Nas vésperas de morrer, Junqueiro exclamava: "Dava toda a minha glória para não ter saído do catolicismo. Errei a minha vida. Quem me dera ter vivido ignorado só para a minha mulher e para as minhas filhas!"
Quando a República, pelo seu exemplo, pelas suas realizações, pelas suas atitudes, leva um homem como Junqueiro, que lhe deu o melhor do seu talento e tudo quanto havia de prestigioso no seu nome, a este remorso, a este arrependimento crescente que termina pelo grito - Meu Deus, levai-me, meu Deus, levai-me! - não é lícito dizer-se ou pensar-se que a República está morta e que urge remover o seu cadáver, para que a Nação não contamine?
in Alfredo Pimenta, «Nas Vésperas do Estado Novo», ed. Nova Arrancada, pág. 10
Contribuição de João da Ega
Publicada por João Távora
(Fonte: Blogue Centenário da República)
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