A figura do historiador, escritor e político liberal é o tema de uma exposição a inaugurar dia 17 na sala do Capítulo, do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, onde se encontra sepultado.
Intitulada "Alexandre Herculano - guardar a memória, viver a História", a mostra terá carácter permanente e procura dar a conhecer "o vulto liberal e romântico", bem como o processo de acabamento da sala, que só aconteceu em 1885 para acolher o túmulo da autoria Eduardo Augusto da Silva, ex-aluno da Casa Pia.
"A sala ficou por concluir no século XVI e os monges faziam a reunião capitular no coro alto. Após a morte de Herculano, em 1877, as cortes decidiram terminar a sala do capítulo para que albergasse o seu túmulo, o que demonstra o reconhecimento que tinha pelos seus contemporâneos", explicou Isabel Cruz de Almeida, directora do Mosteiro dos Jerónimos. Alexandre Herculano "é o pai da nossa História científica, foi um inovador na defesa do património, do regionalismo, do municipalismo, era um homem multifacetado sobre o qual havia o consenso de grande intelectual e homem sério", disse a responsável.
"Herculano era reconhecido pela plêiade de intelectuais, nomeadamente Antero do Quental, como da política e até pela Família Real", salientou.
A sala tornou-se também uma referência e posteriormente vários escritores e presidentes da República ali foram sepultados. "Em 1940 até alteraram o baldaquino de modo a que o túmulo de Herculano no centro não se evidenciasse relativamente aos outros", contou.
A exposição dá "a possibilidade dos visitantes compreenderem esta sala do capítulo que não é como a dos outros mosteiros portugueses, pois está marcada por uma capela e uma enorme túmulo ao meio".
Por outro lado, a mostra visa também "contar um pouco a história da personagem que está ali sepultada ao centro".
16-12-2010
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