Estive no dia 13 de Março de 2010, na qualidade de convidado do Presidente da Causa Real e de membro do Conselho Monárquico, presente na reunião ordinária da Comissão Executiva da Causa Real, em Coimbra.
Sobre o que se lá tratou não me cabe discorrer, para além de salientar a importância e oportunidade da campanha REAL SOLIDÁRIA em apoio dos 600 desalojados na Madeira, e de saudar os presentes.
Intervim a pedido do Ilustre Presidente e limitei-me a manifestar a minha preocupação com a falta de visibilidade dos Monárquicos na sociedade portuguesa, a necessidade de, neste ano de branqueamento da barbárie republicanista, se fazer a denúncia clara, firme e determinada dos crimes e desmandos das 3 repúblicas que PORTVGAL teve já de suportar (usque ad quandum?), a conveniência de se repensar a composição da Bandeira Nacional, a qual não pode continuar a reflectir a divisão fratricida e internecina [latinismo não dicionarizado, sabe-se lá porquê] do Reino no século XIX de má memória (um século inteiro perdido por, em parte, se não sobretudo, Monárquicos!), a educação (doutrinação) republicanista que é ministrada nos Ensinos Básico e Secundário no que concerne a história recente de Portugal e que tem impedido gerações inteiras de jovens portugueses de entenderem o papel da Monarquia, tendência que urge contrariar e ultrapassar, se queremos fazer passar a Nossa Mensagem, a necessidade de visibilidade mediática dos Monárquicos e, sobretudo, de S.A.R. O Senhor Dom Duarte de Bragança como alternativa viável e imediata na chefia do Estado português, et alia similia.
Em 30 Novembro, na reunião plenária dos corpos sociais da Causa Real que precedeu a comunicação de S.A.R. O Príncipe Real de Portugal ao País, estiveram presentes 17 pessoas dum total de 60+. Do Conselho Monárquico estiveram presentes meia dúzia de membros (se tanto!) dum total de 30 (TRINTA).
Se a Causa Real — digo eu como desabafo, sem qualquer autoridade ou mandato institucional para o fazer, sem qualquer intenção de crítica ou melindre e sem qualquer presunção de superioridade moral (que não tenho) — funcionasse como uma empresa ou uma organização religiosa ou mesmo uma ONG, ou seja, se os seus membros (todos, sem excepção!) acreditassem mesmo ou fossem obrigados a acreditar mesmo no objectivo da estrutura que servem, sem hesitações, tibiezas, tergiversações e sem ligeireza, de certeza o panorama seria outro.
É a VONTADE de ser e vencer que move montanhas, obstáculos e outras vontades. É a falta de vontade que derrota qualquer projecto, empresa, campanha ou exército. Não basta ter Fé e Crença e Ideais e Boa Vontade e essas coisas todas respeitáveis e saudáveis.
É fundamental QVERER.
Querer ser, querer crer * e querer vencer. Só assim seremos, creremos e venceremos.
Aprendamos as duras lições do passado, Monárquicos de PORTVGAL, as duras lições dos erros crassos e terríveis cometidos de 1820 a 2010, da guerra civil, do franquismo, da pusilanimidade dos últimos anos do reinado do Senhor Dom Carlos I, do caos organizacional da Resistência à hedionda república e da “Monarquia do Norte”, do apagamento gradual dos Monárquicos durante o Estado Novo, da fatal divisão e alheamento geral dos Monárquicos, do PPM, da invisibilidade e irrelevância funcional dos Monárquicos de hoje na sociedade portuguesa.
O Futuro de PORTVGAL é ser TVDO, proclamou Pessoa (que não calculava mas sabia). Depois da penosa e centenária travessia do deserto republicanista o Futuro de PORTVGAL é o Reino. “Basta” acreditar mesmo e querer mesmo que assim seja e assim será e assim se fará. Sem qualquer ilusão ou margem para dúvidas.
Viva o Rei!
* Título dum livro de Paulo Teixeira Pinto (Lisboa, Diel, 2002), Ilustre Presidente da Causa Real.
Por António Emiliano: NOTA XV - MONARCHIA LVSITANA: Elucubrações à margem da reunião da Comissão Executiva da Causa Real, 13/3/2010
(Fonte: Facebook)
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