A reimplantação da Monarquia e do Reino de Portugal é a restituição da Liberdade e da afirmação da sua Identidade ao povo português.
O projecto monárquico português, credível e entusiasmante só pode ser divulgado, através do discurso e da atitude, da recuperação da liberdade e representação democrática dos portugueses e da sociedade, na gestão do seu presente e na projecção do seu futuro.
O discurso monárquico terá de ser alternativo ao regime e ao actual sistema de oligarquia partidária, para ser motivante e de esperança perante a actual descrença e descontentamento.
Não é motivante o discurso da mudança da alínea b) do art.º 288 da Constituição.
Não é sequer motivante o discurso do referendo face ao Regime.
Não é motivante a apresentação das monarquias europeias como vantagem política.
Estou a falar da motivação da população portuguesa e não estou a ajuizar sobre as vantagens ou desvantagens sobre a divulgação dessas questões.
Estou a referir-me apenas à força e ao impacto desse discurso e não sobre a sua consistência.
O que importa no discurso político é a sua capacidade de entendimento ao maior número possível de portugueses, de mobilizar o interesse colectivo e o seu entusiasmo.
A receptividade dos portugueses perante a mensagem monárquica dependerá da capacidade de sermos capazes de lhes oferecer uma esperança que assegure o futuro e salvaguarde o seu sonho de liberdade, democracia e estabilidade.
Monarquia é Liberdade, o Rei é Livre e Livres seremos todos nós.
Nesta mensagem essencial da doutrina monárquica não pode haver qualquer indício de suspeição, colocada através de atitudes dos protagonistas da mensagem monárquica.
O Rei é Livre, Isento, Independente e Imparcial… o Herdeiro Real terá de ser a imagem fiel e indiscutível dessas premissas doutrinárias e por esse facto terá de se assumir como o Herdeiro que reconhece e confia em todas as afirmações monárquicas.
O Herdeiro está ao serviço de Portugal, ouve e motiva todos os portugueses e por consequência todos os monárquicos, está acima das suas disputas ideológicas e estratégicas, dos seus grupos ou organizações… liberta-os porque não condiciona ou impõe a sua atitude, os seus direitos ou as suas opiniões… UNE todos, porque reconhece em todos a sua liberdade de pensamento, de atitude, de expressão e de afirmação.
Os monárquicos são Homens e Mulheres livres, que tem de se apresentar coerentes, com esse seu estatuto e por esse facto a sua unidade de acção e de estratégia, não pode nunca ser consequência de pressões de qualquer natureza, muito menos de rejeição de afirmações individuais ou colectivas.
Não há lugar a “súbditos” numa monarquia moderna, haverá sim Homens e Mulheres livres, todos iguais perante a lei, seguros e confiantes nos seus direitos, que confiam no Rei a garantia suprema da sua liberdade.
Há evidentes diferenças de estratégia na acção dos monárquicos.
Diferenças que terão de ser respeitadas por todos e a unidade monárquica, nunca poderá ser alcançada por qualquer atitude de rejeição, de preferência ou de exclusividade.
Só totalmente libertados, libertos de acusações sem fundamento, libertos de pressões inibitórias, libertos de conotações e espartilhos, de interesses e ansiedades pessoais, de complexos, de tentativas de silenciamento ou neutralização, da presunção de privilégios, de direitos presuntivos, de obrigações de fidelidade pessoal, dos “rótulos” redutores… poderemos afirmar em liberdade a nossa profunda e sincera convicção monárquica.
Seremos então Livres, no discurso de Liberdade e Credíveis porque ao discurso associamos a atitude monárquica correcta.
No nosso Rei acreditamos, porque Ele está ao Serviço de todos nós, de Portugal e essa é a sua condição de Herdeiro ao Trono.
O nosso Rei, que libertará os portugueses e Portugal, não defenderá nenhum direito pessoal, não é um Pretendente, não é o chefe de uma tendência, grupo ou facção, mas sim o Herdeiro do sentido de Portugal, em quem os portugueses reconhecem ter condições exclusivas, de unir todos no projecto colectivo de restaurar Portugal pela Monarquia.
Só quando os monárquicos e em particular as suas principais Referências entenderem que este sentido profundo de liberdade está perfeitamente assimilado e confirmado no íntimo dos portugueses poderemos finalmente ser ouvidos, escutados, entendidos e apreciados.
Só então passaremos a ser credíveis… porque associamos o discurso à doutrina, o discurso à atitude.
O Rei moderno não governa, não tem ideologia política, não tem partido….é livre e independente, motiva a participação cívica e política, é imparcial na sua arbitragem da liberdade que reconhece e defende para todos os portugueses.
O Herdeiro Real moderno, não aponta caminhos de militância monárquica, não tem preferências por grupos, organizações ou estratégias, unifica através da sua disponibilidade para Servir e Unir os portugueses.
Motiva todas as expressões e afirmações monárquicas, porque acredita que a solução monárquica é a salvadora do sentido de Portugal. Porque acredita na sua própria convicção e na sua condição de responsabilidade de ser o Herdeiro unificador do espírito, dos princípios e da coerência doutrinária.
Ser monárquico, não deve, nem pode ser interpretado, resultado de aparências ou realidades, como uma diferenciação social, de grupo ou de seita.
Ser monárquico, é hoje apenas uma designação de militância por um objectivo político.
Esse objectivo será alcançado, se não persistirmos em ser uma “ simples bolha autónoma” da sociedade portuguesa… o objectivo só será viável, quando entendermos todos, que esse objectivo passa primeiro pela conquista pela razão e pelo coração, de todos os portugueses para a monarquia.
O Reino de Portugal, haverá de ser ressuscitado… temos hoje essa oportunidade histórica evidente… mas só a conseguiremos aproveitar se estivermos totalmente sintonizados com a vontade e ansiedade colectiva.
O actual descontentamento, é o sinal da falência do regime republicano, do actual sistema político e também da nossa actual dependência externa… saibamos então dar a resposta adequada ao momento histórico… afirmemo-nos no discurso, na atitude e no projecto político, como uma verdadeira alternativa credível e consistente, ao descontentamento, à resignação e à revolta.
Mobilizemos os inconformados, mas também os conformados e acomodados.
Da nossa coragem, frontalidade e motivação, depende a salvação do sentido de Portugal.
Todos seremos úteis e todos seremos sempre poucos, se todos entendermos que ser português é ser generoso e despido de interesses particulares e que é a Hora de se afirmarem todos os que se revêem, nesta identidade…
Livres e Libertados.
José J. Lima Monteiro Andrade
(Fonte: Blogue "Acção Monárquica")
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