Sempre tive a ideia que D. Manuel II morreu demasiado cedo. 1932 não era, definitivamente, ano, para o nosso querido Rei se finar*.
Tenho as maiores dúvidas, no que concerne à possível adesão de Oliveira Salazar, a um hipotético Partido Democrata-Cristão a criar, como muitos ainda hoje sugerem, ao estudarem o início dos anos 50, do século XX Português.
Salazar não era pela Democracia: era mesmo pela «Salazarquia», que criara, com paciência maquiavélica, desde 1928, da cadeira do ministério das finanças.
Dona Maria Pia é o único membro da nossa última Família Real reinante, que não se encontra sepultado em território nacional. Seria de muito bom tom que a III.ª república (sempre distraída com crises financeiras e futebóis), transladasse o seu corpo para junto de seu marido, filhos e netos. Seria um acto de toda a justiça.
Da Rainha Dona Maria Pia, a frase de que mais gosto foi a que dirigiu a Saldanha, diante do Rei D. Luís, depois de mais uma habitual e nefasta «Saldanhada»: – «Fosse eu o Rei, mandava-o fuzilar!»
* – Durante muitas décadas, o Povo do meu querido Tabuaço, ainda disse, em voz baixa, mas de maneira perceptível, na alma da nossa gente:-
«Com as barbas do Afonso Costa
mandamos fazer um pincel,
para limpar as botinas,
do querido D. Manuel.»
António Lemos Soares
(Fonte: PeAn e os "Cágados de pernas 'pró' ar" )
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