PAULO VALLADA. Presidente da Câmara portuense, um homem de todos respeitado. Monárquico convicto, sempre na primeira linha do nosso combate de ideias. Agora e sempre connosco. O Monarquia do Norte entrevistou-o em Setembro de 1999. Recordamos essa conversa:
P. Que faz mais sentido: Rei de Portugal ou dos portugueses?
R. Rei dos Portugueses. O Estado precede a Nação. Num aglomerado de famílias, uma comunidade escolhe um, de entre eles, que se impõe por mérito próprio e aclama-o - é o Príncipe. Foi assim com o Condado Portucalense.. Depois, é seguir a nossa história durante 800 anos.
P. Qual a diferença principal entre um rei e um presidente da república?
R. O Rei traz consigo o mito da perpetuação da Pátria, pela sensibilidade do afecto familiar, pelo desprendimento das várias correntes de opinião, livremente formadas nos partidos e movimentos democráticos, pela liturgia do Estado na representatividade da comunidade nacional. Tem uma função suprapartidária. É o primeiro defensor da constituição - a Lei Fundamental.. É a imagem viva do nosso passado comum - a memória de referência. É a imagem do nosso presente. É o juiz Provedor da Lei num processo de equidade. é a imagem do nosso futuro, como garante dos valores e dos princípios comuns a todos os portugueses.
P. Qual a função mais importante de um Rei?
R. Cumprir e fazer cumprir a Lei Fundamental - a Constituição. Num sentido ético-cultural a unidade fundamental, na sociedade, é o Casal, transmissor de vida. No imaginário da vida colectiva é a Casa Real. Dá a imagem de uma Pátria unida por afectos, interesses e poderes. A Pátria dos Portugueses existe em todo o mundo. O mito é a Casa Real. O Rei é a autoridade, a Rainha é a arte da tolerância, no afecto, e os Filhos a esperança de todos nós.
As palavras de Paulo Vallada são como ele próprio - sempre vivas, imemoriais.
João Afonso Machado
(Fonte: Centenário da República )
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