S.A.R., O Duque de Bragança, Dom Duarte Pio, concordou esta terça-feira, em Guimarães, com o apelo ao consenso político feito pelo PR, dizendo que "tem toda a razão porque medidas duras têm de ser tomadas por consenso". "Acho o consenso indispensável porque, se as medidas forem tomadas por um partido só torna-se difícil, porque será penalizado nas eleições", afirmou, frisando que o consenso político partidário deve abranger, "pelos menos, os que têm responsabilidade nas governações passadas". O candidato ao trono de Portugal falava aos jornalistas no Paço dos Duques de Bragança, no final de uma cerimónia monárquica que juntou algumas (centenas?) milhares de apoiantes e que serviu para os partidários da sua causa lhe mostrarem "lealdade".
Os monárquicos comemoram o 5 de Outubro, não como a data da implantação da república, mas como o dia em que o Tratado de Zamora, de 1143 foi assinado, dando-se assim "início aos 867 anos que Portugal já leva desde a sua fundação".
Questionado a propósito, Dom Duarte congratulou-se com as medidas de austeridade decididas pelo Governo, dizendo que são "indispensáveis". "Temos todos de entrar em austeridade, pois quanto mais tarde pior", avisou, lembrando que o pPís" é como uma família que gasta mais do que o que tem". Em sua opinião, "é melhor corrigir e tentar gastar menos enquanto é tempo senão, qualquer dia, vão ser outros a tomar conta de nós, seja o FMI ou outra instituição qualquer". "Estou muito optimista porque finalmente os governantes decidiram tomar as medidas necessárias", acentuou.
PORTUGAL ESTARIA MELHOR COM MONARQUIA
Questionado sobre os resultados obtidos pelas diferentes repúblicas, em termos sociais e económicos e sociais, D. Duarte defendeu que "a situação actual desacredita um bocado os resultados da República". "Depois de 100 anos conseguimos chegar ao último lugar da Europa em termos de desenvolvimento humano e em muitos outros aspectos, com excepção da Albânia, e até mesmo os países da Europa de leste passaram à nossa frente", lamentou. O Duque de Bragança disse ainda "acreditar que se Portugal tivesse continuado com a Monarquia estaria certamente muito melhor do que está hoje". "A Monarquia pode dar qualquer coisa a mais, uma ajuda, à democracia em que vivemos", referiu, lembrando que "há cerca de por 30 cento dos portugueses acreditam que seria melhor ter um Rei, apesar de termos tido excelentes presidentes da república".
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