Grandes Solares, Palácios e Palacetes foram construídos nos Açores, pelos açorianos para os açorianos, aquando do “ciclo da laranja”. Grosso modo isso sucedeu pois a Monarquia portuguesa olhava para a Região sempre dentro da sua tradicional máxima de abertura, quase mercantilista (numa acepção não depreciativa), do Império. Ou seja, como numa empresa que precisa dar lucros: descentralizar para todos lucrarem. Melhor ou pior, esta era, genérica e consensualmente, a relação entre o Estado e os Açores até 05-10-1910. Ou seja, dava-se liberdade aos açorianos e estes mostravam os resultados…produzindo. Por infortúnio, em 1834, vieram as duas infestações que deram início ao fim desta cultura. Mas o que importa reter é a liberdade e a (consequente) produção de riqueza interna!
Alguém se lembra? Pois está claro que não…! Estes eram outros tempos, coisas do passado, da altura dos príncipes e das princesas…dirão os inconsequentes.
Entrando a república, o centralismo, que não nos era conhecido até então, inicia-se. Acaba-se com os ganhos autonómicos de Hintze Ribeiro e Mont'Alverne de Sequeira, os Açores entravam nas trevas, iniciavam os “novos” anos. A I república, ainda em 1910, (ex)termina, de imediato, com o Tribunal da Relação de Ponta Delgada e a na II nem sequer vale a pena perder tempo a enumera as privações… Na actual, a tradição continua… Veja-se o exemplo retirado do já celebre comunicado/açoite Presidencial do Verão de 2008, relativo ao novo Estatuto Político-administrativo dos Açores. Naquele caso “valeu a pena” vetar, noutra situações de “parcerias estratégicas” submetidas ao Presidente...o discurso mudou.
Concluía-se dizendo: como devem ter sido bons, nos Açores, os dourados anos sobre alçada dos Reis de Portugal, visto que se analisarmos objectivamente a História dos Açores, no essencial, e verificado o que este arquipélago ainda tem hoje, a Eles lhes deve.
(Fonte: Blogue "Incúria da Loja")
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