Uma única marca identitária dos produtos nacionais com vista a uma melhor aceitação e projecção no mercado externo foi a ideia defendida por D.Duarte de Bragança que visitou também a Ovibeja no passado sábado. "Nós devíamos ter, por exemplo, a marca 'Azeites de Portugal' e 'Vinhos de Portugal', como marca única de qualidade porque temos imensas, umas excelentes, outras mais ou menos, que não conseguem impor-se a nível internacional", afirmou.
Em seu entender, há falta de coordenação em vários sectores da actividade agrícola, apontando-a como "uma das grandes fraquezas da nossa agricultura". Contudo, frisou que há excepções que confirmam a regra, indicando a entidade bancária "Caixa Agrícola" é o resultado do empenho "assertivo dos agricultores portugueses", definindo, assim, a CA como "o melhor sector bancário português".
D.Duarte de Bragança, que esteve em mais uma edição da Ovibeja, a convite da Real Associação do Alentejo, quis também deixar uma palavra de incentivo aos agricultores, motivando-os a não desistirem "no sentido da agricultura se impor, tal como acontece no resto da Europa". "É preciso que o interesse nacional seja imposto aos políticos, ou seja, não faz sentido que a maioria dos portugueses tenha raízes na agricultura e que este sector seja tão desprezado pelo poder politico em detrimento da banca, das actividades especulativas e do turismo", criticou.
Em declarações exclusivas ao DS, o monárquico confessou que a Ovibeja "é sempre um bom pretexto para vir ao Alentejo", salientando que no próximo dia 8 cá estará de novo, mais precisamente em Serpa para uma reunião com olivicultores.
"Venho cá todos os anos pela relevância que esta exposição tem. É um lugar muito interessante para se acompanhar o progresso da agricultura portuguesa e o que vai acontecendo no Alentejo não só nos campos, mas também a nível industrial e turístico", frisou.
Depois de ter visitado o certame e de ter apreciado a gastronomia, D.Duarte de Bragança assistiu a uma conferencia proferida pelo coronel Henriques, "um dos melhores historiadores militares portugueses". A temática versou sobre como é que Portugal conseguiu manter a sua independência, durante estes séculos todos, "contra uma aparente realidade internacional que apontava para a nossa absorção por Espanha", explicou.
Diário do Sul (04/05/2010)
Publicada por Núcleo Monárquico de Abrantes
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