« Os nossos soldados tinham-se definitivamente convencido que se de Portugal não vinham reforços era somente porque os responsáveis do poder o não desejavam. E a estes se impôs a responsabilidade no crime [ de abandono ] dos condenados, os exilados da Flandres (...). Por cada canto, em cada abrigo, nas linhas e aldeias do front corriam expressões que eram como pelourinhos inexoráveis: ' Portugal, rapazes, declarou a guerra à Alemanha mais ao C. E.P! ' (...). Não é a guerra, o sofrimento, a ameaça inglória da morte que lhes dói na alma...Sobre as saudades da terra donde são exilados, fere-os o abandono a que os votaram os outros...(...) não enxergam a presença amorável da sua Pátria.
Sobre os plainos da Flandres erguem-se calvários. Crucificadas, exangues, agonizam almas luzíadas.
-Pátria, Pátria, porque nos abandonaste?... »Era a República que não olhava a meios para se afirmar aos olhos do mundo.
Cristina Ribeiro
Fonte: Estado Sentido
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