Timor - vamos ajudar? Esse o repto lançado por El-Rei D. Duarte III, em 1987, a todos os portugueses de consciência, a quem não poderia ser indiferente o drama dos então ainda nacionais do outro extremo do planeta.
Muitos, muitissimos, de nós, vulgares cidadãos, respondemos, e fez-se o que se pode para conseguir condições de melhoria de vida para os timorenses.
O Estado republicano ignorou a questão. Fez ouvidos de mercador. Como já antes assobiara para o lado, ao ouvir os ecos do assassinato do Ten.-Coronel Maggiolo Gouveia e dos seus subordinados e, de um modo geral, todos as notícias da guerra civil que chegavam à capital.
Até que as televisões estrangeiras o trairam - ao Estado republicano - miserávelmente. Através das suas imagens, cruas e reais, o Pais tomou conhecimento do massacre do cemitério de Santa Cruz, em que as tropas indonésias mataram e feriram centenas de estudantes de Timor.
Faz hoje, (13 de Novembro), 19 anos!
Foi uma aflição. E agora que o Estado não podeia continuar ignorando o que todo o povo já sabia? Bradaram os tribunos republicanos, organizou-se um ridículo navio que chegou até perto de Timor para fugir, de rabo entre as pernas, à primeira intimação dos indonésios. Recorreu-se às instâncias internacionais, foi um alarido, a indignação geral, - a farsa generalíssima, afinal, só para deitar um pouco de areia aos olhos dos portugueses. Como se tudo não pudesse ter sido evitado antes!
E assim se invoca um dos mais gloriosos momentos da República - esse em que a Indonésia invadiu território português disparando indiscriminada e fatalmente contra portugueses. Sem reacção dos governantes republicanos.
Sem comentários:
Enviar um comentário