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Apresenta os exemploes de Alexandre Herculano e António Sérgio ( monárquicos ) que argumentavam que o mais importante era a democracia ao ponto de citar um texto de Herculano em que diz mais ou menos que « não importa ter alguém com coroa no trono ou não desde que as liberdades e garantias da Constituição sejam devidamente respeitadas ». Embora Mário Soares afirme que é republicano não hostiliza a questão ao ponto que já disse publicamente que não se importava de viver numa Monarquia desde que fosse Constitucional e democrática. Não vemos Mário Soares a contestar publicamente a legitimidade de algum Rei constitucional e nem vemos Mário Soares a por em causa a questão que muitos republicanos colocam da “hereditariedade” na monarquia, enquanto que outros republicanos preferem abordar questões laterais sem se preocuparem com o principal que é a garantia da defesa da Democracia.
Claramente os republicanos anti-monarquia são mais nefastos à democracia do que os monárquicos conservadores, os primeiros em democracia impõem a censura da discussão tornado-se ao mesmo tempo o centro de um paradoxo ideológico enquanto que os segundos embora sendo acusados de ideias que podem ser confundidas com outras ideologias, como a defesa de valores, jogam o jogo da democracia e não tencionam censurar ninguém.
Publicado em Esquerda Monárquica
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