segunda-feira, 10 de maio de 2010

O SACRIFÍCIO DA DEMOCRACIA

Portugal pede sacrifícios aos portugueses.
O PEC, afecta rendimentos de toda uma classe média já de si endividada e empobrecida.
O PEC será insuficiente, todos os políticos e analistas o reconhecem. Novos sacrifícios vão ser exigidos.
A classe política mantém intactos os seus privilégios. Fundações e organismos públicos de duvidoso interesse garantem a milhares de privilegiados oriundos da esfera dos partidos dominantes rendimentos afrontosos neste momento em que se exigem sacrifícios.
Não há vergonha nesta classe política.
Neste momento critico, mantêm-se obras públicas megalómanas, comprometem-se os escassos recursos financeiros. Os portugueses não entendem, apenas se sujeitam porque estão sujeitados e dependentes, pois a maioria vive à custa do Orçamento do Estado.
Todos sabem que esta mentira não é sustentável por muito tempo. Todos estão preocupados e desiludidos. Mas não têm outro remédio senão em silencio tomar a única atitude que lhes resta….aproveitar as migalhas que ainda podem usufruir.
Estamos solidários com a Grécia e mantemos o TGV. Mais de 3,5 mil milhões de euros irão ser disponibilizados com estas duas atitudes que tentam preservar a imagem da mentira e da ilusão.
Não temos condições para acompanhar a solidariedade com a Grécia e deveríamos ser suficientemente honestos para o reconhecer.
Não somos ricos, não precisamos, não queremos fazer esse favor a Castela….não queremos andar nesse instrumento de destruição da nossa potencialidade atlântica que é o TGV.
A Assembleia da República marca uma sessão para discutir e analisar o decreto lei que permite o concurso público da linha do TGV, Poceirão a Elvas.
Os deputados têm o direito e o dever de tomarem posição sobre esta tão importante matéria. São eles que deveriam representar toda a população, que coloca todas as reservas face a esta obra.
Essa sessão é marcada para dia 28 do presente mês.
O Governo antecipa a assinatura dos contratos de concessão dessa obra para o final desta semana.
O Governo renega aos deputados a sua função. Renega a democracia.
Os interesses empresariais internos e os serviços políticos ao iberismo, falaram mais alto, que a democracia.
A democracia não está moribunda, já não é apenas um simulacro travestido, é um cadáver.
A democracia está morta e o seu cadáver foi atirado para uma vala, sem sequer ter merecido um funeral digno.
Ao menos uma simples lápide, para que ficasse na memória colectiva futura, que foi um sonho da maioria dos portugueses.
O que vai ficar na memória futura é toda esta agonia desesperante e empobrecedora.
Esta decadência indigna, será o que ficará gravado na lápide deste sistema, desta lamentável Oligarquia.
“ Democracia assassinada pelos privilégios da classe política e pela submissão nacional aos interesses externos.”. o POVO.

José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue "Desafio de Mudança")

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