terça-feira, 20 de abril de 2010

A BANDEIRA MONÁRQUICA

A mensagem monárquica tem-se centralizado num discurso pouco estimulante, numa sociedade cada vez mais ansiosa por uma alternativa de esperança.

O actual regime e sistema político originou uma situação de graves distorções e impasses, um caminho de decadência da sociedade portuguesa e de adulteração ao sentido de uma Nação, com nove séculos de história.

A Bandeira Monárquica, terá de ser uma resposta aos problemas graves da nossa sociedade e uma afirmação política de mudança profunda de um regime e de um sistema, que vá de encontro ao sentimento generalizado de descrença nacional e responda aos problemas reais de Portugal e dos portugueses.

Uma afirmação dos direitos da sociedade e dos portugueses, que vença os bloqueios da mentira desesperante, que apenas pretende salvaguardar privilégios de alguns, dominâncias de partidárias.

Este sistema político de representação proporcional, com exclusiva dominância partidária, não é uma democracia.

Os deputados não representam nada, a não ser o pequeno grupo de dirigentes partidários que os nomeou. Eleitos sob a capa dos partidos, não assumem uma responsabilidade directa perante os eleitores. Os deputados sujeitos a disciplinas partidárias, passam a ser meros instrumentos ao serviço das direcções partidárias. A impossibilidade de apresentação pela sociedade civil de candidatos a deputados, é um princípio oligárquico, que nada tem a ver com democracia.

O sistema político de eleição proporcional, baseado nos grandes círculos, levou à dominância urbana e do litoral e ao abandono dos direitos regionais, do interior e dos habitantes da maior parte do país, criando uma divisão nas oportunidades de vida e de possibilidades de desenvolvimento absolutamente inaceitável.

A Bandeira Monárquica terá de ser a mudança e a ruptura com toda esta mentira e que proponha a democracia da verdade, através da representatividade real dos portugueses e o permanente sentido do direito à sua exigência.

Não basta haver um Rei, que recupere o sentido do Reino e o orgulho dos portugueses, é preciso mobilizar o entusiasmo dos portugueses respondendo pela defesa dos seus direitos, aos seus anseios.

A Bandeira Monárquica terá de ser a Bandeira dos direitos das Regiões e do desenvolvimento do interior, das actividades económicas, da Agricultura, das Pequenas e Médias Empresas Comerciais e Industriais, das Empresas Familiares, das Cooperativas, das Pescas, que garantem o equilíbrio social e ambiental.

A Bandeira Monárquica terá de ser a Bandeira da defesa dos pilares da sociedade portuguesa, da sua origem cristã, da sua religiosidade, da família como base social da organização social e na formação dos portugueses.

A Bandeira Monárquica terá de ser o garante da nossa diferenciação, da nossa cultura genuína, do território, do património e da nossa independência e soberania.

O projecto Monárquico Constitucional, não pode ser assimilado através de um discurso e de uma mensagem que preserve o actual sistema de dominância partidária, que com base na propaganda da ilusão, destrui o sonho da democracia e conduziu à decadência da sociedade e à dissolvência de uma Nação.

A esmagadora maioria dos portugueses não se revêem no actual sistema, mas estão prisioneiros dele, através da sua dependência. Anseiam pela mensagem alternativa que lhes restitua os direitos, os liberte, lhe restitua a confiança e o entusiasmo.

A Bandeira Monárquica não pode ser apenas uma mudança de Chefe de Estado.

A Bandeira Monárquica para ser credível, entusiasmante e mobilizadora, tem de ser uma resposta consistente de mudança radical, pois o povo português é sensato e inteligente, sabe o que quer e o que não quer. Apesar de estar aprisionado, porque totalmente dependente, responderá apenas a um projecto que lhe restitua o sonho de ter direitos, dignidade e futuro.

Haverá monárquicos que acreditam numa via reformista e palaciana, que através de compromissos e acções de influência dentro do sistema, conseguirão a restauração da Monarquia.

Nada temos a opor que prossigam nesse sonho em que não acreditamos.

A nossa convicção não é essa e consideramos que esse caminho nunca poderá ser concretizável nesta Oligarquia partidária, a que se reduziu este regime republicano.

A Bandeira Monárquica terá de ser uma porta aberta de ar puro, genuinamente português, por onde entrarão novas ideias, novas propostas, novos desígnios e novas formas de expressão ou novos partidos políticos.

A Bandeira Monárquica terá de ser a recuperação do sentido de Portugal, Nação soberana, diferenciada pela sua sociedade e território, pela sua cultura, pela sua organização social, pela suas diferentes regiões, com culturas e tradições também elas diferenciadas, por um povo submisso e dependente, mas nobre e com muita qualidade, que tem direitos e uma dignidade, que têm de ser respeitados.

A Bandeira Monárquica tem de ser o símbolo de um projecto vitorioso, porque popular e entusiasmante… a restauração de Portugal pela Monarquia.

José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue "Acção Monárquica")

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