domingo, 28 de fevereiro de 2010

O VÍRUS DA REPÚBLICA


No filme “The Matrix”, a humanidade vivia na realidade virtual, com a ilusão de uma vida confortável, quando na verdade vivia aprisionada pelos senhores da rede informática que lhes aprisionaram as consciências nesse mundo de fantasia.

Em certa medida, é o que se passa com o povo português que, na sua maioria, está conformado com este regime republicano mal grado a corrupção e a crise económica provocada pelos seus arautos, porque não consegue vêr uma alternativa a este estado de coisas. Os discípulos dos arquitectos deste sistema não permitem que o povo veja soluções alternativas a este regime e as suas sentinelas estão sempre vigilantes quanto á alternativa democrática que a monarquia constitucional representa e fazem tudo para a desacreditar e até ridicularizar …Este sistema foi idealizado para que em as todas as instituições estatais, empresas públicas e empresas com a inexplicável golden share o Estado dê inúmeros empregos a servos dos partidos que estão no poder( sejam os que fazem a rotatividade no poder e até se necessário for, aqueles que ainda não lá chegaram).Premeia-se na administração pública a cor política e o mérito é irrelevante… As empresas privadas, na sua generalidade, são obrigadas a prestar vassalagem ao estado representado pelo partido no poder executivo sob pena de se perderem contratos e súbsidios vitais á sua sobrevivência. È um sistema que se alastra, qual vírus informático, á própria justiça atrasando, adiantando e abafando certos processos ao sabor das conveniências dos poderosos do regime, sempre salvaguardando-os. Os presidentes do estado republicano, supostamente imparciais, normalmente apenas interferem na política, não para salvaguardar o estado de direito e o povo que as elegeram, mas pelo contrário fazem-no em nome dos representantes das suas tendências políticas e lobbistas que os lançaram como candidatos e a quem verdadeiramente servem com a maior das dedicações, pois de futuro serão recompensados com grandes reformas ou cargos obscenamente muito bem pagos, tal como acontece com a classe política no seu geral. Estamos perante um sistema estruturado apenas para beneficiar quem está no poder, mas que simultâneamente favorece a lei da selva ou a sobrevivência dos mais fortes, em encarniçados combates entre grupos partidários e tendências políticas. O povo, claro está, é que é o mais fraco do costume, pois é sempre vítima directa e indirecta da rede de influências deste regime.

A Alternativa Monárquica é vista como perigosa pelos paladinos da república por representar a verdadeira imparcialidade da Chefia de Estado na forma do Rei, bem como uma forma eficaz de travar os ímpetos dos partidos que numa verdadeira democracia deveriam ser livres de qualquer tipo de sistema que os incite ao domínio total do Estado.

Nos países mais modernos da Europa como o Reino Unido, Holanda, Bélgica, entre outros, os partidos independemente das suas ideologias, existem para servir o povo e não para se servirem do povo. Naturalmente que há políticos corruptos nesses países, mas as Constituições desses países estão garantidamente mais blindadas do que a Constituição Portuguesa, para se protegerem dos mesmos.. A solução para os problemas do nosso país como defendem muitos, não passam só por haver menos Estado, mas sim por haver mais sentido de Estado numa Democracia Real e para isso cabe a todos os monárquicos mostrar aos portugueses o nosso ideal e envolvê-los, porque há muitas pessoas que não se importariam de ter um regime monárquico e são cada vez mais. Só envolvendo o povo nas actividades monárquicas é que um dia poderemos ter esperança que haja um Rei em Portugal num sistema mais justo e verdadeiramente democrático, porque ser monárquico é cada vez mais, nos nossos dias, assumir uma responsabilidade…

Artur de Oliveira

(Fonte: Blogue do PDR-Projecto Democracia Real)

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