Bom dia a todos e obrigada por estarem presentes no III Encontro da Acção Monárquica, desta vez aqui em Lisboa.
Primeiro que tudo convido-vos a ler a Petição para “ Uma Convenção Monárquica em 2010”, divulgá-la aos vossos Amigos e a assinarem-na se estiverem de acordo.
Acerca do Movimento das Mulheres Monárquicas, ele surgiu depois de uma reunião da Comissão Coordenadora da Acção Monárquica, realizada em Cascais.
Pretende-se com este Movimento:
1º – Unir as Mulheres em redor do ideal Monárquico
2º – Apoiar a Acção Monárquica em todas as actividades a realizar
3º – Ponderar sobre a urgência de mudança de regime, dado que a República, com apenas 100 anos está velha, gasta e sem futuro.
4º – Fazer chegar o ideal monárquico a todos os portugueses, através das mulheres aderentes ao Movimento.
5º – Fazer ver que é urgente e imprescindível a abstenção nas próximas eleições presidenciais.
6º – Colaborar com outros grupos monárquicos com o mesmo objectivo: devolver Portugal aos Portugueses e colocar um Rei no Trono.
7º – Despertar as Mulheres para os seus direitos fundamentais.
Preocupação sobre o estado de Portugal
Neste momento em Portugal podemos constatar que os Direitos da Mulher não estão a ser respeitados:
São penalizadas nos empregos quando engravidam
Não têm liberdade para ter os filhos que querem, devido á condicionante financeira
Ganham na maior parte, salários inferiores aos dos seus colegas homens
São a maior percentagem dos desempregados,
Não se sentem seguras ao circularem por onde habitam,
As opiniões, muitas vezes, não são expressas devido a pressões externas,
São a maior parte no ensino superior mas depois não encontram emprego
A assistência médica é insuficiente, precária e discriminatória
Ainda são uma percentagem pouco significativa na vida política activa
Continuam a ser vítimas de maus tratos no ambiente familiar.
Os sucessivos governos, nada têm feito de efectivo, para mudar a situação, antes pelo contrário: continuam a encerrar empresas, aumentando o desemprego, a não ajudar, em condições, as famílias numerosas, fecham-se hospitais e centros de saúde, fecham-se escolas no interior de Portugal, os programas de ensino escolar estão desenquadrados da realidade tendo sido adulterada a história de Portugal, foram remodelados para os estudantes serem condicionados a pensar “republicanamente”, não há respeito para com os professores, não se apoia a produção nacional, criando uma excessiva dependência do exterior, só há preocupação com as grandes obras (novo aeroporto, TGV e outras do género). Convém também referir os desastres causados na sociedade, em especial: os actuais problemas de corrupção, o excesso de “jobs for the boys”, a distorção do conceito de Família, a morte lenta da produção nacional, criando uma excessiva dependência ao exterior.
Resumindo estes últimos governos só se têm preocupado com o “ Big is beautiful”, o que está definitivamente ultrapassado.
Influência social: passado, presente e projectos para o futuro Passado
Não me vou referir a todas as mulheres que desempenharam papéis de grande relevo desde a fundação da Nação. Era demasiada informação. Vou apenas referir algumas da Dinastia de Bragança.
D. Maria I: foi a primeira rainha reinante em Portugal. O seu primeiro acto como rainha, foi a demissão e exílio da corte do Marquês de Pombal, a quem nunca perdoara a forma brutal como tratou a família Távora. Rainha amante da paz, dedicada a obras sociais, concedeu asilo a numerosos aristocratas franceses fugidos ao Terror da Revolução Francesa (1789). O seu reinado foi de grande actividade legislativa, comercial e diplomática, na qual se pode destacar o tratado de comércio que assinou com a Rússia em 1789. Desenvolveu a cultura e as ciências, com o envio de missões científicas a Angola, Brasil, Cabo Verde e Moçambique, e a fundação de várias instituições, entre elas a Academia Real das Ciências de Lisboa e a Real Biblioteca Pública da Corte. No âmbito da assistência, fundou a Casa Pia de Lisboa. O Teatro Nacional D. Maria II, no Rossio, tem o seu nome por ter sido inaugurado no seu dia de aniversário.
D. Estefânia, esposa de D. Pedro V: bela e instruída, D. Estefânia escreveu cartas íntimas à sua mãe em francês. Em uma delas, ela critica a alta sociedade portuguesa: “Os portugueses têm o sentido do luxo e da pompa, mas não o da dignidade”. Juntamente com o marido, Estefânia fundou diversos hospitais e instituições de caridade, o que lhe granjeou uma grande aura de popularidade entre os portugueses de todos os quadrantes políticos e sociais. O Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa, foi assim nomeado em sua honra.
D. Maria Pia, esposa de D. Luís I: mãe extremosa dos seus filhos e mulher atenta aos mais necessitados, tendo-se destacado pela sua solidariedade para com os parentes das vítimas do incêndio do Teatro Baquet, em 1888. Habituada aos luxos da corte de Turim, D. Maria Pia era amante da alta-costura e de festas, como bailes de máscaras. Manteve-se alheia aos assuntos políticos, excepto quando o Marechal Saldanha, que cercou o Palácio da Ajuda em 1870, obrigou o rei a nomeá-lo presidente do Conselho de Ministros.
Reza a lenda que D. Maria Pia teria exclamado ao Marechal:
Se eu fosse o Rei, mandava-o fuzilar!
