e vaidades de ocasião. Pura hipocrisia. A hora é dramática e seria oportuno ouvir a voz do pretendente ao trono. Nenhum português entende o porquê desta overdose estúpida de vazio e silêncio. Afinal, foi o próprio Senhor Dom Duarte, em pessoa, que rompeu o silêncio e falou ao coração de milhões de portugueses. Resta saber se o Diário do Minho é lido em todo o Portugal…

Sérgio Vieira de Carvalho 

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