sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

MINISTRO ADMITE QUE BRASIL PODERÁ AJUDAR PORTUGAL NA COMPRA DE TÍTULOS

 

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O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, confirmou hoje, em Brasília, que o governo brasileiro poderá ajudar Portugal por meio da compra de títulos da dívida pública portuguesa. Ainda hoje (quinta) o i publicou uma entrevista a Dom Duarte Pio de Bragança em que este revelava que o Brasil quer apoiar Portugal na crise da dívida com melhores condições que o FMI.

“Nas emissões da dívida pública portuguesa podemos ter entidades brasileiras que possam estar presentes nestas operações e adquirirem a dívida portuguesa”, afirmou Teixeira dos Santos, após uma reunião de quase duas horas com seu homólogo brasileiro, Guido Mantega.

O ministro das Finanças disse ainda que entidades empresariais também poderão comprar títulos da dívida portuguesa.

“[Podem ser] entidades governamentais, empresariais, investidores, qualquer que seja a sua natureza, que estejam interessados em investir na dívida portuguesa”, assinalou.

Segundo Teixeira dos Santos, Portugal está a fazer um esforço de diversificação dos mercados, fora da Europa, que possam se interessar pela emissão de títulos da sua dívida pública.

“O Brasil, sendo uma economia que, para nós, é estratégica, é naturalmente um mercado que nós devemos explorar”, justificou.

O ministro afirmou também que não chegou a discutir com Mantega valores para uma eventual operação desta natureza.

O Ministério brasileiro da Fazenda escusou-se a fazer qualquer comentário sobre a reunião.

Na última sexta-feira, o presidente brasileiro, Lula da Silva, afirmou à imprensa estrangeira, no Rio de Janeiro, que “o Brasil irá fazer o esforço que estiver ao seu alcance para ajudar Portugal a sair mais rápido da crise”.

No sábado, à margem da XX Cimeira Ibero-Americana, em Mar Del Plata, na Argentina, o assunto também foi tratado numa reunião de Lula da Silva com o Presidente da República, Cavaco Silva, e com o primeiro-ministro, José Sócrates.

Fonte: Jornal i

Nota: Ora aqui temos um bom exemplo de como o Rei se antecipou ao Governo…

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