sábado, 15 de outubro de 2011

SEM EXTREMISMOS, ORGULHOSOS! (I)

Não é de ânimo leve que se interioriza tudo o que se passou no último 5 de Outubro em Coimbra: as mensagens (tanto da Homilia como do discurso de SAR o Senhor D.Duarte), o simbolismo de cada gesto, de cada local. Foram tocadas muitas das feridas de que Portugal padece, feridas essas que existem há muito mas que os responsáveis por as curar persistem em as ignorar ou, pior ainda, não raras vezes agravar.

Portugal não foi obra do acaso! O nascimento de Portugal (ao qual as autoridades teimam em não dar o devido e merecido destaque) é sinónimo de coragem, força, determinação, tenacidade e de sucessos e vitórias à primeira vista improváveis. Portugal não é apenas um pedaço de terra. Ao longo dos séculos os nossos antepassados sofreram, lutaram e deram a vida por esta Nação para que nós, hoje, pudéssemos dizer que temos uma Pátria, para que hoje pudéssemos dizer que somos livres. Por esta Pátria, por esta Gloriosa Nação (e só pode ser gloriosa porque é a nossa e porque o amor a Portugal e a sua história falam mais alto), pela nossa liberdade e independência grandes senhores foram desafiados. Sem medo do confronto, antes com afinco! Contra todas as probabilidades Portugal venceu e assumiu-se no plano internacional como uma Nação una, coesa e com uma identidade própria e distinta dos demais povos/nações.

Todas as acções dos nossos antepassados, tudo o que Eles conquistaram pelo Seu suor e sangue constituem Património Nacional.

De geração em geração todo esse património foi sendo transmitido continuando a fazer de todos nós, ainda hoje, uma Nação única no Mundo. Isto não foi e não é obra do acaso. Esse património foi-nos dado a nós, Povo de Portugal, somente a nós e é a nós que o cabe defender. Sem qualquer tipo de extremismos (que são a negação da própria Identidade Nacional) pode-se afirmar que Portugal somos nós e nós somos Portugal. Portugal e o seu Povo estão unidos por elos fortíssimos criados na forja do tempo.

Não é preciso muito para perceber que interesses que são tudo menos claros lutam diariamente para tentar destruir Portugal, os Portugueses e o fortíssimo elo que os une. “Dividir para conquistar” é a famosa máxima que vem à memória. Isto não é novidade, não é surpresa! Há séculos que interesses obscuros tentam dominar Portugal. Parece haver em nós qualquer coisa que nos torna irresistíveis objectos de cobiça. Uma diferença (simples porém fundamental) existe entre o passado e a actualidade: se no passado o povo, liderado pelo Rei, lutava ao lado deste pela defesa de Portugal e dos seus interesses, hoje a República parece deixar-se iludir por interesses estranhos ao País  e, caindo no seu jogo, vai dando (não mais vendendo, o que já seria de extrema gravidade) Portugal. Antes, predominava uma preocupação pelo bem-estar colectivo, por Portugal como um só, como um projecto a longo prazo. Hoje, contudo, predomina um individualismo atroz, um “salve-se quem puder”, um egoísmo sem precedentes que de fraternidade ou igualdade nada tem e que coloca claramente em causa a liberdade individual e colectiva. Parece não haver qualquer projecto a longo prazo.

(continua …)

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