sábado, 3 de setembro de 2011

VAMOS LÁ VER! (II)



Antes de prosseguir sugere-se a leitura da primeira parte deste artigo.



Mas mesmo a questão simbólica (ou do
‘mero simbolismo’ como alguns dizem), tantas vezes usada com sentido
depreciativo, é de elevada importância.





As Famílias Reais (encabeçadas pelos
Monarcas) representam a própria história das Nações e, em última
instância, a história europeia. Nos momentos altos e baixos dos diversos
países, as Famílias Reais estiveram presentes e compartilharam alegrias
e tristezas com os seus povos. Temos o exemplo da nossa Rainha D.Maria
Pia que, quando soube da tragédia que foi o incêndio no teatro Baquet no
Porto (em 1888), partiu imediatamente de comboio (numa noite de temporal)
para aquela cidade com vista a prestar solidariedade para com as
vítimas de tal tragédia. Não se contentando só com as palavras de apoio
(que, naquelas circunstâncias, já muito era) percorreu, assumindo na sua
plenitude o papel de Rainha, as ruas mais lúgubres distribuindo esmolas
e apoiando os necessitados. Este é apenas um exemplo, dos muito que
existem na história (da Família Real) Nacional. Vendo bem nenhum exemplo
similar consta a respeito das congéneres (se é que assim se podem
chamar) republicanas.





Durante a 2ª Grande Guerra recomendaram à
Rainha Isabel do Reino Unido (mais tarde Rainha-Mãe) que, por questões
de segurança, partisse com as Princesas para fora do país. A Rainha terá
respondido que as Princesas não partiriam sem ela, ela não partiria sem
o Rei e o Rei nunca deixaria o seu País. Esta presença
da Família Real foi fundamental para manter acesa, nos britânicos, a
chama da esperança. Também durante a 2ª Grande Guerra o Luxemburgo foi
ocupado e a Grã-Duquesa (que até era neta do nosso Rei D.Miguel) foi
forçada ao exílio em Londres. Mas mesmo no exílio nunca abandonou o seu
país, tornando-se num importante símbolo de unidade nacional e de resistência.
Mas estes são apenas alguns exemplos. Existem muito mais (bastantes
recentes) vindos das Família Real Britânica, da Portuguesa, da
Norueguesa, da Espanhola, da Belga, etc. Na verdade, entre recentes e
antigos, são tantos os exemplos que seria impossível referir todos aqui.





As Famílias Reais mantêm viva a história
das suas pátrias mostrando que é possível vencer as adversidades, como
se fez no passado. São (e continuam a ser), portanto, de extrema
importância para a auto-estima e unidade dos seus países. Por tudo isto
as Famílias Reais não são simplesmente toleradas: são amadas e
respeitadas.





Claro que num país como Portugal, que ao
longo de 100 anos foi perdendo o seu orgulho, a sua auto-estima, a sua
identidade e que foi esquecendo a sua própria história, estes argumento
são difíceis de compreender. É esse o preço (demasiado elevado) que se
paga pelo desconhecimento da história nacional que a República promoveu
ao longo de 100 anos. Ainda assim isso não significa que estes
argumentos pró-monarquia estejam errados, muito pelo contrário.


(continua …)





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