sábado, 25 de junho de 2011

CRISE - MONARQUIA vs REPÚBLICA


Quando José Dias Ferreira, bisavô de Manuela (Dias) Ferreira Leite, chegou a chefe do Governo em 1892, encontrou um país de “tanga”, por força de elevados investimentos ferroviários e em estradas e portos. A dívida pública representava 81% do PIB e o défice orçamental era de 2%.

Juntamente com o Ministro da Fazenda – Oliveira Martins, tio-bisavô do actual presidente do Tribunal de Contas – tomou medidas drásticas: subida de impostos, corte até 20% dos vencimentos dos funcionários públicos, suspensão de admissões no Estado, paragem das grandes obras, saída do padrão-ouro e desvalorização cambial.

Durante dez anos, não foi possível recorrer a empréstimos no estrangeiro, dada a situação de bancarrota verificada.

O desenvolvimento das infra-estruturas no “fontismo” baseou-se num modelo que se pode considerar como a génese das parcerias público-privadas. Eram concessões dadas a particulares que, muitas vezes, garantiam um determinado rendimento ao investimento e, se este ficasse abaixo desta garantia, havia compensação do Estado.

Em 1892 o rei D. Carlos doou 20% (!) da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise criada pelo rotativismo dos partidos (nada de novo, portanto).

Se calhar foi por isso que, mais tarde, o mataram.

Não se pode consentir que alguém dê, num país onde é costume tirar…
o melhor, se calhar, é ter cuidado…


 Publicado por Rui Paiva Monteiro em "Causa Monárquica"

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