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Por isso a culpa é da “ética republicana”. Querem lá saber os finlandeses se os ajudamos na segunda guerra mundial? Querem lá saber os ingleses se temos uma aliança com vários séculos? Somos nós é que estamos presos na teia do globalismo capitalista. E tudo isto devido à “ética republicana”.
Eu não duvido que ingleses e finlandeses tenham o maior respeito pelas 10 milhões de almas que habitam Portugal. Que respeitem os nossos feitos, a nossa riqueza patrimonial e cultura.
Não se trata de falta de solidariedade da União Europeia ou dureza do FMI. Trata-se de uma análise exterior. Uma análise imparcial da rede política Portuguesa. Não estou com isto a querer dizer que na Finlândia ou Inglaterra seja tudo um mar de rosas. Não!
Mas são nações que tentam mostrar sempre o seu melhor e que conseguem dar aos seus cidadãos oportunidades de vida condignas. Em 37 anos, quantas vezes é que o FMI entrou em Portugal? O que é que foi feito aos fundos monetários europeus? Portugal tem apresentado resultados?
Por isso eu tenho vergonha de viver numa república. Vergonha porque esta república não tem políticos capazes de defenderem o nome do meu país perante os seus pares. São os primeiros a terem atitudes de submissão a qualquer outro país. Vergonha porque não permite a livre iniciativa e a liberdade de pensamento. Não contribuem para um forte tecido empresarial e os seus tentáculos só servem para sustentar uma restrita rede clientelar. Não é altura de dizer basta?
Mesmo que tenhamos convencido a UE e o FMI a emprestar-nos o dinheiro, não podemos continuar a manter no poder, os mesmos que levaram-nos a esta situação de subserviência. Não podemos persistir à custa de empréstimos atrás de empréstimos.
É por isso que utilizando o Facebook criei dois eventos: o Hurrah for the monarchy e o Não pago as dívidas do Estado. O primeiro evento é dirigido a monárquicos ou a simpatizantes e pretende ser uma marcha a favor do Rei D. Duarte III. O segundo evento é dirigido a toda a sociedade civil. Inspirado no exemplo islandês, vou tentar reunir o maior número possível de pessoas e todos exigirmos do estado que assuma as suas responsabilidades, em vez, de honrar o compromisso com a troika à custa dos sacrifícios de gerações de Portugueses. Isto, à boa maneira Salazarista republicana.
Daniel Nunes Mateus
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