quinta-feira, 2 de junho de 2011

A REPÚBLICA TRANSVESTIDA OU DA IMPORTÂNCIA DA MONARQUIA

Drª Aline Gallasch Hall
Muitos monárquicos se perguntam porque existe o Partido Popular Monárquico. Não pretendo aqui dar essa resposta, mas colocar algumas reflexões.

A propósito destas Legislativas, o PPM existe e disputa as eleições não porque quer o poder, mas porque há um problema no sistema político. E, para lutar contra isso, há que ser um partido. É verdade que teria mais lógica se fosse um movimento a favor da cidadania, mas também tem uma história e um papel importante nos fundamentos da democracia e isso deverá ser preservado.

Mas um movimento contra o quê? Muito simples: contra os demandos da República. Se a República tivesse, como consequência última, a Justiça, tudo seria controlado e gerido por cidadãos, e todos estaríamos satisfeitos. Mas não é, de todo, assim. O que vemos é uma sede de poder, compadrios e os lugares de chefia serem ocupados, não pela competência, mas pela demagogia e amizades várias. O povo julga que vota para um país melhor, mas apenas é um joguete nas mãos de incompetentes. E isso tem sido a República em Portugal.

Então, porquê a Monarquia?

Antes do Iluminismo, as monarquias constituíam o único sistema político naturalmente suportável (a Democracia grega não era democrática: afinal, tinha, como base, uma sociedade esclavagista e, embora algumas monarquias também o tenham tido, nem todas o fizeram).

A partir da Revolução Industrial o trabalho escravo das pessoas foi substituído pelas máquinas, o que deu origem a uma outra estrutura política que, como temos vindo a assistir, também não funciona. Principalmente porque imita o pior que é atribuído às monarquias – um certo totalitarismo.

A monarquia segue a ordem natural das coisas, tendo como base a estrutura de qualquer sociedade: a família. O rei é o Pater Familias, aquele que é tratado com respeito e que tem de estar acima de tudo – de Partidos, de políticas, como um regente da nação e um garante de justiça e equidade – ou então tudo estará perdido. É alguém que assume a chefia do Estado e assume essa responsabilidade convictamente, porque tem de o fazer, para colocar ordem no Estado. Não para estar lá 5 anos, fazer o que lhe apetece e depois sair sem pagar pelos erros que cometeu. Um rei que comete erros pode ser destronado – um Presidente que os comete acaba por sair ileso e com uma grande reforma, sem ser responsabilizado pelos seus actos.

Sim, um rei que não está à altura de desempenhar o seu papel é removido – como se fosse uma ecologia de poder. O próprio povo o destitui.

O rei não é de nenhum partido nem de nenhuma cor política. Não pode imiscuir-se nessas questões, pois está acima de todas elas – é aquele que toma as decisões.

Monarquia é algo que terá que ressurgir naturalmente em Portugal, ou não sobreviveremos como nação. Já temos visto uma linha de destruição dos valores da civilização, em que está incluída a própria família. O desleixo político dos últimos anos condicionou uma grande parte das gerações mais novas ao desespero e à dependência dos progenitores até tarde idade, não podendo os próprios criarem condições de iniciarem as suas próprias famílias. A crise demográfica é um bom espelho desse flagelo, o flagelo de uma população envelhecida, que não se renova nem tem novos braços para trabalhar que permitam, igualmente, o descanso de quem o fez por toda a vida.

E monarquia em Portugal? Sobretudo em Portugal. Nos 100 anos comemorados com gastos desonrosos em tempo de crise profunda, esqueceram-se que a República introduziu a confusão total e o desnorte que se instalou de tal forma que foi necessário aparecer alguém que criasse uma imagem de força, de responsabilidade, de poder para controlar as rédeas do país, mas que o fez de forma dictatorial. E isso, para Portugal, também não serve.

Na República vemos bem o seu sistema de desresponsabilização: todos atribuem culpas, ninguém as assume. Percebemos que o problema de base é que quem decide os destinos do país não é quem tem capacidade de decidir, mas só quem é lá colocado pelo sistema político.

Isso tem consequências para o povo, como todos bem sabemos, pois estamos a sofrer com isso. Consequências para o país, que está a mando de outros de forma vergonhosa, apesar dos seus 900 anos de História e com as fronteiras mais antigas da Europa. Só não há consequências para aqueles que, na realidade, nos conduziram para este estado. No passado, todos os males eram culpa do Rei, que consubstanciava os problemas do país – julgando os Republicanos que, retirando o Rei do trono, os problemas seriam resolvidos. Foram agravados: nunca, na História de Portugal, atingiu-se a bancarrota 3 vezes num espaço de 28 anos. Muito menos depois de uma injecção de dinheiro como aquele que recebemos da União Europeia unicamente para investir na nossa Economia e nas nossas infraestruturas. Em menos de meio século, as nossas possibilidades de conservação e subsistência como país autónomo foram reduzidas a um mínimo tal que não sabemos como iremos sobreviver, colectivamente, ou per si.

Entramos no caos, por uma ordem destrutiva de Governos, em que prevalece o lucro próprio e o proveito da irresponsabilidade.

A República organizou-se à imagem da Monarquia, mas como o seu negativo. Transvestiu-se. Não, não é verdade, nós não poderemos ser todos o que quisermos: devemos ser o que as nossas capacidades nos permitem. Daí a dificuldade, o ónus do Rei: tem uma vida inteira de preparação para colocar acima dos seus interesses, os interesses do Estado, porque sabe que, se o não fizer, tudo estará perdido. Ele não sairá impune – mas os republicanos, como temos visto, sim.

Nada é definitivo – qualquer solução política tem os seus defeitos. Mas temos de optar por aquela que defenda, genuinamente, causas e valores.

Há um logro nas eleições: julgam que, no dia seguinte à votação, todos os problemas estarão resolvidos. Não, não estarão. Só se resolvem quando se mudarem as mentalidades, abandonarem os sentimentos que têm servido de base a esta República e ao povo em geral. Foi isso que nos trouxe a este estado crítico. Chega de ganância. Ganância pelo poder, pelo dinheiro, pela aparência.

Vamos defender, vamos voltar às causas que construiram Portugal.

Publicado em PPM,

Aline Gallasch Hall
Nós, os monárquicos somos uns seres previligiados.
A nossa rainha, D. Isabel de Herédia, é o rosto sereno, carinhoso e bondoso da instituição real.
O partido que defende as cores da Monarquia, ou seja, o PPM, apresenta como candidata pelo círculo de Lisboa a Drª Aline Gallasch Hall.
Tem um currículo invejável e é deputada do PPM na Assembleia Municipal de Lisboa.
Por outro lado, sendo uma senhora extremamente linda, de uma elegância ímpar, com capacidades intelectuais acima da média, não compreendo como o PPM não a promove mais junto das pessoas.
A comunicação social, muito dada a publicitar situações reles ou candidatos com o QI de um pombo, podia muito bem dar a conhecer Aline Gallasch Hall aos portugueses.
Por mim, numa Assembleia da "dita", preenchida por canastrões, malcriadões e caras-de-pau, sem qualquer mais valia, preferia ver lá...a Drª Aline Gallasch Hall!
E agora digam que não cumpri o meu dever cívico...
Disse!

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