A leitura da mensagem do 1º de Dezembro do senhor D. Duarte, Duque de Bragança, deve constituir para todos, monárquicos mas também para todos os Portugueses, uma especial atracção, considerando o seu interesse nacional de excelência e a isenção que a eleva no viciado quadro político-partidário português.
Nesta mensagem não somos convidados a votar num partido, mas a pensar em Portugal!
Eu não tenho dignidade intelectual para vir versar sobre a mensagem do senhor Duque de Bragança, contudo, parece-me muito interessante vir aqui reportar algumas considerações que da minha leitura resultaram.
Nesse sentido, a par de variadíssimos aspectos focados, todos de extrema importância à vida nacional, designadamente, a crise actual e a necessidade de reflectir sobre novos modelos de desenvolvimento económico; a legitimidade do regime republicano imposto e o seu falhanço; a perigosidade do projecto europeu; a optimização de recursos e empenho de todos (princípio do retorno cívico); a qualidade da classe política governante actual e a readaptação do sistema educativo às necessidades do mercado e da sociedade, a questão que, na minha opinião, se destaca grandemente, constituindo a mais notável chave e imprimindo mais novidade à mensagem é: a questão da Lusofonia.
A referência a Timor e ao Brasil traz-me à memória, claramente, a designação oficial de “Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves” criada a 16 de Dezembro de 1815, por El-Rei D. João VI.
Constitui, afinal, uma invocação ao saudoso Império Português, período em que Portugal era pleno de prestígio e notoriedade no mundo. É uma clara indicação de que o aprofundamento das relações de Portugal com os países de língua oficial portuguesa pode ser altamente benéfico para todos e a todos os níveis. Relações que, não colidindo com as relações internacionais formais já existentes, podem apresentar soluções políticas e financeiras mais vantajosas do que aquelas negociadas presentemente (UE).
O comportamento público do senhor Duque de Bragança, obriga-nos a uma análise específica e cuidada. Creio que muitos têm falhado neste exercício, fazendo uma interpretação errada e incoerente, porque provinciana, pouco profunda e amadora. Os gestos e atitudes do senhor D. Duarte devem, naturalmente, ser perspectivados, não como pessoais e intimistas, mas como sinais de indicação e orientação política, social e cultural. Nessa medida, constituirá o já conhecido pedido de nacionalidade timorense por parte de S.A.R. um sinal de que é este o caminho? O caminho da Lusofonia e da revitalização do Reino Unido de Portugal, do antigo Império Português?
Eis a grandeza, a genialidade e a visão de um verdadeiro Chefe de Estado natural que ama verdadeiramente o seu País!
Viva o Rei! Viva Portugal!
Mário Neves (*) in "Fidelíssimo"
(*) Vice-Presidente da Real Associação da Beira Litoral
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