quinta-feira, 21 de julho de 2011

O PAI DO MONSTRO

Olhando hoje para as declarações do Senhor Chefe de Estado  vejamos alguns resultados das aulas que deu durante estes anos ao povo Português. Algum do historial pode ser lido AQUI

Mas o mais grave é este senhor vir dizer publicamente o que disse. A década de 90 foi essencialmente uma década de destruição do escudo de forma a que Portugal fosse um dos fundadores do UEM, União Económica e Monetária, ou seja embora se argumente que de 1985 a 1992 houve crescimento económico a verdade é que as medidas tomadas nesta altura como desinflação não só retirou o crawling peg da panóplia de instrumentos à disposição dos governos portugueses como implicou um significativo reforço do valor cambial do escudo. O câmbio estabelecido entre 1990 e 1992 acabou por ser aquele com que o país aderiu ao 2000 ao Euro que aliás já tinha sido confirmado no Tratado de Maastricht em 1991, e parece ter sido fixado a um nível demasiado elevado para a competitividade das exportações portuguesas.
Os governos que lhe seguiram limitaram-se a seguir o que já tinha sido feito e cumprir os acordos estabelecidos no quadro da UEM, quando o Euro entrou em 2002 em Portugal o Governo de Guterres foi o simples executor da aula de Economia do Pai do Monstro. Se há um responsável pela moeda que asfixia o nosso país … esse tem um nome.

Juntando o X e o Y da equação perguntamos “mas afinal o pai do Monstro acha que o povo tem  Alzeimer ?” O senhor  professor de Economia é do tempo em que os professores não tinham avaliação … todos nós sabemos que a Economia não é uma ciência, se fosse utilizava métodos comprovados sem ter a necessidade de os executar para obter resultados. A Economia não é a Matemática que aplica pressupostos, ou Axiomas como verdades aceites por todos sem terem a devida prova dos mesmos … Não há verdades absolutas na Economia … e as que não são em Matemática podem levar séculos a serem provadas sem que ponham em causa as Liberdades e Garantias de um Povo.

Agora o problema que se volta a por é o problema do Regime, numa Monarquia Constitucional o Chefe de Estado nunca na sua magistratura teria a sua legitimidade em causa tendo em conta o seu passado anterior. Numa Monarquia Constitucional os Parlamentos ou Cortes verificam ao pormenor a capacidade de alguém poder vir a ser o Chefe de Estado, no caso concreto Rei. Há exemplos pré-1910 em Portugal de Reis e Rainhas que foram destituídos do cargo por serem considerados inaptos, exemplo Rainha D.Maria I. No momento actual fala-se de que os responsáveis pelo estado da economia portuguesa deviam ir a tribunal e serem julgados, penso que é óbvio que as culpas não morrem solteiras e tal é injusto que seja apontado principalmente ao anterior governo, aliás são mais que óbvias as provas da paternidade do Pai do Monstro.

Numa Monarquia Constitucional actual e moderna como as Europeias o passado do actual Chefe de Estado nunca lhe daria direito ao trono, nem que fosse da família real.

Paiva Monteiro
Algum do historial pode ser lido AQUI

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