Caros amigos militantes e simpatizantes da Juventude Monárquica de Lisboa
O tempo não é, neste início do ano do centenário da República, de palavras, mas de acção. Por isso não irei alongar-me em considerações de retórica supérflua. Mas também não poderei deixar de dizer o que penso sobre o grave momento que Portugal atravessa e sobre o que esperamos dos jovens que, com uma nova direcção e novos objectivos, querem contribuir para essa mudança.
Passados cem anos da implantação pela força de uma minoria revolucionária, do regime republicano, o que vemos? Um país que no concerto das nações europeias está nos últimos lugares em quase tudo, nos índices económicos, nos índices educativos, nos índices científicos e tecnológicos, nos índices da aplicação da Justiça, nos índices sociais.
Entretanto, na Europa onde estamos desde sempre e a que pertencemos, Monarquias como a do Reino Unido, as escandinavas, a da Bélgica, a da Holanda e até a da Espanha, que passou por duas repúblicas e uma ditadura, estão muito à nossa frente em todos esses índices de desenvolvimento.
Se os que ainda se dizem defensores da República não conseguem ver estas diferenças e não conseguem perceber que a estabilidade política que a Instituição Real confere ao Estado é factor de unidade na pluralidade, é motor de coesão nacional e, assim, motor de progresso, nós estamos cientes que é a falta do Rei que nos torna pequenos quando já fomos grandes e que Portugal sem a Monarquia, que é uma arquitectura em que Nação e Estado se entrelaçam de forma harmoniosa e dinâmica, não alcançará o seu lugar entre os países mais desenvolvidos, porque a sua construção, o seu desenvolvimento, todo o seu percurso, se fizeram na aliança entre o Rei e o Povo.
Por isso somos Monárquicos e não apenas realistas. Porque estamos convictos de que a mudança do regime não é apenas tirar um Presidente e substituí-lo por um Rei, é mudar a filosofia da hierarquia dos poderes, num projecto nacional, é ter, não apenas um chefe de Estado dinástico no topo dessa hierarquia, é ter o chefe natural da Nação em cada geração, fazendo a ligação do passado com o presente e o futuro, é coroar o sistema de liberdades – a democracia - com o seu primeiro defensor, o Rei.
Caros amigos, é urgente, é decisivo para nós, como velha Nação europeia que “deu mundos ao mundo”, retomar o fio da História que estes cem anos interromperam e voltar a dar a Portugal um Rei que seja, para além do mais, “ a Pátria com figura humana”.
É porque temos essa convicção profunda que nós, dirigentes da Real Associação de Lisboa, aceitámos o serviço do Rei, que é para nós também o serviço da Pátria. E é porque entendemos que este serviço é de todas as gerações, que entendemos que as novas gerações, com horizontes temporais mais alargados, têm um papel fundamental. Por isso decidimos também apostar na juventude e dar-lhe os meios possíveis, porque escassos também para nós, para encetar uma nova etapa na luta comum.
Como Presidente da Direcção da Real Associação de Lisboa, dou simbolicamente posse à nova direcção da Juventude Monárquica de Lisboa. Foi escolhida pelas provas dadas de entrega e de realização. Confiamos nela e confiamos que saberá criar em torno de si um entusiasmo e uma dinâmica de serviço a Portugal e ao Rei que arrastará não só os mais novos mas também os mais velhos.
Assim como nós, possais vós ver nela a guarda avançada de uma imensa força que nos levará, o mais brevemente possível, à vitória.
Como não se tem cansado de repetir o Presidente da Causa Real, Paulo Teixeira Pinto: É A HORA.
Joao Mattos e Silva
Palácio da Independencia, 21 de janeiro de 2010
(Fonte: Blogue da Juventude Monárquica de Lisboa)
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