LONDRES — A rainha Elizabeth II da Inglaterra celebrou neste domingo, discretamente, o 59º aniversário do reinado, iniciado em 6 de fevereiro de 1952.
Ela sucedeu ao pai, o rei George VI, que faleceu enquanto dormia. Na época, a princesa realizava uma visita oficial ao Quênia, junto com o esposo, o então tenente Philip Mountbatten, hoje duque que Edimburgo.
Foi coroada em 2 de junho de 1953 na abadia de Westminster, aos 27 anos de idade.
Neste domingo, foi a uma igreja de West Newton, oeste da Inglaterra, para missa solene comemorativa.
As salvas de canhão ficaram para a segunda-feira.
Tradicionalmente, ela inaugura hospitais e estradas de ferro, batiza barcos, preside banquetes oficiais e recebe as credenciais de embaixadores: a rainha Elizabeth II, que faz 85 anos em abril, tem um papel sobretudo simbólico, mas nem por isso menos importante na Grã-Bretanha.
Elizabeth II acumula os títulos de chefe de Estado do Reino Unido, chefe das Forças Armadas britânicas, da Comunidade Britânica e da Igreja da Inglaterra.
Teoricamente, tem o poder de dissolver o Parlamento e de nomear um novo primeiro-ministro, com quem se reúne regularmente, no final da tarde.
Mas este poder é apenas teórico. Se o fizesse, provocaria uma crise constitucional sem precedentes em uma das mais antigas monarquias da Europa.
Todos os anos, em uma cerimônia majestosa, Elizabeth II, usando a coroa e vestida com uma túnica de arminho, senta-se no trono e inaugura a sessão parlamentar. Mas limita-se a ler um discurso preparado pelo premier.
Além disso, assina as leis decretadas no país. Em quatro décadas, assinou mais de três mil, segundo o Palácio de Buckingham.
Mas na verdade, apesar da onipresença na vida dos britânicos, a rainha da Inglaterra, que está no trono há 59 anos, não tem nenhum poder real, reconhecem os especialistas da monarquia.
O site da realeza britânica na internet lembra que a soberana ocupa “funções constitucionais significativas”.
Sempre sorridente e transmitindo serenidade, a rainha cumpre centenas de funções oficiais durante o ano e diariamente responde pessoalmente de 200 a 300 cartas, segundo o Palácio.
Quando fez 21 anos, a então princesa prometeu aos britânicos: “Dedicarei toda a minha vida, seja curta ou longa, a servir à nação e à grande família imperial, à qual todos pertencemos”.
Para seus súditos, ela cumpriu a promessa.
Mas há outra a explicação sobre o papel da soberana dada pelo site dedicado à monarquia, e talvez seja mais exata: a rainha é “um símbolo da unidade nacional”, destaca.
Os analistas reconhecem este importante papel “simbólico” da soberana.
Segundo Robert Lacey, um dos biógrafos da rainha, Elizabeth II é considerada uma grande figura nacional que os britânicos têm muito orgulho de mostrar ao mundo.
“É algo emocional, a monarquia encarna uma história milenar”, disse Lacey.
Para Ingrid Seward, outra especialista em realeza, a figura da rainha representa a estabilidade.
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