Todos estamos condicionados mentalmente pela permanente propaganda, que nos invade a casa, diária e permanentemente.
Acusam-se os monárquicos de divisões crónicas, porque estes não estão sujeitos a disciplinas condicionadoras de opinião.
Fazem-se apelos nas hostes monárquicas a falsas unidades, muitas vezes sem entenderem o que dizem, pois esses apelos são simplesmente mensagens de uniformização do pensamento, afrontosa, para com a atitude de coerência monárquica.
Ser monárquico é ser Livre, pensar livremente e ser coerente nas atitudes.
Livre e patriota, porque reconhece as suas raízes, a sua identidade e ama o seu território, a sua condição de português.
Não entendem esta liberdade, todos quantos vêem nas estruturas ou nos partidos, a sua prioridade de fidelidade e de prestação de serviço.
Esses estão todos condicionados e nunca conseguirão entender o verdadeiro sentido do que é ser Livre. Têm disciplinas e obrigações, que colocam em primeiro lugar, como prioridade das suas atitudes e dos seus discursos.
Ser monárquico é precisamente dar prioridade à liberdade e a Portugal e essa condição, permite-lhe também ter a sua ideologia política e fazer livremente a sua escolha partidária e eleitoral.
Um Rei é livre, precisamente porque não depende de ninguém, de nenhum compromisso eleitoral, de nenhum partido, de nenhuma agência ou grupo de influência, de nenhuma estrutura de apoio.
Reclama a doutrina republicana, que essa liberdade pode ser conseguida por qualquer cidadão. Todos temos já a experiência suficiente para saber que isso nunca é possível, dada a influência dominante dos partidos políticos, pois só eles têm os meios para eleger um Presidente da República e nenhum homem livre tem condições de ultrapassar esta circunstância.
Por este facto e também porque nasceu com esse desígnio, só um Rei tem por postura e exigência, a postura de total independência.
Só com um Rei conseguiremos assegurar a independência de um Chefe de Estado, pois só um Rei é verdadeiramente livre.
Seremos também nós livres, será livre uma sociedade, que tenha esta referência de liberdade, como símbolo e como Chefe de Estado.
Um Rei é livre e coerente com o seu estatuto de liberdade, não pode assim permitir privilégios partidários, não pode aceitar dominâncias institucionalizadas, não pode aceitar limitações a expressões do exercício de liberdade da sociedade.
Um Rei é coerente e exigente, com o seu nobre estatuto de liberdade, de unificador de um povo com a sua história e por esse facto é o garante de projectos próprios, da independência e da soberania, condições essências para a motivação colectiva de toda a sociedade.
Seremos então livres ou libertados, pois desaparecerão as disciplinas obrigatórias de pensar e de agir. Surgirão naturalmente novas ideias e ideologias, novos partidos e novos projectos.
Todos estamos espartilhados e condicionados.
As obrigações assumiram um papel demasiado pesado em cada um de nós e sobrepõem-se claramente à livre iniciativa de cada um, condição essencial para a motivação, de criar, de arriscar, de construir, de participar e de colaborar.
Criamos um sistema que nos limita, que nos impede de exprimir, nas nossas qualidades e nas nossas potencialidades.
Desapareceu a vontade colectiva, porque não há um projecto de futuro, apenas vivemos o drama da demonstração cada vez mais degradante da mesquinhez e ausência de ética dos políticos.
Insustentável ainda por cima, porque demasiado caro e demasiado estrangulador da produção de riqueza.
Sistema insustentável, regime em agonia.
Voltemos então ao sonho da liberdade e da democracia.
Encontremos a nossa referência essencial, que salvaguarde esse sonho e que garanta a representatividade política do povo.
Salvemos Portugal, desta agonia degradante, desta dissolvência progressiva.
Exijamos a afirmação de quem tem a obrigação, porque nasceu com esse desígnio, de nos unir num projecto nacional.
Porque queremos continuar a ser independentes, portugueses, Homens e Mulheres livres.
José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue Desafio de Mudança)
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