Na Visão de 21 de Dezembro, o drMário Soares escreveu um artigo em que se manifestou irritado com oscomentadores que apontam o descalabro da situação portuguesa actual.
É certo que qualquer pessoamedianamente inteligente e sensata preconizava este estado há pelo menos vinteanos, mas todos preferiam ignorar. Concordo que hoje, não se podendo maisesconder os factos, proliferam como cogumelos nos media os profetas dadesgraça.
Mas a irritação de Mário Soaresdá-lhe azo a trazer à memória o rei Dom Carlos, a que chama de “mal casado comuma francesa” e acusando-o de desprezar o povo, ao qual se terá um dia referidocomo a “piolheira”.
Quanta maldade!...
A Monarquia, enfraquecida pelainapta classe política parlamentar e por uma crise internacional verdadeiramente agressiva para Portugal,cedeu facilmente a um pequeno grupo de republicanos que, no meio do desânimo,prometiam riqueza e prosperidade, acusando o rei e o regime de todos os males,usando para isso da calúnia e benificiando do terrorismo da carbonária.
Mário Soares voltou a mostrar asgarras do jacobinismo republicano, denunciando que, afinal, o queverdadeiramente o irrita não são os comentadores mas sim verificar que cem anosapós a República falhou.
ABMeneses
Real Associação de Viseu
D.Carlos foi muito influenciado pelos “vencidos da vida” que refere pois tinham-se tornado um círculo influente junto do príncipe herdeiro antes da morte de D.Luís I, assim como depois de D.Carlos tomar o trono. Nesse contexto, Eça de Queiroz escreveu na Revista de Portugal logo que o príncipe subiu ao trono: O Rei surge como a única força que no País ainda vive e opera. Mas tal nesse tempo como hoje aqueles que são contra o sistema normalmente são marginalizados pela Brigada do Reumático.
D.Carlos I podia ser “mal casado com uma francesa” mas não enganou o povo como o Presidente Teixeira Gomes que se não resvalasse para a pedofilia andava lá perigosamente perto como por exemplo se pode ler AQUI . Aliás os republicanos de hoje são em certa medida iguais aos de 1910, quando é para atacar sem argumentos atacam pela baixeza da retórica.
Militante do Partido Socialista por Aveiro
Rui Monteiro
RESPOSTA DO NOSSO ASSOCIADO RUI MONTEIRO
A nossa Sociedade no meio de tantos avanços costuma de alguma forma relegar para segundo plano as pessoas mais idosas que em tempos idos eram consideradas as mais sábias ficando no topo da hierarquia social desde as metrópoles mas principalmente no meio rural. Ver um artigo como este do meu camarada Mário Soares faz-me pensar se é justo ou não o lugar de esquecimento em que a Sociedade actual coloca os mais “sábios”, como todos sabemos a verdade que Mário Soares fala no seu artigo só a vê quem a quer, ou melhor, quer ele que vejamos só a parte dele que lhe interessa da questão. Mário Soares ao referir-se aos “Vencidos da Vida” coloca D.Carlos numa posição distante dos mesmos, talvez pelo peso da sua idade ? ou talvez porque a memória de Mário Soares já falha ?
D.Carlos foi muito influenciado pelos “vencidos da vida” que refere pois tinham-se tornado um círculo influente junto do príncipe herdeiro antes da morte de D.Luís I, assim como depois de D.Carlos tomar o trono. Nesse contexto, Eça de Queiroz escreveu na Revista de Portugal logo que o príncipe subiu ao trono: O Rei surge como a única força que no País ainda vive e opera. Mas tal nesse tempo como hoje aqueles que são contra o sistema normalmente são marginalizados pela Brigada do Reumático.
D.Carlos I podia ser “mal casado com uma francesa” mas não enganou o povo como o Presidente Teixeira Gomes que se não resvalasse para a pedofilia andava lá perigosamente perto como por exemplo se pode ler AQUI . Aliás os republicanos de hoje são em certa medida iguais aos de 1910, quando é para atacar sem argumentos atacam pela baixeza da retórica.
Segundo o camarada Mário Soares “o movimento republicano teve sempre, assim, um cunho acentuadamente patriótico”, isso não se põe em causa mas é curioso como a questão colonial que fazia parte do discurso republicano foi completamente esquecida das Comemorações do Centenário. Não nos podemos esquecer das raízes da questão do mapa ?cor-de-rosa, o incidente de Serpa Pinto que provocou o que veio a seguir tinha em grande parte já sido alimentado pelos desejos de Cecil Rhodes que queria construir um caminho de ferro que fosse do Cairo até à Cidade do Cabo para transportar ? diamantes. Ora como D.Carlos, ou melhor o Governo Progressista de Luciano de Castro, poderia alguma vez negar o Ultimato à Inglaterra e entrar em Guerra com a maior potência militar do séc.XIX ? Não é este um acto patriótico de salvar a Pátria da desgraça ? Coisa que os republicanos não fizeram quando em 1916 a República participou na I Grande Guerra onde morreram 75 000 militares do CEP em nome da recuperação do prestígio perdido por Portugal se tornar uma República ?
Acredito que o Povo Português pode ter um futuro e que ao contrário do que alguns da “Brigada do Reumático” dizem Portugal ainda tem futuro, por acreditar que Portugal tem futuro D.Duarte de Bragança deslocou-se ao Brasil e está a mediar um possível acordo entre Brasil e Portugal respeitante à aquisição de títulos de dívida por parte dos Brasileiros. Como Monárquico Democrata sinto imenso orgulho por ver que o Herdeiro do Trono de Portugal mais uma vez está a SERVIR o seu país e não se está a SERVIR dele como se pode ver aqui e pelo telegrama de Dilma Roussef a D.Duarte. Sim Portugal tem Futuro, nós monárquicos que acreditamos numa Monarquia Constitucional nunca colocamos e nunca vamos colocar a nossa Independência em Causa.
Rui Monteiro
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