D. Amélia, esposa de D Carlos I: como rainha, desempenhou um papel importante. Com sua elegância e carácter culto, influenciou a corte portuguesa. Interessada pela erradicação dos males da época, como a pobreza e a tuberculose, ela fundou dispensários, sanatórios, lactários populares, cozinhas económicas e creches. Todavia, suas obras mais conhecidas são as fundações do Instituto de Socorros a Náufragos (em 1892); do Museu dos Coches Reais (1905); do Instituto Pasteur em Portugal (Instituto Câmara Pestana); e da Assistência Nacional aos Tuberculosos. O regicídio de 1° de Fevereiro de 1908 lançou-a num profundo desgosto, do qual D. Amélia jamais se recuperou totalmente. Retirou-se então para o Palácio da Pena, em Sintra, não deixando porém de procurar apoiar, por todos os meios, o seu jovem filho, o rei D. Manuel II, no período em que se assistiu o degradar das instituições monárquicas. Encontrava-se justamente no Palácio da Pena, quando eclodiu a revolução de Outubro de 1910. Durante a Segunda Guerra Mundial, o governo Salazar ofereceu-lhe asilo político em Portugal, mas D. Amélia permaneceu na França ocupada, com imunidade diplomática portuguesa. Após o fim da guerra, em 8 de Junho de 1945, regressou a Portugal, numa emocionante jornada, visitando o Santuário de Fátima e todos os lugares que lhe estavam ligados, com excepção de Vila Viçosa, apesar da grande afeição que sentia por esta vila alentejana. Foi madrinha de baptismo de Dom Duarte Pio de Bragança
Voltemos agora ao Presente
Infanta Dona Adelaide, é uma figura notável do século XX português. Nascida no exílio e nele tendo vivido três décadas, consiste num daqueles típicos casos de desprezo a que as instituições nacionais votam os nossos maiores. Fosse ela inglesa, americana ou alemã, seria um símbolo vivo e orgulho da sua nação. Durante a II Guerra Mundial, salvou vidas, tratou os atingidos e consolou as mágoas de muitos outros que de repente viram desaparecer as pessoas queridas. Colaborou com os grupos de oposição interna e por isso foi condenada à morte, acusada pela Gestapo de conspiração. Em Portugal, interessou-se pela protecção à infância, mães pobres, crianças abandonadas ou sem recursos, foram recolhidas, vestidas, alimentadas e educadas. Nunca pediu para si qualquer benefício ou reconhecimento oficial e entre os mais simples, sempre encontrou os pilares da sua obra. A Infanta Dona Adelaide tem hoje 98 anos e é uma Grande de Portugal. Os monárquicos de Portugal – sem qualquer dúvida os derradeiros patriotas -, receberiam como um sinal de reconciliação, o reconhecimento oficial desta Senhora que foi, uma verdadeira Princesa do Povo. Têm ultimamente surgido artigos e reportagens que procuram dar a conhecer a Portugal, uma vida plena de trabalho e dedicação à coisa pública.
D. Isabel de Bragança, casada com o herdeiro da coroa portuguesa, SAR Dom Duarte Pio, é, no entanto, uma mulher que faz questão de manter os gostos de sempre. Educada no Brasil, onde estudou Administração de Empresas. D. Isabel é conhecida pela simpatia, afabilidade, mas também pela alegria com que gosta de dançar. Outra actividade que D. Isabel não dispensa é montar a cavalo. Gosta de partilhar os passeios a cavalo com os filhos e o marido. Em casa, D. Isabel é uma mulher prática e veste a pele de mãe de três filhos. Apesar de ter ajudas profissionais nas actividades domésticas, sempre que pode gosta de entrar na cozinha, com o marido e os filhos, para juntos prepararem petiscos deliciosos, sobretudo bolos e sobremesas. D. Isabel é uma fiel admiradora da rainha Santa Isabel e é Grã-Mestra da Ordem Real de Santa Isabel. A ordem honorífica é uma obra exclusivamente feminina, que agracia quatro novas damas na festa da Rainha Santa Isabel, a 4 de Julho dos anos pares, em Coimbra. D. Isabel é patrona de várias instituições de caridade, a maioria voltada ao cuidado de crianças necessitadas e de pessoas vitimadas pela síndroma de Down. D.Isabel, para além das tarefas maternais, participa ainda no protocolo da casa de Bragança e da Causa Monárquica, bem como em eventos sociais ou caritativos. É também a administradora do património dos Braganças.
Projectos para o futuro
- Realização de “ Uma Convenção Monárquica em 2010”
- Continuação da divulgação aos Portugueses do objectivo Monárquico
- Entusiasmar os Portugueses com um projecto de mudança e de esperança, em que se preserve a Identidade, a Independência e a Soberania Nacional
- Colaborar em complementaridade com todos e todas as organizações que tenham o mesmo objectivo
- Fomentar a abstenção nas eleições para a Presidência da República
- Voltar a Acreditar em Portugal
- Devolver Portugal aos Portugueses
Um pensador disse: “ Uma grande jornada começa com um pequeno passo, mas cuidado com este passo: é o mais importante.”
O primeiro passo já nós demos!
Viva Portugal!
Viva a Casa Real Portuguesa!
Viva a Monarquia!
Ana Vinagre
27 de Março de 2010(Fonte: Blogue do Movimento das Mulheres Monárquicas)
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