domingo, 9 de janeiro de 2011

DEFENDER A MONARQUIA DEMOCRÁTICA & DEFENDER A CAUSA PÚBLICA

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Portugal e o seu futuro está em discussão em tudo quanto é comunicação social, nas ruas, nos cafés, nos centros comerciais e sobretudo nas casas dos Portugueses.

Portugal hoje, é o centro da questão. E para Portugal, tenho defendido sempre, a Monarquia Democrática, nos seguintes termos:
- Regime Parlamentar – com eleições periódicas para o Parlamento e o Líder do Partido mais votado, deve ser imediatamente, convidado pelo Rei / Rainha, para formar o novo Governo, sem demoras enormes, como acontece neste momento na República Portuguesa;

- Um Parlamento, com o poder de fiscalizar as acções do Governo, e de fazer as Leis do País, sancionadas pelo Rei;

- Um Parlamento, com duas Câmaras Electivas; um Senado eleito segundo o Método que é hoje usado para a eleição da Assembleia da República, o chamado Método de Hondt, e uma Câmara dos Deputados, eleita por círculos uninominais;

- Um Poder Judicial totalmente independente dos Interesses Político-Partidários, que fiscalize o cumprimento da Constituição e das Leis do País;

- Um Chefe de Estado, isento, independente, que seja efectivamente o supremo magistrado da nação, e para que o seja, com transparência, tem que ser um Rei ou uma Rainha;

- O Monarca, é o fiel da balança, é o ponto de equilíbrio do serviço ao País. Tem como papel principal ouvir e aconselhar os seus Primeiros-ministros – ponto aliás considerado muito útil por actuais e antigos chefes de governo das Monarquias Europeias – e por outro lado, com um papel fundamental a desempenhar como figura diplomática e representativa das tradições do País;

- A Monarquia Parlamentar e Democrática, subsiste em Países como a Suécia, a Noruega, os Países Baixos, a Bélgica, o Luxemburgo, a Dinamarca, o Canadá, a Austrália, o Japão e mesmo aqui ao lado em Espanha, como uma Instituição de Unidade Nacional e representação máxima dos Interesses Nacionais.

- A Monarquia sendo uma Instituição Verdadeiramente unificadora, nunca poderá ser uma parte contra todos. Porque senão seria um regime presidencialista ou semi-presidencialista, em que o Presidente emana grande parte de Partidos Políticos.

- Na defesa intransigente do sistema Democrático, a população dos países monárquicos, reconhece nos seus Reis e Rainhas, as figuras de prôa, que mais que representarem simbolicamente seus Países, fez um pacto social com esses mesmos seus Reis, no sentido de estes proverem ao bem da Nação, reconhecendo neles, a melhor garantia de futuro, não em termos eleitorais, mas sim, em nome das futuras gerações. Nas Monarquias não há os preconceitos ridiculos que existem nas Repúblicas contra as Monarquias, passando pelo egocêntrismo de uma certa classe política e intelectual achar-se com direito a ser Chefe de Estado em nome de uma Igualdade que não existe na prática, e por outro, acharem que é um luxo muito grande haver uma Monarquia, quando já está provado, que todas as Monarquias Europeias são francamente mais baratas que a República Portuguesa!

Então em que ficamos? No direito à chefia do Estado, só porque é Democrático, ou no dever de proteger os dinheiros dos contribuintes, poupando dinheiro nas eleições presidenciais e estabelecer um pacto social entre a sociedade e o Rei; melhor dizendo, entre os representantes eleitos da república, os deputados e governo, e a instituição Monárquica, que é a representação viva do melhor serviço que há, à própria republica, como aliás, vários primeiros-ministros já o afirmaram?

Para quê complicar?

Um bom republicano é aquele que reconhece na figura do Rei, o melhor serviço que se presta à república, em nome das próximas gerações. Quando o preconceito existe numa sociedade democrática republicana, o país, logicamente, nunca poderá estar bem. E quem quer apagar a memória histórica do seu povo, não terá futuro. Já o sociólogo o dizia “Um Povo sem Memória é um Povo sem futuro”. Que futuro tem Portugal nesta República Teatral (olhe-se para a questão mais recente da discussão sobre o Orçamento de Estado para 2011)?

Em jeito de transição para a defesa da Causa Pública, nunca se deve confundir as coisas. Defender a Monarquia, sim, mas numa mão. Defender a Causa Pública, sim, mas noutra mão.

A Monarquia é uma Instituição Representativa da Nação. Não governa!

Quem Governa a República é o Governo e quem faz as Leis é o Poder Legislativo, de que é titular o Parlamento. Sendo assim, é o povo, por sufrágio universal quem escolhe os seus representantes para servirem a república. A garantia da estabilidade governativa e do serviço público, está na Instituição Representativa da Nação e dos seus interesses que é a Monarquia.

Ao se defender a Monarquia, não podemos dizer que somos de Esquerda ou de Direita.

Ao se defender a Monarquia, não podemos dizer que somos laicos, católicos, protestantes, etc.

Ao se defender a Monarquia, no fundo, não podemos nunca ter uma atitude fracturante, porque a Monarquia une e não divide.

Se queremos discutir o sim ou não ao casamento gay. Se queremos discutir o sim ou não à legalização do aborto. Se queremos discutir o sim ou não ao novo aeroporto de Lisboa ou ao TGV ou outros temas, devemos ser militantes de um Partido Político, no qual possamos juntar o útil ao agradável.

Há Monárquicos em vários Partidos. E todos eles, têm procurado servir da melhor forma a Causa Pública. 

Então e que tal servir a Causa Pública num Partido Monárquico?

Contradição?

Não!

Nunca é contradição quando se quer defender a Causa Pública em primeiro plano. Mostrar que se ama Portugal e que se quer servir Portugal é o sentimento mais nobre que qualquer Português pode ter, não importa em que partido se encontra.

No meu caso específico, ao me tornar, muito em breve, Militante do PPM – Partido Popular Monárquico, procurarei, dado o momento muito preocupante que o nosso País se encontra, servir primeiro a Causa Pública, em nome de um futuro mais risonho para as próximas gerações.

Se um dia surgir a hipótese de lutar pela Monarquia, cá estarei, sempre. Nunca me esquecerei de defender a Monarquia quando fôr chamado a esse Dever.

Mas, a instância última de tudo é a Nação. E quando a Nação está em jogo, em Democracia, devemos ter o dever de participar, de alertar e procurar ajudar a resolver os sérios problemas de que padece o nosso querido País.

A defesa da Causa Pública é algo de que a Sociedade Civil se deve inteirar. Todos devemos estar envolvidos. A hora é de preocupação. Todas as ideias devem ser ouvidas. Todas devem ser ponderadas. O futuro está em jogo.

David Garcia no blogue "Um Passado, Um Presente e Um Futuro"

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