- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não esqueceu os mortos, as prisões, a repressão dos trabalhadores, a perseguição do clero e dos católicos, a reforma ortográfica, a mordaça na imprensa livre, o caos político continuado de 16 anos, o regicídio, a grande guerra de 14-18 em que o país foi mergulhado por exigências de compromissos internacionais, as promessas vácuas de progresso, regeneração e desenvolvimento, o desregramento total das contas públicas do Estado, o endividamento externo do Estado.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não se esqueceu nem de que o caos da I república nos mergulhou nas ditaduras sidonista e do Estado Novo, nem de que a ditadura franquista ordenada pelo Senhor Dom Carlos nos levou ao abismo republicano.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não se esqueceu de que a pantanosa III república, a mais perversa e corrupta de todas quantas houve esta terra, se proclamou e proclama sempre herdeira dos ditos ideais da abominação de 1910.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não esqueceu o couraçado Adamastor disparando obuses democráticos e progressistas sobre o Palácio da Ajuda em nomes dos “ideais republicanos”, numa tentativa selvática de aniquilar a Família Real de Portugal.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não esqueceu o sangue português que em nome de ditos ideais jorrou nas ruas de Portugal há cem anos e um dia.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não esqueceu o sangue que manchou a chamada “descolonização exemplar” perpetrada pela III república da qual todos os presidentes da república dos últimos 36 anos foram cúmplices por acção, omissão ou simples silêncio.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não esquece a fome que grassa em Portugal em 2010, a indigência cultural e educacional do país, o afundamento continuado desde 74 das finanças do Estado, a destruição da lavoura e das pescas ordenada pela eurolândia, os “custos sociais” (como se diz hoje em bom lusofonês) tremendos do euro, do pacto de estabilidade, do déficit europeu e das exigências germânicas.
- Este monárquico, que é leal ao legítimo sucessor e herdeiro dos Senhores Reis de PORTVGAL, não esqueceu. E não esteve em Guimarães na véspera de 6 de Out.º prestando preito de vassalagem ou “comemorando a independência de Portugal” (haja tino, senhores!) em dia negro e fúnebre em que o silêncio respeitoso e o dobrar dos sinos são a única que se deveria ouvir em Portugal.
Mas não estamos em Portugal. Estamos na república portuguesa onde “nem Rei nem Lei” se vislumbram nos tempos mais próximos.
(*) membro da Comissão Executiva da Direcção Nacional da Causa Real
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