quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

DEMAGOGIA PRESIDENCIAL


“Numa época de limitações orçamentais, o Natal no Palácio de Belém será este ano «bastante contido», sem prendas para os filhos dos funcionários, mas com momentos de confraternização.”….e sem postais de Natal! (parece que sobraram do ano passado)

Dois pensamentos assaltam qualquer comum português, que vive num País com desemprego de dois dígitos, à beira da falência:

O Palácio de Belém oferece prendas aos filhos dos funcionários!?…em plena crise (que dura desde 2003) e a funcionários bem pagos

O Palácio de Belém pretende resolver a crise orçamental poupando em cartões de boas festas?!

É conhecida a recente polémica em torno das acusações do financeiro Joe Berardo ao Presidente da República, o qual acusou de não cumprir as funções para as quais foi eleito, é natural que o Sr. cavaco Silva queira salvar a face da opinião pública promovendo uma imagem de proximidade com a austeridade sentida pelo povo, mas a medida apenas desmascara a verdade contida nas acusações que se vão empilhando em relação ao Presidente da República.



É do conhecimento público que os gastos da casa Presidêncial superaram há muito a capacidade nacional, mas não é com demagogia infantil que se resolve o problema.A crise nacional não se resolve com meia duzia de cartões de Natal nem com “Natais contidos” quando o desemprego atinge os dois dígitos e muitos portugueses perdem ,não o Natal, mas a própria casa onde vivem.

Um Chefe de Estado não serve para oferecer prendas aos filhos dos funcionários do palácio (que já são bem pagos) nem para mandar Cartões de Natal, serve para defender os portugueses missão que o Sr. cavaco Silva parece ter esquecido.


Bem faria o Presidente observar o exemplo de D. Duarte que em recente entrevista afirmou que iria restringir as ofertas que faz aos próprios filhos, porque o tempo é de crise e é preciso usar o que se tem para “partilhar com os que mais necessitam”.

Aqui está a diferença entre um Chefe de Estado republicano e um Rei: um poupa nos filhos dos outros; o outro poupa nos próprios porque primeiro está o exemplo.

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