quarta-feira, 7 de setembro de 2011

EXEMPLOS QUE AJUDAVAM









Depois
da subida do preço dos transportes, do corte no mês de Natal (cerca de
50%), a semana passada ficou marcada pelos brutais aumentos do IVA na
electricidade e no gás (industrial)
.


Uma
subida de 6% para 23% faz mesmo mossa, da grande. Maiores vítimas, as
do costume, que trabalham e pagam os seus impostos, os que em nada
concorreram para esta crise.


Os responsáveis pelo descalabro do país, esses estão na melhor, nunca são responsabilizados.


Este
aumento vai fazer tremer as frágeis tesourarias das pequenas e médias
empresas e acrescentar dores de cabeça a quem tem de virar-se do avesso,
para aguentá-las de pé.


Vamos
levando porrada, uma com data marcada e outra já anunciada. Uma coisa
que o governo Passos/Portas tem cumprido é dizer a verdade. Amarga e
cruel. Mas tarda em chegar o tempo dos cortes na gordura do Estado.
Compreende-se a demora pela grande complexidade da medida que vai mexer
com interesses instalados, direitos adquiridos, os boys de todas as
cores.


E
isto tanto mais dói quando se sabe que há 150 mil funcionários do
Estado com direito a descontos na CP; que um motorista do Secretário da
Cultura ganha quase mil contos/mês; que Cavaco Silva, que pede
sacrifícios ao povo, nos custa 16 milhões de euros/ano, ele e seus 24
consultores, ele e os seus 12 assessores, e todo o pessoal que trabalha
no Palácio de Belém (o dobro do rei D. Juan Carlos, de Espanha, e um dos
presidentes que gasta mais na Europa); que também temos de pagar (por
alma de quem?) pensões e benefícios adquiridos aos ex-presidentes da
República.


E,
por falar em Monarquia, fica aqui um bom exemplo: quando, em 1892,
Portugal entrou em bancarrota, o rei D. Carlos prescindiu de 20% dos
dinheiros gastos no palácio… Que “reis” da República, mãos largas para
uns, mirradas para outros, têm tomates para fazer igual? Isso ajudava a
acreditar no sonho…


Armor Pires Mota





Fonte: “Jornal da Bairrada” de 18 de Agosto de 2011






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