Tudo começou com base no vídeo anterior:
- Pedro RainhoE fantástico é eu poder escolher quem gasta o meu euro e os meus cinquenta e nove cêntimos (a serem realmente esses os valores)!há 4 horas · Gosto
- David N. M. Garcia Olá Pedro Rainho, o problema mais fantástico é ainda teres que suportar as pensões de reforma aos ex-presidentes … Somando ao sustento do actual PR, e dada a crise em que vivemos, começa a pesar no orçamento, digo eu.. Abraço.há 3 horas · Gosto
- David N. M. Garcia Caro João Costa- A Monarquia não é incompatível com a Democracia. Aliás, se olharmos em Espanha, a Transição para a Democracia foi liderada pelo Rei Juan Carlos I e hoje o sistema Democrático Espanhol, não está em causa e tem toda a credibilidade, porque a crise, não é só em Espanha, mas em todo o lado. Vivemos hoje numa crise à escala global. Mas também acredito que as Monarquias estão melhor preparadas para enfrentar a presente crise do que muitas republicas… Cumprimentos.
- Pedro Rainhopode ser uma coisa minha, mas não aprecio uma discussão em torno da representatividade democrática (ou de modelos políticos) feita com base em argumentos ‘economicistas’. Daí a provocação inicial
- David N. M. Garcia Yo Pedro Rainho- como uma vez te disse pessoalmente, é dificil discutir preconceitos. Em certas situações, os interesses de um País se sobrepõem aos interesses individuais. Nem tudo é perfeito, nem tudo é “cor-de-rosa” ou “laranja” ou “azul e amarelo”, ou “vermelho”, etc… A meritocracia, que é um valor eminentemente republicano, também existe nas Monarquias Democráticas, que são “Republicas Coroadas”. O Primeiro-ministro Sueco, num discurso no Parlamento, por ocasião dos 70 anos do Rei da Suécia, disse a seguinte frase “Nós somos uma republica, mas o Rei é o melhor servidor da nossa república”. E portanto, ele mesmo sendo Socialista, e portanto, militante de um partido que se considerou sempre republicano, hoje, considera, que é perfeitamente possível ser-se republicano e viver em Monarquia. O que acontece numa Monarquia Democrática é que a Monarquia e a República acabam por não ser antagónicas, mas sim complementares, porque, os Eleitos pela Nação estão no Parlamento e a Maioria forma Governo. O próprio Monarca ascende ao Trono, com o consentimento dos representantes da Nação – tal como foi em Portugal, tal como é nos Países Baixos, na Bélgica, na Noruega, etc. Esta ligação entre uma Instituição Nacional verdadeiramente guardiã dos valores fundamentais que todos nós hoje cultivamos, incluíndo os Príncipes e Reis, com a República, isto é, o Bem Comum de Todos, e o Governo desse mesmo Bem Comum, através dos melhores, sem dúvida, cria maior confiança pública.
- Pedro Rainho”em certas situações”, como se vigorar um sistema republicano ou um sistema monárquico em Portugal fosse coisa para escolher hoje e trocar amanhã? bom, tal como te respondi, da primeira vez que classificaste o meu discurso de “preconceituoso”, isso é tão verdadeiro quanto eu dizer-te que a defesa que fazes do sistema monárquico é antiquada ou old-fashion… são concepções diferentes de Estado, David. Como disse, e vais perdoar-me que insista, o “consentimento dos representantes da nação” não me chegam para que a tal meritocracia que defendes seja imediatamente posta de parte por razão superior de um direito hereditário. Não aceito esse valor supremo. Preconceituoso da minha parte? Seja. Há formas mais democráticos de defesa dos “valores fundamentais”, não estando eu certo de que valores são esses e da sua universalidade.
- David N. M. GarciaO problema Pedro, é o facto de hoje, a Constituição da III República Portuguesa, impedir a livre escolha entre Monarquia e República. Se defendemos a Democracia, como sistema, hás-de concordar comigo que é injusto, é um insulto até, o facto de os Portugueses, nós todos, Contribuintes e Cidadãos de Plenos Direitos e Deveres, deveríamos poder escolher livremente e em consciência, se queremos viver em Monarquia ou República. Não há definições perpétuas ou regimes perpétuos. Tudo se adequa a uma época e a um povo. Por outro lado, não me parece que a Monarquia seja algo do passado. Ainda recentemente, mais uma vez, saíu o Relatório do Plano das Nações Unidas para o Desenvolvimento, em que se constata, mais uma vez, que as Monarquias continuam bem na frente. E não é só uma questão de PIB, é também de felicidade e confiança dos povos. Pelo que, tanto na racionalidade, como na emoção, a Monarquia vai bem à frente. Aliás basta ver, nos Países que têm Monarquias Democráticas na Europa, que em qualquer circunstância que marque a tradição do Povo em que a Família Real participe, o Povo sai em massa às ruas saudar a Família Real, que é a Representação de uma Tradição, na qual, a maioria se revê. Olha os Jubileus da Rainha Isabel II no Reino Unido, o Casamento do Príncipe William mais recentemente, os Casamentos do Príncipes de Espanha, o Dia Nacional na Noruega, a entronização da Rainha Beatriz da Holanda e o Casamento do Principe Herdeiro da Holanda; momentos de grande dor, em que o Príncipe Filipe de Espanha esteve presente numa gigantesca manifestação em Madrid, junto do Povo, contra o Terrorismo, a popularidade da Coroa Britânica no Canadá e na Austrália, etc. Todos estes países são realidades onde a Monarquia é um facto, onde aliás a Monarquia já foi referendada, como na Austrália e ganhou, e são casos de sucesso e não me parece que sejam países ultrapassados. Portugal, ou melhor, a República Portuguesa – como diplomaticamente o nosso país é reconhecido – não só está bem atrás desses países, mas continua a descer e já foi ultrapassada por países que nunca pensaríamos que atingissem esse facto. Pelo que, um Candidato a Presidente, se não tiver apoio partidário nunca irá a lado nenhum e não faz sentido, quereremos ter um regulador do confronto partidário, com alguém que já foi “capitão de equipa”. Um Rei, está acima do conflito e serve o seu país, sem ordenados, sem pensões de reforma, e só pensa em servir o seu País, sim toda a sua vida, mas numa Monarquia Constitucional, o Rei não é nenhum Ditador, como alguns Países republicanos que têm autênticos Ditadores, casos do Irão, da China, de Cuba, etc. Sim, não estão na Europa, mas não deixam de existir. Regimes de Partidos Ùnico, republicanos. E ainda há outros Países na Europa, que impuseram também a República e não permitem o Referendo ao Regime, caso da Alemanha, Itália, França, Austria, entre outros. Mas sim, a República da Irlanda é um exemplo de que, quando uma República quer, pode ser aberta a outros regimes democráticos, como a Monarquia. Mas o caso da Irlanda é particular, dado que, a sua independência foi também adversa à Coroa Britânica, tal como os Estados Unidos. Abraço.
- David N. M. Garcia Já agora, que mal tem um Povo querer manter uma Tradição Antiga, como a Instituição Real, no contexto de uma Democracia Parlamentar? O povo será atrasado mental? Havia um sociólogo que dizia “Um Povo sem Memória, é um Povo sem Futuro” – E aqui só estamos a falar de Futuro, mas se não soubermos preservar o que de melhor temos, que é a nossa Identidade e Tradições, não demonstramos ter amor próprio como Povo quase milenar e estarmos condenados. Disse.
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