A actual crise financeira nacional, exigiria uma postura exemplar do Governo e Administração Pública de contenção do despesismo do Estado.
O Programa de Estabilidade e Crescimento, é uma primeira exigência de sacrifícios aos portugueses, que afecta particularmente a classe média. Os primeiros sacrifícios pedem-se a quem tem menos responsabilidades pela situação de uma inaceitável dívida pública e pelo deficit das contas do Estado.
O Estado não dá qualquer sinal de contenção do seu sentido despesista.
Persiste-se na política das grandes obras públicas, particularmente em algumas de muito duvidoso interesse nacional e com efeitos muito limitados no desenvolvimento económico e na dinamização do mercado laboral. Em particular o TGV Lisboa – Madrid, novas auto-estradas e novas Pontes de travessia do Tejo.
O deficit das contas públicas só poderá ser alcançado com a redução drástica da despesa corrente do Estado, mas o Governo e a Oposição insistem em manter uma Administração Publica plena de desperdício e inoperacionalidade, com inúmeros apêndices de Fundações, Comissões e Organismos, cujo principal objectivo é o de manter clientelas partidárias bem remuneradas e toda uma rede de influência e promiscuidade entre a sociedade empresarial e o Estado.
O Estado está assim apenas a adiar soluções e a transmitir a toda a população um sentimento de revolta muito perigoso.
Nenhum dos graves problemas nacionais é encarado com seriedade e com uma postura de racionalidade pelos actuais partidos, que sustentam o regime e o sistema político.
- Não é encarada com rigor a contenção da dívida pública. Prossegue-se a ilusão de viver acima das possibilidades, gastando muito mais do que se produz.
- Não é encarada com rigor a contenção da dívida nacional geral.
- Não existe uma política consistente de contenção do deficit das contas e sobretudo de contenção da despesa corrente do Estado.
- Não são encarados os bloqueios ao desenvolvimento económico… Justiça; Educação e Competitividade.
Os actuais partidos dominantes do regime republicano estão assim a condenar Portugal a uma gravíssima situação de adiamento de soluções inevitáveis que só podem vir a ocasionar no futuro próximo uma revolta generalizada de consequências imprevisíveis.
A total dependência nacional perante o euro, associada a esta incapacidade de encarar com rigor a realidade, só pode vir a ocasionar a “ ditadura da matemática”, ou seja a imposição tardia de medidas radicais, impostas pela exigência do rigor das contas públicas e por medidas políticas de neutralização do descontentamento e revolta da população a quem foi sonegada a verdade.
Impõem-se assim este alerta público face à gravidade da situação e a reivindicação das responsabilidades deste regime e deste sistema político, que através da dominância de atitudes de provincianismo e de benefícios de mordomias dos seus políticos, estão a destruir todo um sonho dos portugueses e a assassinar a democracia.
Portugal recuperará o seu sentido histórico e encontrará de novo o seu projecto de futuro, pela libertação dos portugueses.
Quando voltarem a ser os portugueses a assumir o poder de decisão em Portugal.
Quando os portugueses voltarem a ter a liberdade de governar o seu país.
Comissão Coordenadora da Acção Monárquica.
(Fonte: Blogue "Movimento Mulheres Monárquicas")
Sem comentários:
Enviar um comentário